O sofisticado gabinete da Liga Sunchan, surtia como revigorante depois de horas na sede da Liga Hunters. Como Miss Popper era a mais procurada, membros da Liga Sunchan sempre visitavam os Hunters, principalmente, quando havia novas informações. O que era raro ultimamente. Popper não era vista há meses e as vezes que foi, nunca era pega. Muito se discutia sobre a exclusão da Liga Sunchan, por não estarem cumprindo seus devidos serviços.
Outras ligas, como a de Comunicação, também não saiam do plano de discussão das reuniões, mas como última palavra, o PG nunca aceitava as exclusões.
O presidente geral chamava-se Tarso Vaz. Foi eleito por uma comissão dos maiores líderes mundiais, um mês depois da aceitação do Governo geral, o dia ficou conhecido como Dia da Conquista, virando um feriado mundial. Como sede do governo, os Estados Unidos viam o dia como revolucionário e tão cultural como a Ação de Graças. Tarso era Colombiano e embaixador da Paz. Seus eleitores o viram como o grande potencial de mudança, pois por sua personalidade equilibrada e sóbria, tinha o ritmo necessário para manter a ordem num possível caos. Ele também foi uns dos co-autores do plano oficial de Governo Geral. Ou seja, ele tinha a personalidade adequada e também, conhecia perfeitamente as características do Governo Geral. Uma das características do cargo era ser vitalício.
Para Tarso, Popper não era uma ameaça e sim, uma grande aliada que se confundio na escolha de qual lado lutar. Mesmo que os Hunters a quisessem morta, Vaz via uma boa oportunidade de conquista, até de outros países desertores. Por essa posição, muitos acreditavam que Tarso deveria ser substituído por alguém com mais firmeza. Poucos perceberam a jogada de mestre que o PG formulou e sua outra qualidade: estrategista. Popper era a maior arma que algum país poderia ter e, com ela, era praticamente como ter o mundo todo de joelhos para sua doutrina. Entretanto, Vaz tinha que seguir o interesse da maioria, que era Popper morta, inclusive os apoiadores.
Outra ferramenta de Vaz era as Mídias. O sucesso do Governo Geral se dava principalmente por ela. Era possível propagar uma onda de informações boas: as que pessoas desejavam ouvir. Paz mundial - Vivemos todos em harmonia. Não mais conflitos sejam eles religiosos, ideológicos ou territoriais. Com o governo geral, nos ligamos a outros países e culturas, sem perder nossa essência. Crises Políticas e financeiras - a taxa de juros do último semestre alcançou a incrível marca de 0,03% ao mês em produtos nacionais... O próximo presidente vai se deparar com um ótimo clima na Casa Branca. Abismos sociais e infraestrutura - as pessoas têm mais oportunidades agora. Podem se candidatar a membros, trabalhar na sede do governo geral, se quiserem. O acesso a escolas foi ampliado e a porcentagem de crianças entre quatro à dezoito anos na escola, nos países latinos-americanos, chegou à 100%. As viagens internacionais foram facilitadas e o transporte - terrestres, marítimos e aéreo - foram melhorados, tanto os meios, quanto as vias. As propagandas, jornalismo (revista, jornais e telejornais) rádio e toda e qualquer mídia deixavam bem claro, todos os dias, o porquê do GG ser tão bom. E também segurança - Muito se falou sobre a reforma da polícia em todos os níveis, e a diminuição ou substituição por Ligas, mas agora, vemos que a polícia não daria conta sozinha de tantos desertores. Separar o trabalho e distribuir para várias ligas - Sunchan, Hunters, Inteligência e etc, fez com que houvesse um melhor aproveitamento e resultados satisfatórios. A liga harmonia completa o trabalho organizando tudo.
A confiança em tais informações era tremenda. Não havia motivos para duvidar das propagandas. A não ser pelo fato que nunca se ouvia falar das fontes. Nunca se ouvia falar dos países não aliados, principalmente aqueles em ditadura - Tailândia, Cuba e Coréia do Norte. E outras que simplesmente abominaram a ideia de um governo acima de todos: China, Rússia e Egito.
Os produtos nacionais eram muito baratos, mas por um motivo: desestimular a compra de internacionais. Com os portos fechados, dificilmente havia acesso. Havia uma trama para escolher os candidados a presidência e estes assinavam um termo jurando não fazer mudanças drásticas. O clima bom na Casa Branca queria dizer: sem contradições. Está assim e é assim que continuará.
O acesso a educação melhorou mesmo, mas isso não queria dizer que todos teriam oportunidades. Nunca será assim, alguém sempre perde para outro sempre ganhar. O poder continuava na mão da elite. Estes seriam os patrões enquanto os pobres, empregados. Cem por cento estava na escola, mas na vida de noventa e nove por cento, está seria sua única conquista. O transporte e segurança era para poucos, ou melhor, membros. A liga Turismo era responsável por tornar os países tão maravilhosamente atraentes, para que ninguém quisesse ir para outros e também, fazia com que o fato de apenas membros poderem viajar, algo totalmente justo.
As cabeças por trás destas ligas eram os melhores psicanalistas, psicólogos e psiquiatras do país. Eles arquitetavam planos para tornar tudo justo e igualitário. Tinha ajudam das mídias, novamente, para "comprovar e justificar" isso e aquilo. E é claro, as maiores figurinhas carismáticas: Atores, cantores, personalidades em geral e políticos. Todos juntos mascarando a verdade. O marketing político a La Goebbels, fechava com chave de ouro.
Os Desertores de Valência sabiam de toda a lama do governo por meio de infiltrados. O mais antigo deles, Peter, contava tudo sobre os esquemas. Quando ele soube da saída antecipada de véspera do dia da conquista, logo tramou um plano para invasão. Primeiramente achou estranho, pois se tratando de um feriado mundial, toda segurança era pouca, mas Vaz queria todos celebrando a data. O prestigio de Peter teve seu pico quando avisou aos resistentes que a Rússia planeja atacar a sede também, mas havia abortado por falta de recursos. Ironicamente, a Rússia teve seu orgulho ferido, com as gozações por ficar de fora do GG, mas ficara sabendo dos abusos do Governo, principalmente na sede, por ser mais antiga, então resolvera tomar partido.
Peter sabia que agora era de provar realmente sua lealdade, sempre estivera do lado deles, mas não pudera fazer nada de fato, apenas informações, por vezes, vagas. Com a invasão, seria um passo até a tomada. A Rússia ajudando e, claro Miss Popper, seria um pulo até a derrubada do GG.
//Nota da Autora\\
Olá, queridos. Capítulo novinho aos 45 minutos do segundo tempo kkk Espero que vocês curtam, expressando-se por meio dos votos e comentários. Quero muitooo saber o que vocês estão achando! Bjão
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Miss Popper
AdventureDividido em três partes, a narrativa conta a história de Alice, uma adolescente normal com seus sonhos e medos que descobre, após perder a memória em um acidente de carro, que faz parte de uma linhagem de heróis, criados com o propósito de combater...