O que deu em mim? Acredite, eu também não sei. Quando dei por mim já estava puxando - quase arrancando - os cabelos da loira peituda. Eu não ia ficar de braços cruzados olhando aquela puta esfregando os peitos no rosto do Maxon e praticamente quicando no colo dele. O avião não parece estar caindo então isso tudo só pode ter sido uma desculpa para se esfregar nele.
Ele arranca meus braços dela e pergunta qual o meu problema. Qual o meu problema? Ele vai defender essa puta? Há! Ele só pode estar de brincadeira com a minha cara!
- Beka, explica isso direito.- ele fala com douçura, abraçando-a. Definitivamente esse não é o Maxon que eu conheço (Bekah? Apelidinho já?)
- Maxon, ela está louca. Você não está vendo o estado dela?
Ele me repreende e continua fazendo perguntas para ela. Que desgraçado! Volto para o meu assento e torço para que esse treco caia logo de uma vez, se é que ele está caindo, para mim parece perfeitamente normal.
- Bea, eu vou falar com o piloto. - ele se dirige a mim com o rosto impassível.
- Maxon! Não me deixa sozinha! - a loira grita com a típica voz de puta.
- Não se preocupa, fofa, estou aqui com você. - falo com um olhar mortal.
Ela volta a sentar - dessa vez na cadeira - e fecha a cara.
- Pensei que tinha formiga na cadeira pra você ficar com tanto fogo de ir para o colo do Maxon.
Ela continua calada com um olhar mais mortal que uma faca e é claro que esse olhar é especialmente dirigido a mim.
- Você sabe que ele está noivo, não sabe?
- Sei, e a noiva não é você. - ouch, essa doeu, que vadia.
- Se você sabe que ele tem noiva, por que ainda fica se jogando pra ele? - questiono.
- Não te devo satisfações garota, você só trabalha pra ele.
- Assim como você.
- Não to...
- Olha só, acho bom você se pôr no seu lugar. Você esta aqui para servir a mim e ao Maxon. Não ouse chegar perto dele mais uma vez porque ele é meu.
Sou curta e grossa, tento parecer o mais séria possível. Ela continua me encarando só que com um olhar debochado. A encaro com a mesma intensidade, porém, com mais ódio.
- Bea... aconteceu alguma coisa? - Maxon pergunta ao voltar e perceber o clima tenso.
- Não. Então, falou com o comandante?
- Sim. Rebekah, pega um copo d'água, por favor.
- Rebekah, traz uma coca, por favor. - dou uma piscada e ela parece estar prestes a - como a minha avó dizia - soltar fogo pelas ventas.
- Bea, agora é sério. Ele me falou que perdemos muito combustível. Não vamos conseguir chegar.
- E aí!?
- Ele vai tentar procurar um lugar que dê para pousar com segurança mas se não encontrarmos, vamos ter que pousar em qualquer lugar. Há pouca gasolina.
- Como assim? Antes de entrarmos eles não encheram o tanque?
- Sim mas perdemos boa parte, eu não sei o que aconteceu. - e pela primeira vez eu vejo resquícios de medo em seus olhos.
Puxo-o para um abraço, Maxon apoia a cabeça em meu ombro e visivelmente relaxa. Uma sensação de tranquilidade e segurança passa por mim ao tê-lo em meus braços e espero passar o mesmo pra ele. Rebekah volta com as nossas bebidas e fica vermelha de ódio ao nos ver abraçados. Ela põe a coca do meu lado, nem sequer entrega na minha mão.
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O Idiota do Meu Chefe #wattys2016
RomanceBeatriz Burke sempre vivera sob os cuidados de sua mãe protetora, até que, para conquistar a sua independência, ela se muda para Nova York, acompanhada de seus dois melhores amigos, para estagiar em uma das maiores empresas de publicidade do país, a...