..:..:..Capítulo 43..:..:..

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Beatriz

1 mês depois...

- Ela precisa de um acompanhamento médico. - Digo, num tom baixo, ainda de olhos fechados.

- Eu sei, já falei sobre isso, só que ela não quer. Disse que nenhum médico vai impedir que ela morra, então tanto faz.

- Discordo, mas não posso tomar essa decisão por ela.

- Ela não gosta de hospitais.

- Sei como é, também não gosto.

Max fica em silêncio por um tempo. Estico os braços e deixo o som das crianças barulhentas invadirem meus ouvidos, prevejo o momento em que uma delas vai me dar um banho. Parecem um bando de cangurus filhotes que não param de pular.

- Pega meu óculos aí, por favor. O sol está muito forte.

- Quer entrar?

- Não, aqui está ótimo, e acabamos de chegar. Nem tirei a roupa ainda.

- E não precisa, tem um bando de retardados na piscina.

- Está com ciúmes, Max? - Provoco.

Ele está tão lindo todo largado, de bermuda azul e camiseta branca. O cabelo loiro-escuro brilhando com a luz do sol, e um sorriso de parar o trânsito. Parece um surfista.

- Não, amor. - Diz, com um sorriso brincalhão.

- Sei. Nossa, deu vontade de comer coxinha... A coxinha que vende na lanchonete lá da rua da minha mãe... Maxon, eu preciso de uma coxinha!

Morro de saudades de certas comidas do Brasil, só que hoje eu estou exclusivamente louca para devorar uma coxinha.

- O que é isso?

- Você nunca comeu uma coxinha!? - Grito.

Umas mulheres de nariz empinado, que estão sentadas na mesa ao lado, me encaram com uma cara de nojo e reprovação. Bando de vacas!

- Não! - Responde, com o semblante levemente ofendido.

- Caramba, você precisa provar. Aliás, eu necessito devorar uma agora.

- Isso vende aqui?

- A gente pode ir num restaurante brasileiro.

- Quer ir agora?

- Não, antes eu vou dar um mergulho.

- Você não vai sozinha. - Diz ele, apressado.

Rio e volto a apoiar minha cabeça na espreguiçadeira.

- Até porque até eu chegar lá, vou ser abduzida no meio do caminho, não é?

- Não duvido.

- Antes eu vou pegar mais uma lata de Coca. - Digo.

Guardo o chapéu na bolsa e deposito um beijo na testa de Maxon, que me puxa e ataca minha boca com um beijo intenso, tenho que empurrá-lo para diminuir o ritmo de sua língua voraz. As mulheres que me olharam com cara feia antes, agora estão ainda piores, mando um sorrisinho de desprezo pra elas, que em resposta viram a cara.
No meio do caminho, esbarro com Mariana, uma brasileira que mora no mesmo andar do Max. Ela é casada com um empresário americano. Nos conhecemos no elevador, no dia em que eu trouxe minha mala para o apartamento de Maxon. Ela me ofereceu ajuda e ainda me deu alguns ingredientes básicos para que eu pudesse cozinhar algo descente.
Ela está com a filhinha, Marie, uma menininha linda de 1 aninho. Parece até uma bonequinha toda de rosa, sapatos, touca e macacão.

O Idiota do Meu Chefe #wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora