Nova história

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Uma parte de um dos capítulos do livro do Matt... Sim, o próximo livro (vamos torcer para que eu termine) é do Matthew.
(leiam por sua conta e risco kkkk)

Eu conhecia aquela voz...
Claro que conhhecia, como poderia esquecer a voz do idiota que brigou com a minha amiga em um momento tão delicado, ainda mais sem ter uma justifica plausível. Caramba, Anne tinha acabado de ser traída! Que cara mais sem coração... se bem que ele não sabia. Mas de qualquer maneira ele não precisava ter agido daquela forma, tão grosso e mandão. A única coisa que eu desejava naquele momento era pular em seu pescoço e defender a minha amiga. Ele fora tão irritante que só de lembrar eu sentia coisas nem um pouco gentis a seu respeito.

Meus braços instintivamente tentaram cobrir minhas partes íntimas, mesmo sabendo que isso seria inútil, visto que ele já tinha visto minha calcinha e sutiã pretos. Não precisava de um espelho para saber que minhas bochechas ficaram tão vermelhas quanto um tomate. Eu não estava acostumada a expor meu corpo assim para qualquer um, na verdade para nenhuma pessoa, até da minha irmã eu tinha um pouco de vergonha, quanto mais de um estranho. Teria sido perfeito se uma cratera tivesse se formado naquele chão, assim eu teria enfiado minha cabeça, ou melhor, com muito esforço o corpo todo logo de uma vez - e nunca mais saído de lá. Se desse sorte poderia até parar no país das maravilhas assim como a Alice, o que teria sido maravilhoso, já que encarar a rainha vermelha me parecia muito mais interessante que ficar ali passando vergonha na frente do chefe de Anne, que descaradamente mantinha os olhos sobre mim. Seus olhos pareciam acariar minha pele e cada pedacinho do meu corpo reagia com provocantes arrepios. Não sei se ele chegou a perceber, porém foi tão vergonhoso que eu precisei fechar os olhos para não encará-lo, pelo menos por alguns segundos, não poderia me dar ao luxo de continuar assim por muito tempo.

Após o que pareceram séculos, ele finalmente mexeu os lábios finos e rosados - que no caso eu não deveria olhar tanto.

- O que você está fazendo aqui? - Indagou, autoritário. A mãos em punho e o maxilar retesado.

Tomei coragem e o encarei diretamente, logo me arrependi, pois o que vi em seus olhos - que mais pareciam um mar em dias de tempestade, pois carregavam um azul profundamente escuro - era um misto de raiva e... a outra parte parecia desejo? Não, devia ser qualquer outra coisa, tudo menos isso.

- Eu não lhe devo satisfações. - retruquei, com os dentes cerrados. 

Não sabia o que fazer. Minha mente parou de funcionar (eu já não tinha mais controle sobre ela), meu corpo estava paralisado, ou talvez só a espera do meu comando, ou melhor do comando que o meu cérebro inativo deveria enviar. Se eu levantaase, teria que enfrentar a sensação de ter meu corpo ainda mais exposto, ali sentada eu poderia pelo menos me encolher e tentar me esconder um pouco, porém não podia ficar assim para sempre.

- Pare de olhar! - gritei, ao notar seus olhos em meus seios, que diga-se de passagem, nem eram maravilhosos como os da dona da casa.

Ele passou a mão pelos cabelos louros, que aparentemente precisava de um corte, já que alguns fios tangenciavam seus olhos, depois enfiou as mãos nos bolsos da calça em seguida olhou para um lado depois para o outro até soltar um pesado suspiro e se virar de costas. Parecia perturbado com alguma cosia. Ora, eu não tinha culpa! Ele que invadira o banheiro sem mais nem menos. Eu era a única que poderia se sentir perturbada ali.

- Não estava olhando! - vi uma veia sobressaltada em seu pescoço.

Matthew poderia até insinuar que não estava interessado no meu corpo, porém seus olhos estavam na direção dos meus seios sim, motivo suficiente para me deixar desconfortável.
Aproveitei que ele estava de costas para, num salto, entrar no banheiro e puxar um vestido de alsinhas com estampa de borboleta da minha mochila, largada ao lado da privada. Sempre com os olhos fixos nas costas largas e musculosas dele... merda, teria sido melhor se eu só tivesse encarado o teto.

- Já está vestida? - Ele estava impaciente, podia perceber pelo seu tom de voz.

- Sim. - Sussurrei. A perspectiva de tê-lo me encarando novamente, mesmo estando vestida, fez com que meu estômago desse voltas e eu quisesse me encolher no cantinho do corredor e esconder o rosto entre as pernas.

Encarei seu semblante sério enquanto meu cérebro tentava processar minhas próximas palavras, mas parecia que o  botão de stand-by ainda permanecia acionado, então continuei que nem uma idiota. Pisquei algumas vezes antes de meu olhar notar seus braços a frente do corpo e num momento raro de atrevimento desci os olhos até chegarem à suas mãos, que estavam sobre... meu Deus! Havia um certo... Volume em suas calças que ele tentava esconder, ou melhor dizendo, disfarçar. Não demorou para que eu sentisse um calor se dissipar dentro de mim, um desconforto entre as pernas, a boca secar e o coração bater num ritmo acelerado demais para qualquer ser humano. Isso não poderia ser normal.
Eu realmente tinha deixado aquele cara excitado? Tá, sei que não devia, porém tinha gostado disso, da sensação de poder, de saber que eu podia deixar um homem excitado, ainda mais um como Matthew.
Desviei os olhos às pressas, com medo de que ele me pegasse vendo o que não devia.

- O que você pensa que está fazendo? O que quer me seguindo dessa maneira? - Suas palavras tiveram o efeito que eu precisava para ser despertada.

Abri a boca, entretanto não disse uma única vogal, perplexa demais com sua acusação. Quem ele pensava que eu era para falar daquele jeito? Eu não era nenhuma louca, neurótica para ficar que nem um cachorrinho correndo atrás dele. Francamente... ele podia ser gato, rico e sexy, mas não podia fazer aquelas acusações absurdas, que trazia a tona aqueles sentimentos de querer agarrar seu pescoço, batê-lo por falar tamanha besteira, correr minhas unhas por ele e depois beijá-lo, abraçá-lo... eu só podia estar ficando louca! O bonitão acabara de me acusar de persegui-lo e eu estava ali, tendo pensamentos inapropriados do que poderia fazer com seu corpo e o pior de tudo é que isso era bom, bom demais. Aquele homem seria minha ruína

- Eu não estou seguindo você! - vociferei, as mãos em punho.

Ele deu uma risada amarga, que me deixou fervendo de raiva a ponto de enxergar quase tudo meio turvo. Minha mão estava coçando, doida para bater em seu rostinho idiota de modelo. Devia se achar o bonitão, não que ele não fosse, mas... Argh! Por que ele me deixava tão irritada e confusa!?

- O que está acontecendo aqui? - Uma voz extremamente irritante afastou meus devaneios.

Cindy estava enrolada numa toalha de um rosa tão forte que meus olhos doíam, os cabelos castanhos extremamente lisos, cobriam boa parte do busto, enquanto as pernas longas e torneadas pareciam ter vida própria.
Ela olhou de mim para Matthew e fez uma careta ao notar minha roupa ainda coberta de farinha, no chão do banheiro.

O Idiota do Meu Chefe #wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora