O Idiota do Meu Chefe #wattys2016

..:..:..Capítulo 28..:..:..

Eu adorava assistir aquelas comédias românticas, onde tudo era perfeito. Eu vivia na fossa, então os filmes de romance eram a minha válvula de escape. Todo mundo tem a sua. Alguns cantam, outros leem, outros escrevem, enfim, todos dão o seu jeito para esquecer os problemas que assombram a nossa vida nebulosa e deprimente.
Sei que não deveria estar tão depressiva, mas, tudo que me ocorreu nesses últimos dias colaborou para o meu humor atual. Se eu estivesse em casa, me jogaria no sofá com uma manta quente, pipoca, chocolates, Nutella e vários filmes. Só que no momento a minha única válvula de escape é fugir com ele. Com o cara por quem sou apaixonada e dei um não quando o mesmo me pediu em casamento.
Apesar dessa melancolia toda que me dominou, lá no fundo, bem lá no fundo, eu me sinto feliz, grata e aliviada. Afinal, ele não casou com a Samantha.
Sentir a adrenalina percorrendo as minhas veias, foi revigorante. Fugir não estava em meus planos mas por ora me parece a melhor das ideias.
Maxon está concentrado na estrada, com um sorriso escondido no canto dos lábios. O cabelo todo bagunçado, a camisa com os três botões abertos e as mangas dobradas, lhe confere um ar sedutor e jovial, do jeito que eu gosto.

- Então, eu preciso pegar umas roupas no meu apartamento. - Quebro o silêncio, que por incrível que pareça, não estava nem um pouco constrangedor.

- A gente pode parar em algum lugar para comprar roupas e comida. - Diz, preguiçosamente.

Não sei se devo confiar nessa de "a gente pode parar em algum lugar", mas de qualquer forma, infelizmente, tenho que concordar com ele. Se eu fosse pegar as minhas malditas roupas no apartamento talvez perdesse a coragem.

- Aonde nós vamos? - Não estou me aguentando de tanta curiosidade.

- Não sei. - Como ele ousa responder tão calmamente!?

- Como assim não sabe!?

- Sei lá, a gente pode ficar em algum hotel aqui em Nova York mesmo. Não acho que seja uma boa ideia sair daqui.

- Quem é o certinho agora? - provoco, mas para o meu desespero ele não parece estar achando graça ou gostando.

- Apesar de tudo, eu não posso desamparar o meu pai nesse momento. Ren deixou não só o meu pai mas a minha mãe supermagoada. - Responde, como se estivesse conversando com uma criança.

De qualquer forma meu coração amolece... Nunca que eu ia imaginar que o Maxon se preocuparia com alguém além dele mesmo. Seria muito mais fácil para mim se ele fosse um ogro, egoísta, sem sentimentos.

- Sim, eu me preocupo com eles, Beatriz. - Responde, seco, ao perceber o meu choque com a sua atitude Fofa.

Esse homem deve ler os meus pensamentos...

- Por favor, não me chame de Beatriz... - Faço beicinho.

Odeio quando Maxon não me chama de Bea, sei lá, sinto como se ele estivesse sendo distante e frio comigo, basicamente como se não me conhecesse. Ele freia bruscamente - por sorte paramos no acostamento - e desafivela o cinto.

- Para! - Grita.

Certo, agora eu não estou entendendo mais nada. Ele falou seriamente mas não parece estar com raiva.

- Que foi?

Ele não responde, ao invés disso, me puxa para o seu colo e gruda os lábios nos meus. Seu beijo é cheio de desejo, não só isso, necessidade e desespero estão presentes. Sei que é estranho mas é como se tudo voltasse aos eixos. A tempestade dentro de mim acaba e o sol aparece, com direito a arco-íris.
Ele suaviza o beijo aos poucos até parar. Minhas bochechas queimam com o seu toque e eu fecho os olhos para aproveitar cada toque. Estou prestes a falar mas ele me impede com um novo beijo, mais calmo e cheio de amor. Beijos serenos não são comuns com o Maxon mas eu adorei, é melhor do que eu pensava. Seus dedos acariciam minha nuca e tudo que quero no momento é que ninguém passe por aqui e nos veja, porque eu não terei capacidade de parar.
Vários beijos são depositados no meu pescoço, sinto seus dedos na parte superior do meu vestido, forçando-o para baixo. Minha pele toda se arrepia quando seus lábios atacam minha pele nua.