..:..:..Capítulo 22..:..:..

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Em toda a minha vida eu nunca senti isso o que estou sentindo agora. Eu nunca senti tanto medo como estou sentindo agora. Eu quero gritar, bater em alguma coisa, eu... Eu quero estar no lugar dela.

- Bea, fala comigo! - grito, sacudindo-a.

- Maxon... - Rebekah tenta falar mas eu a corto de imediato.

- Cale a boca!

Ajoelho-me ao chão e tento falar com a Bea, mas parece que ela desmaiou. Me aproximo do coração e ouço as batidas... Ela está viva! Eu preciso tirá-la daqui.

- O que aconteceu!? - questiono partindo pra cima da vadia que provavelmente foi culpada. - Responde! - exijo.

Ela se encolhe com o meu tom de voz e, ainda trêmula, gagueja:

- Eu... E a Bea tivemos uma briga.Ela quebrou meu nariz!

Como ela ousa reclamar!?

- Eu não quero saber da porra do seu nariz! O que foi que você fez!?

- Eu... Eu não ia deixar barato e fui atrás dela para me vingar. Eu a puxei pelos cabelos e joguei no chão. Só que...

- Só que o quê?

- Ela bateu na pedra. Ela tentou proteger a cabeça com o braço mas não adiantou muita coisa, ela ainda bateu a cabeça, como você pode ver a testa dela está sangrando.

Pus-me de pé e fui até ela, segurei o seu rosto, forçando-a me encarar.

- Se ela... Se acontecer alguma coisa com ela, você vai pagar! DA PIOR MANEIRA POSSÍVEL.

Eu provavelmente não teria a coragem de fazer algo de ruim a qualquer pessoa mas nesse momento diante das circunstâncias eu não duvido de nada. Mas, no momento, eu tenho que me preocupar com outra coisa. Não está na hora de vingança, tenho que ajudar minha Bea. Meio receoso coloco-a nos meus  braços.  Ela é tão frágil... Tenho medo de piorar a situação ou quebra-la. 

Uma vez eu cai da árvore quando estava brincando com Dhiren, e quebrei meu braço, foi uma dor horrível, principalmente quando o médico teve que colocar o braço no lugar. Não quero que ela sinta essa dor. Não quero que ela sinta dor nenhuma.
Chego em nosso "acampamento" e deito-a no chão, protegendo o braço esquerdo e a cabeça, a cabeça é o que mais me preocupa.

Alguns minutos depois, aprecem o piloto e o FDP que marcou minha mulher. Eles olham na direção da Bea e me perguntam o que aconteceu. Eu explico tudo sem um pingo de paciência, sem deixar passar o detalhe de que quem teve culpa total nisso tudo foi a Rebekah.

- Maxon! Eu não tive culpa! - ela se defende, com a cara de inocente mais falsa do mundo.

- Cale a porra da boca! - vocifero.

Todos ficam em silêncio e eu paro para observar a Bea. Não consigo mais deixar meus braços longe dela. Ajoelho e tento pega-la numa posição que não cause problemas para ela. Começo a pensar em tudo que poderíamos estar fazendo neste exato momento se eu não tivesse aceitado a ideia louca do meu pai, se eu tivesse confessado o que eu sinto por ela, se eu tivesse aceitado que finalmente me apaixonei, apesar de tudo o que eu passei antes dela... Eu tive medo, medo de que ela fosse como a k... Que droga! Ela não é como aquela vadia! A Bea é completamente diferente. Ela merece alguém melhor mas eu sou egoísta o suficiente para não deixar que ela vá atrás desse alguém.

- Prometo ser o melhor pra você, Bea... - sussurro, torcendo para que ela acorde logo e brigue comigo por ser tão idiota.

Continuo pensando em tudo que envolve nós dois, juntos... Até que sinto algo se remexer, é ela! Ela está acordando! Ela está acordando!

O Idiota do Meu Chefe #wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora