..:..:..Capítulo 24..:..:..

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Ouço uma batida na porta. Será que é o Maxon? Se for, vou esquecer que a pouco tempo atrás fui pedida em namoro pelo Ren e vou aceitar o maldito pedido de casamento. O que eu fiz com a minha vida!? Abri mão da minha felicidade pela felicidade de outrem. Como eu sou burra!! Maldita consciência que não deixou que eu fizesse a escolha que eu realmente queria! Por que o Ren tinha que aparecer e fazer aquela surpresa!? Só me fez sentir mais culpada do que nunca por tê-lo traído.
Abro a porta mas não encontro um ser vivo. Olho para os lados e nada. Fecho a porta e volto para a cama, com raiva por ter levantado a toa. As batidas recomeçam, corro para a porta mas não encontro ninguém mais uma vez, Argh! Que brincadeira de mau gosto. Olho para o chão e lá está um papel. Desdobro e leio.
Um já foi descartado, agora falta o outro.
P.s.: fico feliz que esteja viva. Até logo, vadia!

Se não bastasse ainda tenho essas ameaças anônimas. Rasgo o papel e jogo no lixeiro do banheiro. Se eu tivesse morrido teria sido muito mais fácil.
Volto para a cama mas não durmo, devia ter pedido um remédio pra dormir, que droga de cabeça! Depois que eu saí do quarto de Maxon - quando eu dei o maldito não -, ouvi terríveis barulhos de coisas sendo quebradas, vindos de lá. Esses barulhos ainda ecoam nos meus ouvidos, mesmo que agora esteja tudo no maior silêncio, o que é preocupante. 
Até tento dormir mas a única coisa que eu faço é ficar revirando de um lado para o outro em minha cama enorme e macia. Ligo a tv, porém, não há nada que chame a minha atenção. Começo a girar o anel de Ren no meu dedo. Não sei se é paranóia minha mas eu sinto como se ele estivesse me queimando e quando eu olho a sensação piora, devo estar ficando louca. Abro as janelas e observo o crepúsculo, adoraria conhecer as ruas de Portugal... Na hora do almoço vou parecer um zumbi, já que não estou conseguindo pregar os olhos, mas também essa tem sido minha aparência constante. Me sinto totalmente exausta mas não consigo dormir, minha consciência não deixa. Parece que eu corri uma maratona inteira. Está tudo tão silencioso que eu tenho até medo do que o Maxon esteja fazendo.
Calço minhas sapatilhas novas, tiro o anel de Ren, jogo-o na cama e saio do quarto. Eu preciso falar com o Maxon, preciso dizer o que eu sinto ou eu nunca mais vou dormir. Preciso desfazer essa burrada, colar os pedaços dos nossos corações. Respiro profundamente e me preparo para bater quando ouço sussurros vindos de seu quarto. Quem está com ele? O que ele está fazendo!? A porta é aberta e eu dou um pulo para trás, queimando de vergonha por ser pega bisbilhotando. Maxon aparece só de cueca. Abre um sorriso assim que me vê, mas não é aquele sorriso que amolece meu coração, é um sorriso sacana.

- Preciso falar com você... - digo, tentando não olhar para boxer branca.

- Claro! - responde com um falso sorriso no rosto. - Só um instante. Rebekah! Veste uma roupa que a Beatriz quer falar comigo!

Rebekah!? Mas que filho da p...

- Rebekah? A que me jogou na pedras e quase me matou? - provoco-o

- Não foi exatamente assim, Beatriz.

Por que ele não está me chamando de Bea!? E por que diabos ele está defendendo aquela vadia!?

- Era assim que você queria algo sério, Maxon!? - estouro. - Ouviu um não de mim e já correu para os braços dessa vadia!? Vai ser sempre assim, não é!? Como você teve a cara de pau de me pedir em casamento!? Eu ainda me senti mal por você! Que idiota eu sou!

- Já acabou? - pergunta, seco.

- Eu te odeio, Maxon! Eu cheguei... Eu cheguei acreditar que você me amava. Tudo não passou de um jogo, não foi!? Olha pra mim seu covarde!

- Olha só! Agora eu sou o covarde!? O mundo dá voltas não é mesmo?

- Como você pode ser tão idiota!? - retruco.

O Idiota do Meu Chefe #wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora