..:..:.. Epílogo..:..:..

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Apoio-me no armário para pegar o brinquedinho cor de rosa em formato de... Nossa! É basicamente uma falha tentativa de imitar um coração, no caso parece mais um fígado de borracha. Era pra ser o brinquedinho do biscoito, mas é claro que Marina acabou roubando do pobre cachorro, que só agora, depois que eu me abaixo, resolve aparecer para reivindicar seu brinquedo, jogo, ele pula e agarra com a boca, a baba escorrendo pelos cantos. Observo seu rabinho caramelo balançar na medida que se afasta. Eu não devia ter me abaixado, agora não consigo nem levantar a cabeça, que pende para frente assim como quase todo o meu corpo. Solto um pesado suspiro. Calma Bea. Inspira, expira. Inspira, expira... Céus, isso é difícil!
- Droga! - Solto um resmungo.

- Você está bem? - Ouço uma voz desesperada atrás de mim e logo mãos grandes e quentes estão em minha cintura, liberando arrepios deliciosos por todo o meu corpo.

- Estou ótima, tirando a parte que não consigo levantar sem ajuda.

Ele ri, um sorriso doce e encantador, enquanto me ajuda a levantar. Se não fosse Max eu teria desistido e ficado sentada no chão gelado, até um milagre acontecer e eu ter forças o suficiente para levantar.

- Você está rindo de mim? - pergunto, as mãos nas costas e a barriga saliente empinada.

Ele me lança aquele sorriso perfeito que deixa meu corpo em alerta.

- Jamais. - Ele sussurra.

Passo a mão por sua camisa azul para sentir o calor de seu peito, sigo para cima até chegar na gola da camisa. Puxo-o para mais perto de mim. Ele envolve minha cintura com um dos braços, enquanto as costas da mão livre faz carícias em minha bochecha.

- Você acordou faminta... - Ele fala, com a voz rouca e o olhar brilhando de malícia. Ah, Maxon! Se você soubesse todas as besteiras que estão torturando minha cabeça neste momento... Minhas pernas se juntam num reflexo para tentar aplacar o desejo que se expande.

- Eu diria que faminta é um grande eufemismo, o que eu sinto aqui é bem mais voraz, mais sufocante e arrebatador...

Ele deixa escapar um gemido que reverbera por todo o meu corpo.

- Você não está me deixando escolhas, Bea... - Sorrio com malícia.

Ele me leva de encontro ao balcão de mármore, onde com movimentos ágeis, segura e eleva minhas coxas até que eu consiga sentar, depois ele as afasta para que possa se encaixar entre elas. Mordo o lábio para tentar conter um gemido que acaba escapando de mim assim que sinto sua ereção monstruosa pressionar aquela área bem abaixo do umbigo. Maldita hora em que eu fui escolher uma saia para vestir. Arqueio a cabeça pra trás dando acesso a língua de Max, que desbrava cada pedacinho do meu pescoço exposto.
Permito-me ser levada para um mundo maravilhoso e colorido onde não existe uma coisinha chamada consciência, deixo que as mordidas em meu lóbulo e as mãos que tanto adoro me provoquem ao subir pela parte interna da minha coxa. 

- Ai meu Deus, Max! - Gemo. - Estamos no meio da cozinha, com a visita bem aqui do lado.

Sabe aquele mundo colorido e maravilhoso do qual eu falei? Então, às vezes é possível vislumbrar uma pequena brecha da realidade e é assim que eu me lembro que a qualquer momento alguém pode aparecer para pedir um copo d'água ou algo do tipo e nos flagrar nos fundindo e delirando a mercê dessas sensações tão loucas e incrivelmente deliciosas.

- Max! Marina pode entrar a qualquer momento.

Seus olhos se arregalam, assustados com a possibilidade do que eu falei acontecer. Ele se afasta alguns centímetros, o suficiente para me deixar com vontade de chorar. Droga, ao mesmo tempo que eu sei que é errado, também sei o quanto é certo e o quanto desejo estar em seus braços, conectada, sentido todos os reflexos de minhas provocações em seu corpo.

O Idiota do Meu Chefe #wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora