..:..:..Capítulo 31..:..:..

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Oi, gente! Sei que o capítulo é pequeno, mas é o que temos para hoje.
Obrigada mais uma vez a todos que estão lendo, votando e comentando. Vocês sabem que eu adoro quando vocês interagem.

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Caroline

- Eu aceito.

Eu quero é que todos se explodam! Do que importa o que eu sinto, penso ou quero? Pois é, exatamente, nada, absolutamente nada!

- Boa garota. Você não vai se arrepender.

Bato a porta e saio em passos largos e fortes.
Eu só espero não encontrar aquela Bicha retardada que me humilhou. Como ele pôde? Aliás, como EU pude? Eu me deixei ser levada por sensações mundanas, momentâneas e irrelevantes. Eu fui uma completa idiota ao beijá-lo. Sinto nojo e vergonha de mim.
Desço as escadas numa velocidade quase surreal, não faço ideia de como ainda não caí. Bem quando meu pé deixa o último degrau a última pessoa que eu queria ver no momento, esbarra em mim. Ah, maldição!
De bunda no chão o encaro, de queixo erguido, esperando que ele vire o rosto por não aguentar o meu olhar acusador, mas o retardado sustenta o meu olhar na mesma intensidade, e, numa guerra silenciosa permanecemos, esperando para ver quem vai ser o primeiro a ceder.
Alguma coisa está se revirando no meu estômago... Deve ter sido algum doce que eu comi ontem... Minhas mãos estão suando... E por que diabos meu coração está acelerado!?

- Achei você! Por que não abriu a porta ontem à noite? Eu queria conversar!

Uma voz irritante reclama, deve ser a grávida do Ren. Não posso olhar no momento. Então, para a minha imensa alegria, Felipe vira o rosto para encarar a amiga. Ah, serei eternamente grata a essa mulher!
Num pulo levanto e corro na direção da cozinha, deixando o Felipe no chão e sua amiga de voz irritante lhe estendendo a mão para ajudar.

- Oi. - falo, sem animação.

Minha mãe está à mesa, vestindo suas usuais roupas formais e sem graça, com o cabelo brilhando de tão sedoso e macio. Quando eu era pequena e ela tinha longos cabelos, eu adorava fazer-lhe tranças de todos os tipos. Lembro de após terminar, sentar em seu colo e pedir mais uma história sobre princesas. Então, ela pegava um livro qualquer de minha pequena estante e um cobertor. Eu ficava aninhada em seu colo, coberta pela manta enquanto pegava no sono gradativamente, imaginando castelos, príncipes e coroas.

- Oi, querida. Teve uma boa noite?

Permaneço calada. Pego uma tigela, cereal e leite, e levo para a bancada. Há um bom tempo que eu não tomo café na mesa. Eu costumava sentar a mesa e comer junto de todos, porém, depois que eu percebi a tristeza que cercava a minha mãe, e só aumentava ao longo do tempo, deixei de sentar com ela.

Meu irmão, Dhiren, aparece com uma cara de enterro e a curiosidade me bate. Afinal, o que foi que eles decidiram enquanto eu beij... Enquanto eu permaneci ausente?
Minha mãe, sem pronunciar uma única palavra, se retira da mesa. Arrasto a tigela para a pia e puxo uma cadeira.

- Então?

Ele me encara, sem demonstrar nenhuma emoção, e logo volta a comer as torradas como se eu não estivesse ali.

- Então? O que foi decidido?

- Sai daqui, pirralha!

- Ui, pelo visto alguém aqui acordou mal humorado.

- Cala a droga da boca!

Ah então vai me tratar com ignorância? Acontece que ninguém me trata dessa forma.
Levanto e vou até a geladeira para procurar o que eu tenho em mente. Pego a enorme jarra de água gelada e volto para jogar no meu querido irmãozinho.
Ren solta todos os palavrões possíveis, alguns que eu nem sabia da existência, empurra a mesa, derrubando todo o café da manhã e vem em minha direção. Ainda me contorcendo de rir, corro para sala. Acho que eu nunca ri tanto em toda a minha vida.

O Idiota do Meu Chefe #wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora