..:..:..Capítulo 46 - part 2..:..:..

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Maxon

- Desculpe, senhor, mas o voo já está completo. - Droga!

Lanço um olhar condescendente para os seguranças que tentaram me pôr para fora quando eu estava chamando Beatriz e eles viram o rosto, com indiferença. Bando de filhos da mãe! Minha maior preocupação é se algo acontecer com a Bea e ao nosso filho. Se... Se algo acontecer... Eu, eu... Merda! Eu nunca vou me perdoar. Antes de acabar comigo, faço questão de caçar o culpado por tudo isso, vou até o inferno se for preciso, mas acabo com esse desgraçado.
O jeito é esperar até amanhã.
Ignoro o olhar inquisitor de Ren e entro no carro - depois de quase quebrar a porta.

- E aí? - Pergunta ele, com os dedos batucando no volante.

- Ela se foi.

- Você deixou!? - Exclama, atônito.

- Sim, porra! Não tive outra opção.

- Idiota. - Soca meu braço.

- Eu sei! Agora dirige essa merda. - Cruzo os braços e viro a cara.

- Então, será que agora dá pra explicar a merda que você fez?

Respiro fundo e fecho os olhos. A última coisa que eu quero fazer no momento é falar sobre a merda que acabou por afastar de mim a mulher que eu tanto amo e que ainda está com um filho ou filha minha na barriga. Só desejo socar alguma coisa e o rosto do meu irmão está bem convidativo. Calma, Maxon, ele é seu irmão, não vale a pena despejar a merda toda sobre ele. Apesar de tudo ele ainda está aqui tentando me ajudar.

- Certo. Eu estava...

Flashs de mais cedo invadem minha cabeça...

" Eu estava bastante animado por que finalmente tudo estava bem entre Bea e eu. Eu só queria tê-la em meus braços o mais depressa possível, por isso a chamei para ir na minha sala. Esperei por meia hora, mandei até mensagem, porém como ela não apareceu e nem explicou, resolvi arrumar uns papéis e descer para encontrá-la em sua própria sala, mas antes que eu pudesse simplesmente abrir a porta de meu escritório, meu telefone tocou. Corri para atender, pensando que fosse Beatriz só que não era ela. Para total desapontamento, ouvi a voz de um homem. No começo pensei que ele quisesse tratar de negócios, entretanto, o mesmo se mostrou com outro tipo de intenções. Começou com uma conversa sobre sequestro, envolvendo a Bea, que de imediato fez-me cogitar que fosse um trote ou algo do gênero, mas infelizmente não era. O bandido enviou fotos de Beatriz, e na foto ela estava com a mesma roupa de quando saímos de casa. Não consegui identificar o lugar porque era bastante escuro mas eu não sei... parecia-me familiar. Liguei várias vezes para o celular dela, porém só caía na caixa de mensagens. Em torno de trinta segundos depois, recebi mensagens e uma ligação, falando exatamente o que eu tinha que fazer para que Beatriz e o bebê ficassem a salvos. Quando a Bea apareceu em meu escritório, meu alívio foi tão grande que sem pensar eu corri para abraçá-la, o que só deixou tudo mais confuso pra ela.

- Espera aí! Você é burro ou o quê? Por que você não aproveitou pra explicar tudo quando ela já estava na sua sala? - Grita, chamando atenção dos motoqueiros ao lado.

- Não seja idiota, Ren! Se eu tivesse essa opção é óbvio que eu teria contado. O problema é que algum filho da puta instalou câmeras tanto na sala da Beatriz quanto na minha. Eu estava sendo monitorado por câmeras e por meio da ligação, dessa vez sem ser com o número da Bea.

- Puta merda! O que você pretende fazer?

- Cara, eu não sei. - Apoio o cotovelo na janela e observo os pedestres atravessarem a rua.

- Maxon. - Sua mão pousa em meu ombro. Viro o rosto para encará-lo e vejo seu semblante preocupado. - Pode contar comigo. Qualquer coisa que você precisar, sério, não ouse pensar duas vezes antes de falar comigo. Sei que passamos por um momento meio... Turbulento. Mas nós somos irmãos, é isso que devemos fazer, brigar é a regra número um, senão não tem graça. E você sabe que eu sempre tive inveja de você por ser o preferido do papai mas saiba também que eu nunca deixei de te amar. Grave bem essas palavras porque eu não pretendo dizê-las uma segunda vez. Eu te amo, irmão, ontem, hoje e sempre.

Recebo um soco leve no braço e é quase impossível não sorrir. Sei o quanto foi difícil pra ele ser sempre pressionado pelo meu pai para ser o melhor, para ME superar, o que era completamente ridículo. Meu pai não media esforços para disfarçar que eu era o seu favorito, não me orgulho disso, nunca me orgulhei, muito pelo contrário.
Viro o rosto para tentar esconder os resquícios de lágrimas.

- Também te amo, cara. - Sussurro.

- Quê? Não ouvi. - Provoca, com um sorriso cínico na cara.

- Vai à merda, você sabe que não vou repetir.

Ele ri.

- E você realmente me deve uma até hoje. - Acrescento.

- Como?

- Você sabe muito bem. Lembra quando aquele jogador de futebol americano do último ano, o Rick, se reuniu com os amigos pra te bater? Quem foi que te defendeu e ainda impediu que você fosse cruelmente assassinado?

- Olha só, eu tinha tudo sob controle. Não precisava da sua ajuda. - Diz, seriamente.

- Sei. Pelo menos você conseguiu ficar com a garota por um dia.

- Você que me deve uma, te ajudei com a Rachel.

- Quem é Rachel? - Realmente não consigo lembrar.

- A garota que eu te ajudei a pegar no baile do último do colégio.

- Claro! Ela não era melhor amiga da sua namoradinha de 14 anos? - Zombo.

- Cala a boca, idiota!

- Mas falando sério, preciso comprar uma passagem pro Rio de Janeiro ainda hoje. - Digo, cessando o riso.

*************

Oi, Gente! Sei que demorou muito, mas eu posso explicar. Bom, eu tive problemas com a Internet, preguiça de escever - Sim, eu admito -, e como alguns de vocês devem saber ou pelo menos ouviram falar, o lançamento de A Coroa foi essa semana e eu fiquei um pouco louca.

Enfim, esse capítulo é meio que uma explicação/continuação do outro - Por isso tão curto - e o próximo vai ser narrado pela Carol, assim espero.

Beijão (muito obrigada pela paciência)

O Idiota do Meu Chefe #wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora