Eu não sou uma daquelas garotas que tem frescura mas eu tenho medo, e isso não é frescura. A viagem tinha tudo para dar certo... acredito que a tal pessoa que me manda mensagens anonimas, foi a responsável por isso tudo. Nunca tive inimigos. Não mexo com ninguém, sou educada com todos (os que merecem) e nenhuma pessoa que convive comigo aparenta ser capaz de fazer algo desse tipo. Por um momento cheguei a pensar que fosse a Samantha, mas ela mesma sofreu um acidente a pouco tempo.
Estamos sentados, cada um, debaixo de uma árvore, observando a mata e o mar ao nosso redor. Maxon me falou que ainda hoje, ao perceberem a demora da nossa chegada em Londres, os pais dele, iam tomar as providências necessárias de busca. Me acalmei um pouco com isso, só um pouco.
Ao mencionar os seus pais eu não pude deixar de lembrar do Dhiren... caramba! Nesse tempo todo eu só pensei no Maxon, só senti ciúmes dele... tudo que eu pensei só foi relacionado a ele. Eu esqueci completamente o meu namorado! Que vergonha... eu não sou assim.
A partir de agora eu não vou mais chegar perto do Maxon. Tenho que cortar desde já ou eu vou perder o controle.
- Bea, você está precisando de alguma coisa? - Maxon pergunta, tirando-me dos meus planos.
- Não. - respondo com frieza.
- Está com raiva de mim?
Permaneço calada encarando o nada. Ele irritado, levanta e vai sentar ao lado da loira peituda. Ao perceber que eu estou olhando, coloca o braço no ombro dela e cochicha alguma coisa no ouvido dela, que reage com um risinho safado.
Estamos completamente ensopados, e a peituda aproveita a desculpa "para não ficar resfriada", e tira a blusa. Acho que nem preciso dizer que o Maxon adorou. Mal sabem eles que eu também tenho os meus métodos de sedução. Estamos na merda mesmo então não estou nem aí, vou me rebaixar um pouco e curtir o momento. Ao menos uma vez na vida quem vai provocar sou eu.
Vou até o ruivinho e sussurro no ouvido dele: "será que você pode me ajudar com a blusa?".
Ele hesita um pouco mas logo se dispõe para servir a pobre dama que não consegue tirar a própria blusa. A Ju vai adorar saber dessa história (se sairmos daqui vivos).
Dou uma espiada e flagro o Maxon com o olhar em chamas na direção das mãos do ruivo, que aliás eu nem sei o nome.- Desculpa, mas como você se chama?
- Ronald.
- Prazer. Beatriz mas pode me chamar de Bea.
Ronald tira minha blusa, o safado aproveita e demora o máximo que pode. Assim que termina o serviço não tira os olhos dos meus peitos. Isso! É exatamente disso que eu preciso. Pouso um beijo de agradecimento em sua bochecha e logo sinto um aperto firme em meu braço, que eu conheço muito bem.
Encaro-o com os olhos cheios de malícia e ele suaviza um pouco. Mas eu não quero saber dele! O empurro e volto para o Ronald que sorri largamente.
Eu já tenho algo em mente. Vou pedir uma massagem ou algo do tipo.
- Ronald, será que você...
A mesma mão firme de antes volta a apertar o meu braço só que desta vez ele me puxa.
- Eu preciso falar com você. - Maxon fala, ou melhor, ruge.- Pode falar.
- Não aqui.
Como eu já disse, estamos todos perdidos, então não estou nem aí. Vou aproveitar mesmo.
Ele me puxa para uma parte da floresta e logo me prensa numa árvore (que eu espero de coração que não tenha nenhuma daquelas lagartas que queimam. Tenho trauma desse troço)- Você está querendo me testar!?
- Não estou querendo nada.
Mordo os lábios só pra provocar e dá certo, porque ele vai a loucura.
- Para. - diz com a voz rouca.
Olho discretamente para baixo e vejo o costumeiro volume se formando em sua calça. Eu estou ficando mais safada que a Ju!
- Está gostando da visão?
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O Idiota do Meu Chefe #wattys2016
RomanceBeatriz Burke sempre vivera sob os cuidados de sua mãe protetora, até que, para conquistar a sua independência, ela se muda para Nova York, acompanhada de seus dois melhores amigos, para estagiar em uma das maiores empresas de publicidade do país, a...