Dak arrasando nesse evento de How to be single!!
Ficamos deitados alisando minha barriga, Margareth ainda nem veio nos incomodar, não que ela seja um incômodo. Ela sempre foi especial pra mim, e ela ficará muito feliz quando o bebê nascer. Jamie abria a boca e fechava, estava louco pra perguntar alguma coisa mais na hora desistia. Já estava ficando entediada de esperá-lo fazer a pergunta.
- Fala. Está louco pra perguntar alguma coisa.- Me viro pra olhá-lo. Esses cabelos enormes dele cobrindo sua testa, o rosto com um pouco de suor pelo esforço que fez pra tirar o leite.
- Não fique com raiva. Me fale do seu amigo, ou melhor, da sua infância aqui.- Erguo as sobrancelhas, parece bastante interessado na minha resposta.
- Okay...pensei que minha vó tivesse contado tudo.- Respiro um pouco em busca de como começar, lembro pouca coisa do meu amigo Richard. Se não fosse pela minha vó ter lembrado o nome, eu nem saberia que era esse.- Bem...eu sempre vinha pra cá em agosto de quase todos os anos, mas nem todos. Já que eu tinha que fazer várias sessões de fotos para as revistas. Enfim...quando vim pra cá conheci o Richard, ele tinha cabelos ruivos, parecia que estava pegando fogo, sardas no rosto e olhos verdes. Não fique com raiva, ele era bonito, além de nos darmos muito bem.- Jamie escuta atentamente, pelo visto estava querando mesmo só saber.- Como minha avó me obrigava a trabalhar ele me ajudava, no fim da tarde corriamos para o rio jogar pedras. E foi lá que fizemos uma aposta, quem jogasse a pedra mais longe iria fazer uma proposta e o outro teria que aceitar de qualquer jeito. Eu perdi, e ele me pediu em casamento.- Começo a rir, isso é um absurdo vendo agora do meu ponto se vista maduro. Acho que no fundo, eu sabia que nunca nos casariamos.
- Ele não irá casar com você.- Jamie fala em um tom possessivo.
- Claro que não.- Mostro a mão com a aliança que ele me deu.- Eu já pertenço a você. Sou toda sua, para o que quiser.
- Eu também tinha uma amiga como o seu amigo.- Acho que vou querer ouvir essa história dele.- Mas eu era muito chato ás vezes, talvez ela me odeie só não demonstra. Quer saber quem é?
- Ela ainda tem contado com você?- Ele balança a cabeça assentindo.
- A Mary.- Fico chocada. Ela é uma ótima pessoa, imagino como era esses dois quando criança.
- E o David?
- Ele foi se apaixonar por ela quando já eramos mais velhos. Não sei se você sabe, mais eu sou o padrinho de casamento deles.
- Nossa...isso é esquisito. Acho melhor descermos, vamos ajudar minha vó em alguma coisa.- Me levanto da cama puxando seu braço, ele se mexe preguiçosamente na cama.- Vamos, Jay!
- Deixa eu ficar mais um pouco.- Resmunga.- Você parece uma criança, quando o bebê crescer vai se espelhar em você. Vai ser um completo preguiçoso.- Brinco, uma coisa que ele não é.
- Já estou levantando, mamãe.
Aproveitamos tanto o dia, fizemos o almoço e ainda ensinei Holly a fazer bolinhos e a deixei se lambuzar toda com o chocolate. Comemos os famosos peixes que minha vó pesca quase toda manhã. Ficamos a tarde sentados na sala conversando e Margareth tricotava um dois casacos. Um para Holly na cor vermelha e um para o bebê na cor branca, já que não sabemos o sexo. Eu devia aprender a tricotar, fazer várias coisas para meus pequenos. Sentada no sofá lendo um livro de histórinha para a Holly que escutava atentamente. Falava de uma princesa que encontrou um cachorro e se tornaram melhores amigos.
- É eu e o Zepp, não é mamãe?- Ela olha pra mim para que eu confirme.
- Claro, você e o zepp.- Que nesse momento está aproveitando o travesseiro no canto da sala.- Vamos continuar.
- Eu queria saber ler.- Diz, tristonha.
- Por isso que você está na escola, para aprender.- Falo tocando no seu pequeno nariz.- E quando aprender, você que irá ler pra mim.
- Dak, sempre levou jeito com crianças.- Escuto minha vó dizer. Não me lembro muito disso, nem as crianças que convivi. Sempre quis ter irmãos, mas minha mãe não queria ter mais filhos.- Ah, podemos fazer um bolo para seu aniversário amanhã.
- O que a senhora quiser, vó. Daqui a nove dias será o aniversário da Holly, queria que a senhora fosse pra Nova York comemorar conosco.
- Não posso deixar o rancho sozinho. Eu adoraria ir, mas...
- Tudo bem. Se não fosse meus amigos que virão daqui a alguns dias, eu ficaria mais tempo aqui. Ainda vou ter que organizar umas coisas, preparar os convites e onde será. Meu apartamento não é tão grande.
- Eu não tenho muitos amigos, mamãe.
- Mesmo assim, vamos convidar toda a sua turma. Vejo isso depois, que tal irmos dá uma volta lá fora?- Pergunto pra ela. Se levantando entusiasmada para andarmos um pouco, a mesma estava louca pra ir ao rio.
Jamie ficou na casa fazendo compania a minha vó. Saudades de quando eu fazia isso com a minha mãe, passear pelo terreno contando coisas engraçadas a mim. Mas não me vem nada a cabeça para que eu possa falar pra Holly, somente minha mãe me vem a mente. Como eu queria que ela estivesse aqui, saberia o que dizer nesse exato momento. Poderia dizer as mesmas coisas que ela falava pra mim, mas isso só aumentaria mais a saudade que sinto dela e meu sentimental está fragilizado demais. Então faço o que gosto de fazer. Observar, admirar e pensar no quanto temos sorte de onde vivemos.
Na manhã seguinte, Jamie me acorda com um café na manhã na cama. Terei meu dia de rainha hoje e babações, eu nunca comemorei meu aniversário exageramente como hoje. Tudo que gosto está na bandeja; suco, panquecas, bolo, torradas, geleia e uma rosa. Que lindo. Ele coloca a linda rosa vermelha na minha orelha, arrumo meus cabelos e o olho tímidamente.
- Feliz aniversário.- Diz me dando um beijo.
- Eu acabei de acordar.- O repreendo rindo.- Isso parece está uma delicia.- Pego uma torrada passo geleia e dou uma grande mordida nela. Está crocante, e com o gosto adocicado da geleia que fica uma delícia.- Está muito bom.- Falo de boca cheia.
- Seu dia está começando. Que tal tomar um banho com petalas de rosa?
- Não exagera. Quero um dia normal como qualquer outro, okay?
- Okay.- Termino de tomar meu café da manhã quase todo, deixo somente o bolo que já comi demais desde que cheguei.
Tomo meu banho, ponho um vestido e desço pra cozinha pronta pra ouvir os gritos da minha avó cantando parabéns. Fui logo preparada para isso.
- Parabéns pra você...- Escuto eles cantando a tradicional musica dos aniversário. Holly batia palma animada, e louca pra devorar o bolo que estava com pequenas velas vermelhas acesas. Fiz meu pedido e as apaguei em seguida.
- Não precisava.- Meu telefone começa a tocar no meu bolso. Vejo o número na tela e faço um sinal pra eles que irei atender. Meu pai me ligando.- Alô?
- Feliz aniversário, querida. Queria muito está aí com você, comemorando seu aniversário que pedir os outros 25 anteriores.- Vou chorar.
- Obrigada, pai. Não se preucupe, iremos ter muitos pela frente.
- Ollie e Grace estão mandando um oi. Eles esperam vê-la outra vez.
- Mande outro. Que tal no dia 12? É aniversário da Holly, e meus amigos também virão. Ah, pai...vovó perdoo o senhor.
- Que bom...- Suspira.- Fico mais aliviado. Acho que vou sim visitá-la daqui alguns dias, alias, Holly é minha neta. Então está combinado, nos veremos daqui alguns dias.
- Sim. Tchau, pai.
- Tchau, filha. Eu amo você.
- Também amo você.