Capitulo 23

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Com as férias da Holly eu queria muito passar uns dias em Aspen, mas ainda tinha a última visita da assistente social pra me da total liberdade da menina e o jeito era esperar. Então descidimos dá um passeio pela cidade e levamos o zeppelin conosco, que fez Holly ficar feliz. Toda vez que saiamos de casa o deixavamos, mas hoje vai ser diferente. Don me ligou ontem e marcamos um dia para fazer o exame de DNA. Uma parte de mim queria deixar tudo isso pra lá e ficar sem pai mesmo, passei tantos anos sem e por quê não posso passar o resto também? Jamie ficaria chateado se eu dissesse isso a ele, então o melhor é fazer isso mesmo e por um ponto final nisso tudo.

- Você está distante.- Jamie me tira dos meus pensamentos, mal toquei no meu sorvete de morango.- O que foi? Está sentindo alguma coisa?

- Não. Eu só estou pensando mesmo.

- Posso saber em quê?- Curioso. Estamos em umas das mesas do parque tomando sorvete, Holly brinca mais a frente com o zepp.

- Humm...no bebê.- Minto.

- Acho que não é isso.- Insisti, sem querer reviro os olhos e ele não gostou nadinha pela cara de que quem comeu e não gostou.

- Ah, Jamie. Tó chateada em não poder ir viajar, esperar ter a guarda da Holly.- Acho que dessa vez eu o convenci. Ele pega na minha mão.

- Quando você tiver, nós iremos. Seria melhor no natal.

- Não, quero passar o natal aqui mesmo. Nova York é linda nessa época, e no meu aniversário estou descidida a ir pra Underland.- Ele fica surpreso.

- Serio? Andie e os outros vão adorar. Amar na verdade.- Jamie ficou contente. Eu andei pensando nisso alguns dias e tomei minha descisão de ir.

- Só não quero aquela pessoa me incomodando.- Digo, emburrada.

- Ela não vai, vou deixá-la bem longe de você.

- É bom mesmo.- Jamie se levanta e continuo comendo meu sorvete que está mais derretido do quê congelado. Ele vai até a Holly e pega a bolinha pra jogar pro zepp.

Passamos o dia assim e fomos embora no final da tarde. Nós três estavamos muito cansados, e Jamie carregava Holly nos braços. Ela acabou dormindo no caminho pra casa. Já estou morta e nem mesmo tomei banho direito.

Acordo mais cedo hoje, quero deixar tudo pronto antes de sair pra me encontrar com o Don. Ele insistiu que o esperasse que ele vinha me buscar. Acabei aceitando a carona, pra minha curiosidade quero saber mais sobre ele e meus possíveis irmãos.

- Bom dia, querida. Acordou cedo hoje.- Jamie aparece na cozinha com sua cara de quem acabou de acordar.

- Quero deixar tudo pronto antes de dormir, Berta ama minhas omeletes. Nem sei por quê, ela cozinha melhor do que eu. Só sei o que sua tia me ensinou.- Termino de fazer as omeletes e ás coloco no balcão.- Vou tomar meu banho e me arrumar, levar mais agulhada.- Passo por ele e lhe dou um beijo, ele não me deixa escapar, me puxa pra si e me beija com verocidade.

- Amo você, querida.- Ele sussurra.

- Eu também te amo. Agora, eu vou tomar meu banho se não me atraso.- Empurro seu peito de leve e saio da cozinha.

Tomo meu banho e visto um vestido cinza e minha sapatilha branca. Amarro meu cabelo em um rabo de cavalo e ajeito minha franja. Passo uma leve maquiagem no rosto e passo perfume. Quando chega na cozinha, Berta já chegou e Jamie ainda está de pijama. Bem que ele deveria ir tomar banho. Como sempre, Berta fica contente com minhas omeletes. O interfone toca e vou atender.

- Senhorita Johnson, um senhor chamado Don está chamando a senhora.- O porteiro do prédio me comunica.

- Obrigada, avise-o que estou descendo.- Peço, e desligo.- Ele chegou, estou indo.- Dou um beijo no Jamie e um abraço na Berta.- Você devia ir tomar banho.- Digo pra ele antes de sair.

Don me esperava no carro, confesso que estou um pouco nervosa pra fazer esse exama. Ele abre a porta do carro pra mim, lhe mostro um meio sorriso e entro. Durante a viagem até a clinica fiquei calada prestando atenção na rua, logo minha mãe veio na minha cabeça. Será que ela ficaria feliz em ser avó? Nunca falava sobre meu futuro amoroso com ela, acho que ela amaria conhecer o Jamie.

- Quando vou conhecer seu marido?- Minha atenção vai pra ele.- Ele é um homem sortudo.

- Podemos esperar o resultado dos exames, não quero ser ceticista, mas é o melhor.

- Tudo bem, escolhi a melhor clínica pra acelerarem o processo e nos darem logo o resultado.- Assenti, volto minha atenção ao lado de fora do carro. Logo o outono chegará e as as árvores daram lindas folhas, pra mim outono é a melhor estação do ano.

Já estava quase pulando fora do carro se não chegasse logo, o trânsito tava mais louco hoje e sempre paravamos o carro, significcava que o ambiente ficava tenso pra nós dois. Deveria ter negado a carona, eu até imaginei possíveis papos que teriamos no carro, mas nenhum veio a realidade. Dou graças a Deus quando finalmente chegamos a clínica, praticamente pulei do carro. Vamos direto para sala assim que a recepcionista nos vê. Que rápido. Fazemos todo o processo do exame, retirada do sangue, que já estou acostumada. Nunca mais quero ficar grávida, sorte que já passei da fase dos enjoos. Depois fico uma baleia com vontade de fazer xixi direto. Sem contar com o parto que ainda nem me descidi se queria normal ou cesário.

A enfermeira pega nossas amostras de sangue e leva para o laboratório. Agora quero ir pra casa, o resultado sai daqui a duas horas e não quero esperar tanto.

- Poderiamos ir comer alguma coisa. Aposto que está se sentindo tonta.- Don se aproximou de mim.

- Eu estou bem.

- Eu insisto.- Olho pra ele, realmente parece querer ficar mais tempo comigo. Será que ele já sente que deve criar um vinculo comigo? Ai, tenho que aceitar.

- Tudo bem.

Pedi café e bolinhos, e Don pedio chá. Ele acabou sitando que morou em um país onde as pessoas tomavam chá toda hora. Ave Maria, eu ficaria verde de tanto tomar chá na vida. Preciso perguntar com o que ele trabalha, esses lugares todos que ele viaja e suas roupas caras só pode ser rico mesmo.

- Desculpa a curiosidade, mas você não me falou em quê trabalha.- Ela começa a rir.

- Desculpe...sou dono de várias companias aerias e uma linha de automóveis.- Nossa...fico chocada.- Que compania você costuma viajar?

- Eu não costumo viajar mais, eu nem ligava muito pra isso. Meu agente que marcava meus vôos.- Tentei ser a mais delicada possível.

- Ah. Seria feio se eu pedisse que viajasse nas minhas?

- Não. Talvez quando eu for pra Aspen, sua compania só é internacional?

- Não. Aqui também tem.- Nem vi quando o tempo passou, e já estava perto de pegar os resultados do exame.

Pronta para perdoarOnde histórias criam vida. Descubra agora