The Cure - Jikook

08

Jimin estava admitindo que me queria ali, e isso era tão importante que meu coração pulava no peito. Eu me controlei e sorri para ele.
  -Não tem problema nenhum você me querer aqui. -eu disse baixinho me inclinando para ver seu rosto. -Se quiser eu posso ficar aqui quantas vezes quiser, não fizemos nada de errado Jiminie. -segurei seu rosto e apertei suas bochechas, ele riu fraquinho e suspirou.
-Verdade, não fizemos nada errado. -ele pôs as mãos sobre as minhas, e as tirou do rosto, o problema foi ele ter as pousado junto às suas, e em suas coxas. Eram tão bonitas de perto, minhas mãos estavam ali, era só apertar. -Jungkook? Jungkook? -eu não o ouvi me chamar antes, mas ele parecia estar esperando uma resposta.
-Desculpe?
-Eu perguntei por que está me olhando assim.
Ele estava vermelho, e antes eu estava olhando suas pernas, provavelmente com uma expressão horrível, mas suas pernas estavam sob meus dedos, meus dedos roçavam o tecido da calça fina e sentiam diretamente o calor da sua pele. Meu coração acelerava.
-Ah, me desculpe. Eu... -senti minhas bochechas queimarem, e o sangue subir pelas minhas orelhas. -Eu estava só te olhando.
-Eu percebi. -ele riu nervoso.
Meus sentidos ficaram dispersos por um instante e eu apertei as coxas dele fazendo-o soltar uma exclamação, ao mesmo tempo que o puxei em minha direção. Ele prendeu o ar ao chegar muito perto, eu estava ajoelhado.
-J-Jungkook?
-Jimin você já beijou alguém? -perguntei curioso, de repente toda aquela vergonha de antes tinha ido pelo ralo.
-Hum-hum. -negou olhando para baixo ao tentar se esconder de mim. Adorável.
-Nem tentaram? -eu passei as unhas de leve nas pernas dele e ele arrepiou visivelmente.
-Já, m-mas... eu não quis. -ele começou a mexer com os próprios dedos. -Ela era chata.
-Ah, ela. -assenti rindo. Não que não houvesse a possibilidade de ele ser hetero, ou achar que é, mas ele era tão... entregue a mim. -Algum garoto já tentou? -ele arregalou os olhos para mim por uma fração de segundo e negou.
-Algum já te beijou? -perguntou na mesma curiosidade que eu tive.
-Taehyung. -joguei os ombros e ri, ele ergueu as sobrancelhas surpreso e assentiu devagar. -O que?
-Nada não. -disse também jogando os ombros. Eu ri e segurei seu rosto de volta fazendo-o me olhar. -Pensei que ele fosse seu amigo.
-Ele é. - aquilo era ciúme? -Meu melhor amigo, mas já tivemos alguma coisa.
-Hum. -ele jogou os braços nos meus ombros, mais perto. O que está fazendo com a minha sanidade, Jimin? -Ainda têm alguma coisa?
-Nada. -sussurrei involuntariamente. Ele estava muito perto, eu não conseguia encarar outra coisa que não fosse seus lábios. -Por que? Está interessado?
Ele riu e escondeu o rosto no meu ombro. Isso me respondeu. Obrigado casamento indesejado a minha mãe, me deu o melhor meio-irmão do mundo.
-Você está deixando as coisas difíceis pra mim sendo tão sincero. -eu ri e ele negou.
-Eu não disse nada. -resmungou. -Mas você é legal comigo.
-Então você gosta de mim.
-Sou obrigado.
-Não é não. -eu me levantei aos poucos e quando ele pensou em se soltar de mim, passei meus braços por trás das pernas dele fazendo-o prendê-las na minha cintura. -Ah, Jiminie você é difícil. -eu o joguei na cama e ele riu. Cai entre suas pernas e com os braços em seus lados.
  -Isso é errado. -disse claramente nervoso apontando para mim, mas com um sorrisinho involuntário. -Muito errado.
-Eu não fiz nada.
-Eu sei que não. -ele apoiou as mãos no meu peito.
-Eu devia tentar? -eu me inclinei minimamente e ele ficou parado. Me aproximei mais e puxei a gola da sua camisa. O mordi perto da clavícula e ouvi ele arfar minimamente.
  -N-Nao devia fazer isso. -sussurrou e eu ri. Ao deixar um chupão ali, onde ele poderia esconder, senti meu coração acelerar, parecia que eu estava deixando uma marca permanente, mas não na pele dele, agora ele saberia que ele era, no melhor dos sentidos, meu.
  -Deveria ter me parado se não quisesse. -sussurrei de volta.
  -Eu não consegui. -ele me olhava diferente, eu não lembro dele me olhando com carinho de verdade. Aliás mal nos conhecíamos.
  -Jimin, não me entenda mal... -eu disse baixinho no ouvido dele, com nossos corpos quase colados, sua respiração descompassada. -Mas eu sinto que você realmente gosta de mim.
  -Mas...
  -Esqueça oque seu pai disse que era errado ir para a cama com um homem. Gostar de alguém não é errado.
  -Jungkookie. -ele tocou minha cintura timidamente e me fez me erguer um pouco para ver seu rosto. -Não vamos apressar as coisas, hum?
  -Claro. -sorri para ele e me sentei, saindo de cima dele. -Só estou dizendo, que eu gosto de você. Ou tem alguém disputando comigo?
   -Não. E você é meu meio irmão.
  -Só no papel. Okay? Então não é proibido.
  -Hum.
  -Hum. -imitei ele fazendo-o rir.
  -Minha revisão! -disse se sentando espantado e eu ri. -Viu oque você fez?
  -Te causei alguns minutos de diversão antes de você voltar a ser uma calculadora. -me sentei e ele bateu na minha perna. -Ok, um notebook da Apple, aquilo é caro e bonito. Só não têm pernas bonitas, mas é como você.
  -Não me compare com eletrônicos. -ele fez bico e cruzou os braços.
  -Tire esse bico, ou eu mordo ele e você vai ficar com raiva de mim. -ele tirou e ficou vermelho. -Vou te deixar em paz. Ah, use uma camisa mais fechada, ou... você olha no espelho. -sai de fininho do quarto antes que ele fosse no espelho do banheiro. Corri para o meu quarto e fechei a porta.
  Ele chegou lá segundos depois me estapeando.
  -Fi-cou ro-xo! -cada pausa era um tapa.