Ouvi a porta abrir e me encolhi, eu estava ao lado da porta do banheiro já que não havia dado muito tempo de me esconder. Agora como Jimin iria conseguir fingir que estava ali a muito tempo eu não sabia, era quase impossível.
-Hum, o que está fazendo? -perguntou a voz idiota do Carcereiro.
-Tenho uma lista de exercícios para amanhã, já terminei, mas estou revisando. -a voz do meu bolinho saiu tão simples e verdadeira, eu quase acreditei que durante o nosso passeio ele havia feito essa lista, que aliás eu nem fiz.
-E o seu irmão? - agora ele inventou de ser meu dono também? Como se eu fosse deixar isso.
-Viemos para casa e acho que ele saiu logo depois.
-Hum. -eles ficaram em silêncio por um tempo, e eu tapei a boca com a minha mão para não fazer nenhum barulho involuntário, como gritar que ele era um idiota e que meu rosto Ainda estava levemente inchado do murro. -Continue estudando.
A porta fechou com força e ouvi ele se afastar pelo corredor, dois segundos depois Jimin apareceu na porta do banheiro, e... com outras roupas. Uma camisa azul clara que normalmente eu o via com ela, e um short que... eu não devia comentar mas estavam tão curtos quanto perfeitos, tomara que ele tenha se coberto inteiro quando o Carcereiro entrou, não confio naquela ameba.
-Como você trocou de roupa assim?
-Não sei, só tirei e joguei debaixo da cama, isso foi a primeira coisa que eu achei. -ele sussurrou. -Tá tudo bem?
-Tudo, não tinha monstros no banheiro. -eu sussurrei de volta fazendo-o rir. Saímos do banheiro e eu me sentei na cama dele, ele estava parado no meio do quarto como se não soubesse oque fazer. E ele estava lindo. -Venha aqui, ou vai ficar parado para sempre?
-É que... -ele desenhou o chão com a ponta do pé e as mãos para trás. Ainda era aquela coisa do pai dele? Mas a gente tinha se beijado na grama do parque!
-Feche a porta então. -pedi de mãos juntas. -Você disse que eu sai, lembra? Então eu vou ter que ficar aqui até o seu pai dormir ou sair de novo.
Ele me olhou meio em duvida e suspirou, trancou a porta e contornou a cama para sentar do outro lado, provavelmente para não ter que engatinhar até o outro lado comigo ali. Chato.
-Você não vai mesmo estudar, não é? Eu estou aqui. -tirei os sapatos e me deitei ao lado dele. -Eu sou uma distração perfeita, suas pernas também, devia usar esse short mais vezes. -ele me bateu no braço e se cobriu com o cobertor. -Não... deixa elas para fora, elas precisam respirar.
-Você não precisa ficar olhando tanto para elas. -disse já vermelhinho, eu dei um impulso para me levantar um pouco e o dei um selinho.
-É que você é lindo.
Ele sorriu e escondeu o rosto no travesseiro. Puxei o cobertor sobre mim também e assim ele não tinha mais como se esconder de novo, beijei sua bochecha, e continuei até o pescoço onde ele riu.
-Jiminie, você é mais velho que eu, eu que devia ser mimado, não você. -ele se virou para me olhar e cerrou os olhos, então segurou meu rosto e passou um tempo me olhando. -Sou bonito?
-Sim, mas não era isso, estou pensando.
-Em?
-Em eu querer te abraçar.
Eu ri, e o abracei, mas de novo ele nos trocou de posição, ficando em cima de mim, e aquele meu velho amigo, chamado short, subiu mais um pouco, eu podia sentir as pernas dele prendendo meus quadris.
-Então está me dando mais chances. -eu passei as mãos pelas costas dele e desci até tocar suas cochas, ele teve um susto e se sentou rápido, mas isso não me ajudou, ele estava em cima de mim. Gemi sem querer e ele ficou vermelho. -Desculpa, mas você foi muito brusco fazendo isso. -ele riu envergonhado e ameaçou sair de cima de mim, mas eu me sentei e o segurei ali. -Não disse que foi ruim.
-Isso é maldade, porque você sabe que eu estou morrendo de vergonha. -ele disse se distraindo mexendo na gola da minha camisa da escola.
-Não é maldade. -eu o abracei ela cintura e ele suspirou. -Ah, eu deixei o meu bolinho triste, meu deus, acho que eu vou desmaiar. -eu sei, atuo muito bem.
-Eu não estou triste, só constrangido. -ele riu e deitou a cabeça no meu ombro, senti seus dedinhos acariciando minhas costas.
Ficamos quietos por muito tempo, oque me espantou, eu só fiquei uma vez assim com uma pessoa e foi a primeira pessoa que eu me apaixonei, e sobre isso foi um menino lá trás. Era claro que eu estava apaixonado por ele, eu estava entregando meu coração para ele e eu estava adorando isso.
-Eu gosto de você. -ele sussurrou. -Por que seu coração está batendo tão forte assim? -ele se afastou espantado, colocando a mão sobre o meu peito e sim, estava muito acelerado.
-Porque... te ouvir dizendo isso é ótimo.
-Eu gosto de você. -ele repetiu me encarando. -Eu acho que eu não devia, mas é muito para eu dizer que não gosto.
-Jiminie, você vai me deixar louco. -passei as unhas devagar pelas cochas dele e ele arrepiou, se empinando automaticamente. O puxei pela cintura, o chocando comigo, levei meus lábios ao pescoço dele, o ouvi puxar a respiração e jogar a cabeça para trás. -Você está excitado. -realmente, ele estava duro contra mim e gemeu quando eu o pressionei ainda mais.
-V-Vamos parar. -gemeu muito perto do meu ouvido, eu puxei seu rosto pelo queixo e o beijei. -Jungkook...
-Gemer meu nome não vai ajudar. -eu sussurrei me afastando um pouco, ele não estava vermelho, mas estava mais quente, me olhava diferente e eu tenho certeza que estaríamos na cama se sua consciência não estivesse dizendo não.
Ele respirou fundo e saiu de cima de mim, rolando para o meu lado, eu me deitei de novo, com a respiração acelerada por ainda estar excitado, mas se ele não queria, não seria eu a forçar isso, além de que aquela seria sua primeira vez. E então assim como eu roubei o seu primeiro beijo, eu teria um papel Ainda mais importante na vida dele. Isso ele que tinha que decidir.
-Me desculpa. -eu disse me virando de lado. -Mas isso é natural.
-Eu sei disso. -ele passou as mãos no rosto e riu. -Você está me mudando.
-Só porque eu te excitei? Não pode ter sido a primeira vez. -ele me ignorou e eu entendi a resposta. -Jimin eu já causei quantas primeiras vezes em você?
-Três? Quatro. -ele contou mentalmente e nos dedos. -Foi a primeira pessoa que me beijou, foi a primeira pessoa que eu gostei, de verdade, a primeira pessoa que me fez sair escondido, e... isso. -ele se virou de costas pra mim e eu ri.
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The Cure - Jikook
Fanfic"Devíamos amar quem quiséssemos, não é? Pessoas são pessoas." Jimin vivia sob ordens de um pai rigoroso. Jungkook era seu meio irmão, livre para fazer suas escolhas e forçado a aceitar aquele segundo casamento da sua mãe.