Capítulo 58

6.3K 1.2K 557
                                        

Antes de começar o capítulo, quero agradecer à Luana pela capa maravilhosa, e que talvez, cruzemos os dedos 🤞🏻 seja a capa definitiva do livro. Obrigada, sua linda. Então vamos que vamos. Aguenta, coração!💜】

 Aguenta, coração!💜】

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.



— Há quanto tempo estamos aqui, meu Deus? Dois dias? Três dias? Talvez, uma semana? Sinto minhas forças se esvaindo de mim.

— Perdoe-me, Srta. Vennia — Sophie dissera, chorosa. — Quero que me perdoe.

Vennia olhou-a, confusa. Ambas ainda jaziam com as mãos amarradas para trás, de joelhos ao chão, presas na cabana encharcada com líquido inflamável. Do lado de fora, Drongo e Ratel vigiavam o lugar. Vennia sabia que o dia já havia nascido, por conta das réstias que escapavam pelas brechas da madeira.

— Não sou uma donzela de coração amoroso — Sophie continuou. — Confesso que, quando ficaste noiva do Sr. Stefan, abrasei-me em ciúmes, pois eu também gostava dele. Havia o amado secretamente desde a primeira vez em que o vi. Pensei que ele pediria a minha mão em casamento, mas quando soube que tu eras a escolhida dele, fiquei enfurecida. Arrependo-me tanto por ter lhe tratado mal. 

— São águas passadas, Srta. Sophie. O que mais importa é como vamos sair daqui.

— Estou tão cansada em ter falsas esperanças, Srta. Vennia. Estou sem forças para lutar e até mesmo para fugir.

— Não podemos deixar o desânimo nos abater. Se eu já escapei uma vez das mãos de Olivia, posso escapar de novo. Mantenhamos a fé.

As horas passaram, logo a noite chegou, e a fome as abatia. Assombraram-se quando a porta da cabana abriu subitamente, e Ratel surgiu, com um punhal em mãos.

— Por favor, não nos faça mais mal — Sophie implorava.

De forma inesperada, Ratel cortou as cordas que as amarrava. Vennia sentiu o alívio nos pulsos, que estavam quase em carne viva.

— Sei que devo ser grato pela Srta. Olivia ter me tirado da prisão, mas não acho certo ela condená-las a um destino tão cruel. Devem sobreviver, certamente. Eu ajudei-a a escapar uma vez, senhorita, posso ajudar-te de novo.

— Ajudaste-me antes? Por quê? — Vennia questionou-o. — Pensei que fosse um homem perverso, de cerne cruel.

Ratel, então, narrou o que acontecera quatro anos antes. Contou como Olivia havia persuadido a Vennia para adentrar a sua carruagem, e então, como levou-a para aquela mesma cabana, onde manteve-a presa, sem água ou comida, como uma forma de puni-la por noivar com Stefan. Um dia, Olivia irritou-se demasiado com Vennia, e atingiu-a fatalmente na cabeça com um pesado bastão de madeira, fazendo a moça desfalecer. Ao ver que Vennia desmaiara, Olivia pensou que por fim a moça estivesse morta. Ordenou que Ratel despachasse o corpo para algum lugar, incitando-o a esconder o cadáver, porém, Vennia ainda respirava. Ratel levou o corpo desacordado para Postwood, e muito arrependeu-se. Apiedando-se da moça, repousou o corpo dela sobre um jardim de rosas silvestres, que ficavam ao lado de uma casa rústica. Julgou que ali, Vennia poderia receber cuidados necessários e viver uma nova vida.

VENNIAOnde histórias criam vida. Descubra agora