11. Elisabeth Hastings

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• 09 de Maio, 1819


Elisabeth, inexplicavelmente acordou muito animada, principalmente porque no dia anterior tinha acordado de um jeito completamente oposto.

Elisabeth, desceu as escadas e ouviu sua mãe conversando com um entregador de cartas.

Será que Noah a respondera? - perguntava-se, enquanto descia as escadas apressadamente.

- Carta para você, querida. - disse Mrs. Hastings, sua mãe animada, balançando a carta no ar.

- Obrigada, mamãe. - agradeceu pegando a carta das mãos de sua mãe.

- Acho que um certo Duque está interessado em uma certa Elisabeth. - cantarolou, a mãe, contente demais para guardar apenas para si a sua felicidade.

Elisabeth estranhava a pouca liberdade que sua mãe estava lhe dando e como estava reagindo a inusitada situação.

- Somos apenas amigos, mãe. Não crie expectativa. - disse Elisabeth, ao abrir a carta:

"Querida, Elisabeth Hastings, por meio desta carta pergunto-lhe se aceita sair para cavalgar junto à mim ao entardecer deste dia?

Carinhosamente, Noah Bennett."

Ela sorriu, antes de ir até o seu quarto, e pegar um papel-cartão e uma pena para responder Noah:

"Aceitarei o vosso pedido, Noah.

Calorosamente, sua amiga Elisabeth Hastings."

Ela ficou feliz, mas não sabia explicar o porquê. Talvez, porque estivesse firmando uma amizade com Noah, ele parecia ser uma boa pessoa, como ela já havia pensando antes.

Mas quem diria? Ela estava fazendo uma bela amizade e nem imaginava isso, com um Duque ainda por cima, talvez ele seja mais que um título de nobreza.

Quando Elisabeth entregou a carta para um criado enviar a carta para Noah, sua mãe foi até ela, e Elisabeth se viu obrigada a explicar que Noah havia feito um convite para encontrarem-se ao entardecer.

A mãe explodira de tanta felicidade. Finalmente, a filha estava começando a relacionar-se com alguém. Ainda por cima, um Duque! Quem poderia imaginar?

- Não exagere, mamãe, nós não iremos nos casar. - disse Elisabeth, sentando-se tranquilamente no sofá da sala de estar.

- Não seja, boba, Elisabeth. - retrucou, a mãe, sentando-se ao seu lado. - preciso que leve uma criada com você, claro.

- Fique com as suas ideias. - disse Elisabeth, antes de levantar-se e ir até a biblioteca.

Quando alguém colocava uma ideia, na cabeça de sua mãe, ou até ela mesma, não havia quem tirasse a ideia de sua cabeça. Era um inferno, literalmente.

Não tinha alguém que lhe aguentasse além de Callum, seu amado marido, o amor de sua vida, como ela mesma falava para todos. Elisabeth se encantava ao ver o amor dos pais, ela os admirava, ela queria um amor igual, ou mais intenso que o deles. Era raro de que houvesse amor entre os cônjuges, e por isso, Elisabeth desacreditava em um casamento para si.

Ás vezes, Elisabeth acreditava que nunca encontraria alguém para amar, e ama-la, alguém que confie nela, que compartilhe dos mesmos gostos que ela, ou que, ao menos respeite seus desejos e pensamentos, que viaje com ela, que participe de sua vida, como ela participaria da dele.

Elisabeth amava ler romances, quase tanto quanto amava ler livros sobre viagens e geografia, ela também gostava de ler livros de mistérios. Vai saber explicar os seus gostos para a leitura.

Há tanta coisa que ela gostaria de conhecer, e nem sabia se um dia iria conseguir, pelo menos ela tentará, e se for de sua força de vontade, ela conseguirá e com certeza, ficará muito feliz, talvez até "exploda" de tanta felicidade.

Elisabeth procurava por um de seus livros prediletos em uma das grandes estantes da biblioteca de sua casa.

Ela não conseguia alcançar o livro, pois sua mão não chegava até ele, mesmo com ela em cima da escada.

- Precisa de um ajudinha? - perguntou Alain, passando pelas portas da biblioteca.

- Se for possível. - disse Elisabeth, descendo da escada.

Alain subiu na escada, ele sabia exatamente o livro que a irmã queria.

Alain e Elisabeth eram bem próximos, na verdade, todos eles eram bem unidos, mesmo com suas diferenças e picuinhas se amavam muito, e sempre estavam ajudando uns aos outros.

Alain pegou o livro, desceu da escada.

- Muito obrigada. - agradeceu, tentando pegar o livro da mão do irmão.

Ele riu.

- Já pode devolver. - disse Elisabeth, irritada.

- Como se diz? - perguntou Alain, levantando a mão que segurava o livro.

- Agora. - disse pulando para poder pegar o livro. Não deu certo.

- Errado. - disse Alain, rindo e balançando a cabeça.

- Por favor. - pediu Elisabeth, impaciente.

- Agora sim. - entregou o livro à ela.

- Obrigada. - agradeceu ao pegar o livro.

- Quanto amor por um livro.

- Não tenho culpa se ele é bom. - retrucou.

- Tchau, tenho coisas a fazer. - disse Alain, antes de sair da biblioteca e deixar Elisabeth sozinha com seus pensamentos e livro.

Elisabeth sentou-se e começou a ler novamente o seu livro novamente.

Horas depois, Violet foi chama-la para arrumar-se, em uma hora ela iria encontrar-se com Noah.

Ela havia esquecido, e agora estava nervosa ao lembrar.

- Não acredito que vocês vão ter um encontro! - disse Violet, animada, enquanto as duas subiam as escadas, indo para o quarto de Elisabeth.

- Não é um encontro. - Elisabeth repetiu pela milésima vez, antes de entrar em seu quarto.

O DUQUE [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora