O DUQUE [CONCLUÍDA]

38. Noah Bennett

• 18 de Junho, 1819

Noah estava ansioso para apresentar suas irmãs à Elisabeth.

Logo, o salão estará cheio de pessoas.

— Por que tanto você olha para a porta, posso saber? — perguntou Tessa, olhando para a grande porta do salão.

Noah encarou-a.

Ela era sua irmã. Por que não contar a ela sobre Elisabeth?

— Esta esperando uma moça, não é? — perguntou Tessa, com um sorriso singelo no rosto.

Noah assentiu, sorrindo para a irmã.

— Conte-me sobre ela. — pediu, Tessa, gentilmente.

— O nome dela é Elisabeth, ela é decidida, gentil...

— Você está apaixonadinho! — disse Tessa, soltando gritinhos de alegria, impedindo que ele lhe contasse mais.

— Não tinha como não apaixonar-me por ela. — disse Noah, sorrindo ao pensar em Elisabeth.

— Por que ainda não pediu ela em casamento? — perguntou Tessa. — é tão fácil.

— Porque não sei se ela irá aceitar. — disse Noah.

— Mas, ela gosta de você, não é? — perguntou Tessa, franzindo o senho.

— Acho que sim, parece que sim, mas ela não quer se casar. Ela quer conhecer o mundo. — explicou.

— Isso é muito simples de se resolver! — disse Tessa, como se estivesse pensando em todas as soluções possíveis em menos de 5 segundos.

— Então, diga-me como você resolveria isso. — desafiou Noah, erguendo uma sobrancelha.

— Vocês se casam, já que se gostam, e vocês podem muito bem viajar quando bem entenderem, podem passar um mês viajando, depois voltam, passam dois meses aqui, e viajam novamente, é simples, vocês podem fazer isso juntos! — disse Tessa, sorrindo. — e você é duque. Creio que tudo e todos estejam sob seus pés. Faça acontecer.

— Você é uma genia, irmãzinha! — disse Noah, abraçando a irmã.

— Eu sei, querido Duque. — disse Tessa, sorrindo. — não acredito que isso não se passou pela sua cabeça antes. Estava no seu destino eu aparecer para lhe dar boas indicações, aliás, não há nada no parlamento que eu possa ajudar?

— Não se acha nem um pouquinho, não é? — perguntou Noah, sorrindo. — e o parlamento, por enquanto, não precisa de nenhuma opinião nossa.

— Não mesmo. — disse Tessa, rindo.

Noah divertia-se com a irmã mais nova.

O baile havia começado a poucas horas, e como anfitrião, conversara com a maioria dos convidados e apresentava as irmãs.

Noah notará que Elisabeth estava o evitando, mas não entendia o porquê daquilo.

Elisabeth estava com ciúmes? Era isso? — Perguntava-se Noah.

Noah despeidiu-se da irmã, e caminhou até Elisabeth que estava junto a Daisy.

— Prima. — disse Noah, já perto delas.

— Vossa Graça. — disse Daisy, sorrindo, animada em tê-lo por perto.

Ele balançou a cabeça em sinal de negação, rindo.

— Vou deixa-los a sós. — disse Daisy, piscando e afastando-se deles.

— Percebi que você me evitou metade desta noite. — comentou Noah, colocado uma mecha do cabelo de Elisabeth para trás.

— Você estava muito bem acompanhado o tempo todo. — disse Elisabeth, emburrada.

— Você está com ciúmes? — perguntou Noah, segurando o riso.

Elisabeth, cruzou os braços.

— Há motivo para tal?

Noah riu.

Elisabeth realmente estava com ciúmes!

Noah sempre quis ver como seria se um dia acontecesse.

— Qual a graça? — perguntou Elisabeth, com raiva.

— Nada é que eu sempre quis saber como você ficaria com ciúmes. — disse Noah, segurando-a pelos braços.

— Quem disse para você que estou com ciúmes? — perguntou Elisabeth, tirando os braços de Noah, e afastando-se dele e indo até a varanda.

Noah, obviamente foi atrás dela.

— Hey, vamos conversar Beth. — disse Noah, pegando o cotovelo esquerdo de Elisabeth, fazendo-a ficar de frente para ele.

— Sobre o que você quer conversar, Vossa Graça?

— Gostaria de lhe dizer para onde fui nessas últimas semanas. — Disse Noah.

— Nós não temos nada, não precisa se explicar, Vossa Graça.

— Pare com isso. Eu preciso lhe explicar. Aquela garota com quem me viu mais cedo, é minha irmã Tessa, logo você irá conhecer minha outra irmã, Lorian, o marido e o filho dela.

— Como assim você tem irmãs, Noah? — perguntou Elisabeth, confusa.

— Descobri isso lendo os diários de meu pai, aqueles que eu lhe falei.

— Ah, lembro-me deles. — disse Elisabeth, assentindo.

Noah explicou em detalhes tudo para Elisabeth.  Elisabeth estava surpresa com o que Noah acabará de lhe contar.

— Desculpe-me. — pediu Elisabeth, envergonhada.

— Pelo quê, Beth? — perguntou Noah, abraçando Elisabeth.

— Pelo ataque de ciúmes. — explicou-se Elisabeth, apoiando sua cabeça no ombro de Noah.

— Eu adorei. — disse Noah, sorrindo.

— Por que? — perguntou Elisabeth, confusa.

— Porque mostra que você retribui dos mesmos sentimentos que eu. — explicou Noah.

Elisabeth prendeu a respiração, e afastou a cabeça do peito de Noah.

— Você quer dizer que... — Elisabeth começou a falar, mas fora interrompida por Noah.

Noah interrompeu-a com um beijo.

Elisabeth colocou os braços em volta do pescoço de seu pescoço, Noah segurava firmemente sua cintura.

Eles afastaram-se, e Noah colou suas testas.

— Eu gosto de você, Beth, e não é só como amigo.

Noah realmente estava declarando-se a Elisabeth, ele não estava acreditando em suas próprias ações.

Noah ficou sério.

— Eu sei que você não quer se casar agora, mas, você aceita namorar comigo? — perguntou Noah, juntando suas mãos. — passaremos por toda a fase do cortejo até que esteja pronta.

Elisabeth parecia não saber o que dizer.

Ele havia preparado-se para o pior, estava pronto para ouvir um não.

— Eu quero tudo com você Noah, eu percebi isso, e eu gosto muito de você para ficar mais um segundo longe de você. — disse Elisabeth, surpreendendo-o.