20. Noah Bennett

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• 14 de Maio, 1819

Noah estava preocupado, andava para lá e para cá. Estava um lar de nervos, como sua mãe costumava de dizer.

Há alguns dias, antes dele e sua mãe irem ao baile de Westlefield, sua mãe passara mal, o que resultou em eles não terem ido ao baile.

Noah estava preocupado com a mãe, ela era tão saudável, ao menos parecia saudável. E, agora estava há três dias em repouso em seu quarto, por ordens médicas.

Com tanta coisa em sua mente, Noah esquecera de mandar uma carta à Elisabeth, em quem ele também não conseguia parar de pensar.

Ao sair do quarto de sua mãe, Noah correu até seu escritório, ele precisava conversar com Elisabeth, mesmo que fosse por carta.

Noah pegou uma folha, uma pena, molhou a pena no tinteiro e começou a escrever para Elisabeth:

"Querida Elisabeth, gostaria de lhe ter escrito há alguns dias, (e tê-la encontrado no baile de Westlefield, aliás, o que eu perdi?)
   Gostaria de saber se poderíamos nos encontrar mais uma vez, gosto de conversar com a senhorita.

   Carionhosamente, Noah Bennett."

Noah chamou um criado, e disse para enviar a carta o mais rápido possível Elisabeth.

Noah continuou em seu escritório, precisava organizar umas coisas na administração de toda a sua fortuna. A fortuna dos Gordon.

Um médico apareceu um pouco depois, para conversar sobre o estado de saúde de sua mãe.

Ela não estava nada bem, estava péssima.

— Sinto muito em dizer, Vossa Graça, mas a duquesa está prestes a perecer. — disse o médico, evitando contato visual com Noah.

Noah, para as outras pessoas parecia intimidador, e o fato de ser um Duque, colaborava com isso.

Noah recusava-se a acreditar naquilo, sua mãe não poderia perecer.

— Tem que ter algo para se fazer! — esbravejou Noah, socando a mesa e fazendo com que alguns objetos caíssem no chão.

— A duquesa está na últimas Vossa Graça, a doença já está em um estado crítico, avançando cada vez mais, não há mais nada que possamos fazer, infelizmente não posso ajuda-la. — o médico tentava justificar-se.

Noah gritou com o médico, e correu até o quarto de mãe. Ele entrou no quarto, e abraçou a mãe bem apertado.

— Não se preocupe, já estava na hora de eu ir mesmo. — disse Mrs. Bennett, sua mãe.

Ela já sabia.

— Não diga isso, mamãe. — disse Noah, tentando não chorar e apertando a mão da mãe, tentando conforta-lá.

Ele não poderia perder a mãe. Ele nunca imaginou que isso fosse acontecer tão cedo.

— Acalme-se querido, você sabia que isso iria acontecer, não vou morrer agora, ainda tenho mais alguns dias. — disse Mrs. Bennett, sorrindo.

Ela estava tentando confortasse com o humor. Noah gostava um pouco disso na mãe.

— Não brinque com isso. — pediu Noah, rindo fraco.

— Está tudo bem, aliás, antes de partir, quero que traga aquela jovem que esteve aqui há alguns dias. Você gosta dela, não é? — perguntou Mrs. Bennett.

— Sim, mãe, eu gosto dela. — Noah admitiu pela primeira vez em voz alta.

Para Noah, era estranho e bom admitir em voz alta que ele estava apaixonado por Elisabeth. Aquilo era novo para ele.

Noah passará a tarde junto à mãe.

— Vamos, conte-me sobre ela. — pediu Mrs. Bennett.

Noah não negaria um pedido a sua mãe, principalmente no estado em que ela estava.

Noah sentou-se ao lado de sua mãe, na cama aonde ela estava deitada.

— Bom, o nome dela é Elisabeth Hastings, tem um ótimo senso de humor, é inteligente, gosta de várias coisas que eu gosto também, quer conhecer o mundo, é linda. — disse Noah, com um sorriso apaixonado no rosto.

A mãe o escutava atentamente, emocionada pelo filho estar apaixonado por alguém.

Um criado chegou com a resposta de Elisabeth, bateu na porta e entregou a carta a Noah, que leu a carta junto à mãe:

"Olá, Bennett, fiquei preocupada com seu sumisso, mas agora que sei que está vivo, fico aliviada.
   Você não perdeu nada no baile da senhora Westlefield, a não ser a minha adorável companhia.
   E, sim, lhe darei a honra de minha companhia. Só me diga aonde, e quando.

   Carinhosamente, Elisabeth Hastings."

— A convide para vir aqui amanhã, talvez eu possa juntar-me a vocês. — Mrs. Bennett falou.

— Ótima ideia, mamãe. — disse Noah, antes de começar a escrever para Elisabeth.

Noah pegou uma folha, uma pena e um tinteiro e escreveu para Elisabeth:

   "Querida, senhorita Hastings, gostaria de convida-la para vir amanhã, à tarde para um "chá" comigo e a duquesa.
   Se disser que sim, mandarei uma carruagem ir busca-la.

   Carinhosamente, Noah Bennett."

Noah fez os mesmos procedimentos das outras vezes.

— Agora, saía desse quarto, a doente sou eu. — ordenou, Mrs. Bennett.

— Tenho que ler umas coisas, mas daqui a pouco estarei aqui novamente, mamãe. — disse Noah, depositando um beijo na testa de sua mãe, antes de sair do quarto de sua mãe. — não comemore tão rápido.

O DUQUE [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora