• 15 de Maio, 1819
Elisabeth estava nervosa, e não sabia o porquê, talvez soubesse.
Ela estava a caminho da casa de Gordon.
Logo a carruagem chegaria lá, e Elisabeth conheceria a mãe de Noah.
Quando a carruagem parou, Elisabeth descerá com a ajuda de um criado, e depois um mordomo a guiou até uma tenda, onde segundos depois Noah e sua mãe apareceram.
Logo o clima estranho foi quebrado por Arabella, uma mulher divertidíssima. Eles começaram a conversar normalmente.
Elisabeth adorou-a, e estava bastante contente por conhecer a mãe de Noah.
— Agora, vou deixa-los a sós, adorei conhece-la, Elisabeth, espero vê-la mais vezes. Mas tenho que retirar-me. — disse, Mrs. Bennett levantando-se.
— Foi bom conhece-la também, Vossa Graça. — Disse Elisabeth, sorrindo.
— Você está se sentindo bem, mãe? — perguntou Noah, preocupado.
— Estou sim, mas é hora de me recolher. — explicou, Mrs. Bennett.
Noah assentiu, ela despediu-se e saiu.
— Sua mãe é maravilhosa. — comentou, Elisabeth assim que a duquesa já estava afastada.
— Sim, ela é. — concordou, Noah.
— Então, como foi os dias sem a minha presença? — perguntou Elisabeth, tomando um gole de suco.
— Horríveis. — Noah disse, com sinceridade.
— O que aconteceu? — perguntou Elisabeth, preocupada.
— Minha mãe... Ela está doente
— Ela me pareceu ótima, mas ela vai ficar bem, não é? — perguntou Elisabeth, preocupada. Ela adorou tanto Mrs. Bennett.
— N-não, infelizmente não. — disse Noah, prestes a chorar.
Elisabeth ficou mal. Ela nunca o virá assim, tão vulnerável e frágil.
— Oh, Noah. Venha cá. — disse Elisabeth, abrindo os braços para Noah abraça-lo. Não se importava se não adequado.
Noah aproximou-se dela, e passou seus braços em volta de sua cintura, e Elisabeth fez o mesmo.
— Vai ficar tudo bem, Noah. Vai ficar tudo bem. — falava Elisabeth, abraçando Noah, tentando conforta-lo. Era a primeira que ela fazia aquilo, e sentiu muito confortável na posição que estavam.
Ele estava abraçado à ela, com a cabeça apoiada em seu ombro.
— Obrigado, Beth. — agradeceu, Noah tirando sua cabeça do ombro de Elisabeth.
— Estou aqui para o que você precisar. — disse Elisabeth, acariciando o rosto de Noah.
— A senhorita é um anjo. — disse Noah, acariciando o rosto dela também.
Ambos riram um para o outro e aproveitaram que a dama de companhia de Elisabeth não estava prestando atenção.
Noah aproximou seus rostos, e beijou Elisabeth. Suas línguas dançavam em busca de espaço. Os dois distanciaram-se lentamente.
Elisabeth não imaginara que Noah fosse beija-la novamente, talvez ele estivesse apenas fragilizado com a notícia que sua mãe iria perecer brevemente. Mas ela guardaria as suas sensações a respeito do primeiro, e do segundo beijo de Noah, que poderia ter sido o último.
— Fale-me sobre uma de suas viagens. — pediu Elisabeth, tentando não parecer nervosa.
Com certeza ouvir Noah falando sobre algumas de suas viagens a deixaria menos nervosa.
Noah começara a falar sobre a sua viagem a Alemanha.
— Incrível. — disse Elisabeth, sorrindo.
— Gosto disso em você. — comentou Noah, fazendo Elisabeth franzir o cenho.
— Disso o quê? — perguntou Elisabeth, curiosa.
— Ah, não sei explicar, o fato de você ser você mesma, e gostar dessas coisas de viagens pelo mundo. Você é diferente, e eu adoro isso. — disse Noah, sorrindo e colocando sua mão sobre a de Elisabeth.
Elisabeth corou.
Algo mas palavras de Noah fizeram seu coração acelerar.
— Vamos, quero lhe mostrar a propriedade. — disse Noah, levantando-se e pegando na mão de Elisabeth, conduzindo-a algum lugar desconhecido por ela. A dama seguia eles a distância.
Noah mostrou toda a propriedade a Elisabeth, demorou um pouco, mas ela adorou o local.
— Aqui é lindo. — comentou Elisabeth.
Noah e Elisabeth, já estavam novamente pela área do Jardim, mas em uma área mais afastada, aonde havia uma fonte.
É encantador. — pensou Elisabeth.
Elisabeth gostava dessas coisas, não conseguia explicar, todas as outras pessoas poderiam detestar, mas ela não. Ela amava. Admirava.
Elisabeth tinha os pensamentos diferentes das outras pessoas, acreditava em coisas diferentes. Mas o que ela poderia fazer? Ela nascera assim, e não fazia questão de mudar.
— Queria poder gravar esse seu sorriso. — comentou Noah, despertando-a de seus pensamentos.
— Hã, que sorriso? — perguntou Elisabeth, virando-se para Noah, desconcertada.
— Quando você está no meio da natureza, você fica bem mais bonita, mais feliz, é como se você fizesse parte disso. — explicou Noah.
— Sim, me sinto mais ou menos dessa forma. Me faz bem. — disse Elisabeth, sorrindo.
O sol já estava se pondo. A tarde passara tão rápido, que Elisabeth nem perceberá.
— Acho que está na hora de a senhorita voltar para casa. — disse Noah, parecendo estar triste.
— Está mesmo, melhor eu ir.
Noah assentiu, e os dois caminharam até a sala de estar da casa de Gordon, onde estava Arabella esperando por eles.
Elisabeth despediu-se deles, e entrou na carruagem que a trouxera até lá mais cedo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O DUQUE [CONCLUÍDA]
RomanceO Duque Elisabeth Hastings, uma bela jovem da sociedade Londrina, quer aventurar-se pelo mundo, enquanto seus pais, pretendem arranjar o melhor casamento para a filha, com o mais afortunado dos homens, já que a sua filha é uma esmeralda, como eles m...