• 17 de Junho, 1819
Já se passaram cinco dias desde que Alain disse que Noah estava em uma viagem importante, a procura de alguém.
Aquilo deixava Elisabeth preocupada.
Kyle já foi até ela diversas vezes, mas Elisabeth deixava claro que não estava pronta para conversar com ele.
Alain estava bem ansioso para o pedido que iria fazer à Daisy.
Elisabeth andava pelos jardins tentando acalmar-se, nem ler sobre viagens estava mais dando certo.
Ela queria gritar.
Ela iria enlouquecer. Estava prestes a explodir.
Ela precisava espairecer.
Elisabeth correu até o estábulo, dispensou um cavalariço, e cavalgou o mais rápido que podia, com o vento bagunçando seus cabelos ruivos.
Quando foi se dar conta, já estava na montanha que estivera a algumas semanas atrás com Noah.
Era dele que ela precisava.
Ela sem perceber, estava amando Noah, e a saudade que ela estava sentindo dele, estava matando-a lentamente por dentro, enlouquecendo-a.
Ela preciava vê-lo, beija-lo, abraça-lo, sentir seu cheiro.
Com mais calma, Elisabeth voltava para casa.
O sol logo iria se pôr.
Por mais que quisesse ver o sol se pôr, ela não poderia ficar andando sozinha por aí. Ás vezes, o cair da noite não era tão seguro.
Elisabeth, deixou o seu cavalo no estábulo, arrumou os cabelos antes de entrar em casa, se sua mãe a visse descabelada, ela a mataria apenas com um olhar.
Ela ouviu vozes vindas da sala.
Kyle estava lá na sala, com seus pais.
Eu não mereço isso. — Pensou Elisabeth, revirando os olhos.
Elisabeth suspirou, antes de entrar na sala.
— Elisabeth querida, que bom que chegou, Kyle estava a sua espera. — disse Emma, sorrindo.
Elisabeth assentiu, sentando-se.
— Imaginei. — disse Elisabeth, suspirando.
Estava se sentindo horrenda, mas quem sabe assim, ela afastaria Kyle?
— Querida Elisabeth, gostaria de me desculpar, por minha tola atitude de ontem. — pediu Kyle.
Elisabeth assentiu, antes de dizer:
— Que isso não se repita mais.
— O que aconteceu? — perguntou Callum, encarando a filha. Estava preocupado.
— Não precisa se preocupar, papai.
— Certeza? — perguntou Callum, olhando para ambos desconfiado. — Não tolera-mos nenhuma falta de cavalheirismo com nossa filha, Lorde Kyle.
— Já disse que não precisa se preocupar, papai, está tudo sob controle agora, não é, Kyle? — perguntou Elisabeth, encarando Kyle. Não gostaria de prolongar aquela conversa.
Kyle assentiu.
— Ótimo. — disse Elisabeth, batendo as palmas da mão.
— Estou confiando em você. — disse Callum, para Kyle.
Foi a vez de Kyle assentir, antes de começar a recitar um poema à Elisabeth.
Elisabeth sorria.
Alguns minutos depois Noah apareceu, e eles saíram para os jardins.
— Senti a sua falta. — disse Elisabeth, antes de abraçar Noah.
Noah apertou Elisabeth mais contra ele.
Ela adorou isso, gostou de abraça-lo depois de semanas, que pareceu uma eternidade.
— Eu que senti mais a sua falta. — disse Noah, beijando sua testa.
— Aposto que não, você passou semanas sem falar comigo. — disse Elisabeth, cruzando os braços.
— Aposto que você também não, já que tinha um rapaz jogado aos seus pés quando cheguei. — retrucou, Noah.
— Faça-me o favor, Noah! Eu não pedi por aquilo. — disse Elisabeth, revirando os olhos.
Noah respirou fundo, antes de dizer:
— Não vamos brigar, está bem? — Elisabeth assentiu, e Noah prosseguiu: — Desculpa ter ido viajar sem avisar, depois irei lhe explicar tudo. Só precisava vê-la depois de longas semanas. — disse Noah, abraçando-a mais uma vez.
Elisabeth assentiu.
— Adorei das flores que você trouxe para mim. — comentou Elisabeth, lembrando das flores que Noah trouxera e que já estavam em um jarro.
— Que bom que gostou.
— Obrigada, são lindas.
— Há um carta entre as flores, mas depois você lê ela.
— Você me deixou curiosa agora. — disse Elisabeth, sorrindo.
Noah sorriu, antes de dizer:
— Tenho que voltar para casa, estou cansado. Nós nos vemos amanhã no baile? — perguntou Noah, colocando uma mecha do cabelo de Elisabeth para trás.
Elisabeth assentiu.
Noah despediu-se dela e de seus pais e foi embora. Kyle ainda estava lá, esperando por Elisabeth.
Elisabeth arrumou um jeito de dispensa-lo e subiu o mais rápido possível para o seu quarto.
Elisabeth pegou o cartão que havia nas flores, e o leu:
"Querida Elisabeth, sei que passamos umas semanas longe um do outro, mas, gostaria de saber se a senhorita deseja ir ao baile fazer-me companhia.
Estou com saudades suas.Carinhosamente, Noah Bennett."
Elisabeth sorriu e foi até a gaveta da sua escrivaninha, colocou a carta em cima da escrivaninha e abriu primeira gaveta, retirou de lá, uma caixa fina, azul e abriu-a relevando as outras cartas enviadas a ele por Noah, pegou a última carta que Noah a enviara a ela e guardou-a junto com as outras, e então guardou tudo na gaveta e foi aprontar-se para o jantar.
Depois do jantar, Elisabeth subiu para o seu quarto para colocar o seu pijama, ela queria dormir para sonhar com Noah, para o outro dia chegar logo e eles poderem se ver.
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O DUQUE [CONCLUÍDA]
RomanceO Duque Elisabeth Hastings, uma bela jovem da sociedade Londrina, quer aventurar-se pelo mundo, enquanto seus pais, pretendem arranjar o melhor casamento para a filha, com o mais afortunado dos homens, já que a sua filha é uma esmeralda, como eles m...