24. Noah Bennett

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Noah não sabia explicar, mas pensar em perder a mãe era horrível, e saber que isso aconteceria muito em breve, o deixava mal, muito mal.

Elisabeth estava sendo um anjo, mesmo sem saber. Ele raramente chorava, ele precisava chorar em seus braços, mesmo que se sentisse um humilhado.

"— Vai ficar tudo bem, Noah. Vai ficar tudo bem. — falava Elisabeth, abraçando Noah.

Ele estava abraçado à ela, com a cabeça apoiada em seu ombro."

Noah permitiu-se sentir o cheiro do perfume doce de Elisabeth.

"— Obrigado, Beth. — agradeceu, Noah tirando sua cabeça do ombro de Elisabeth.

— Estou aqui para o que você precisar. — disse Elisabeth, acariciando o rosto de Noah.

— Você é um anjo. — disse Noah, acariciando o rosto dela também.

Ambos riram um para o outro."

Noah achava estranho o modo como relacionava-se com Elisabeth, foi tudo tão natural, que ele não conseguia explicar.

"Noah aproximou seus rostos, e beijou Elisabeth. Suas línguas dançavam em busca de espaço. Os dois distanciaram-se lentamente.

Noah gostava de beija-la, a achava doce."

Noah mostrou um pouco mais da propriedade, ele pretendia uma dia fazer lá o seu lar. O lar deles.

Ele sonharia em quanto pudesse, mesmo que fosse decepcionar-se futuramente.

Noah observou a carruagem em que Elisabeth estava afastando-se.

Noah não gostava de vê-la indo para longe dele, ele estava se achando de certo modo, possessivo, talvez estivesse exagerando com relação a isso.

É, ele realmente estava exagerando, apenas não gostava de não vê-la, de conversar com ela.

— Noah, querido, no que tanto você pensa? Posso ficar a par? — perguntou Arabella, que estava sentada no sofá, observando o filho atentamente.

— Tente adivinhar. — disse Noah, ainda olhando a rua pela janela, quase não dava mais para ver a carruagem em que Elisabeth estava.

— Quero 1 penny caso acerte os seus pensamentos. — disse Arabella.

— Okay, 1 penny

— Aposto que seus pensamentos estão em um jovem ruiva, muito bela por sinal, que chama-se Elisabeth, estou certa? — perguntou Arabella, com um sorriso divertido nos lábios.

Noah riu.

Não dava mais para ver a carruagem em que Elisabeth estava.

— Sim, mamãe, você está certa. — disse Noah, virando-se para a mãe.

— Sente-se aqui. — disse Arabella, batendo a mão no estofado do sofá ao seu lado indicando para Noah sentar-se.

Ele obedeceu a mãe.

— Sim? — perguntou Noah, sentando-se ao lado da mãe.

— Seu pai teria orgulho de você se estivesse aqui, ele adoraria ver o homem que você se tornou hoje. — disse Arabella, tocando o ombro do filho.

Noah sorriu, Noah gostava que seu pai sentisse orgulho dele. Mas com suas atuais descobertas, já não tinha mais tanta certeza disso.

Um homem que traíra sua mãe, ou qualquer outra mulher após ter lhe jurado amor e respeito, não deveria ter seu respeito, mas ainda sim, tratava-se de seu amado pai.

— Noah? —  perguntou Arabella, chamando a atenção do filho.

— Desculpe-me, estava lembrando dele. — explicou Noah, segurando a mão da mãe.

— Tudo bem, acontece comigo também. Ele faz uma enorme falta. — disse Arabella, sorrindo fraca.

Como ela poderia amar seu pai? Ela realmente não sabia que seu pai o traíra? Sua mãe com certeza era uma Santa, e seu pai nem era tão presente assim, ele recordará disso ao ler os diários do pai, pois seu pai havia dito que quase sempre visitava a sua outra família.

— Sim, mamãe. — concordou.

Seu pai realmente fazia falta, Noah não poderia negar.

— Não vamos ficar tristes, okay? Seu pai amava muito você, não se esqueça disso. — lembrou Arabella.

Noah assentiu.

— Agora, deixe-me voltar aos meus aposentos. Repouso quase absoluto. — disse Arabella, levantando-se.

Noah ajudou-a a ir até seus aposentos, Noah não queria sua mãe perambulando por aí sozinha, poderia ser perigoso, ela poderia passar mal a qualquer momento, não seria bom se ela estivesse sozinha.

— Você está preocupado, não é? — perguntou Arabella, deitando-se em sua cama.

— Claro que estou, por que não estaria?

— Não precisa, ver você assim me deixa preocupada, como você ficará depois que eu perecer? — perguntou Arabella, preocupada.

Sua mãe estava preocupada com ele, invés de estar preocupada consigo mesma, fazia parecer que ela estava apenas esperando o momento para partir, e quissese o deixar preparado para o dia.

— Não sei, mamãe. — disse Noah, agachando-se próximo a mãe.

— Me prometa que ficará bem. —ordenou Arabella.

— Não sei se posso fazer isso.

— É claro que pode, vamos, me prometa que ficará bem e será feliz. — ordenou Arabella, mais uma vez.

— Você venceu. Eu prometo que ficarei bem e serei feliz. — disse Noah, mesmo que não tivesse tanta certeza que conseguiria cumprir o pedido da mãe.

— Agora vá descansar. — disse Arabella.

— Daqui a pouco volto aqui para vê-lá. — disse Noah, antes de sair do aposento da mãe.

O DUQUE [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora