10. Noah Bennett

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Noah estava na sala de jantar, junto a sua mãe, que contava como havia sido o chá na casa de uma de suas amigas, quando um criado entrou e entregou-lhe uma carta.

Era a resposta de Elisabeth, seu coração acelerou um pouco, antes de pegar na carta.

— Obrigado. — agradeceu Noah.

O criado assentiu, e saiu.

— Algo importante? — perguntou, a mãe, olhando para a carta em seus mãos.

Noah ponderou antes de responder:

— Sim. Mas nada sobre negócios.

A mãe olhou ansiosa para Noah, mas não fez mais perguntas, ela queria respeitar sua privacidade.

Depois que despediu-se da mãe, Noah foi para a sua suíte ler a carta de Elisabeth:

   "Se esse pobre homem convidar-me para fazer algo, quem sabe?

   Calorosamente, Elisabeth Hastings."

Convidar ou não ela para passear? — Essa pergunta rondava a mente de Noah. Até o momento, ele não sabia o que queria exatamente, e não apreciava ser descortês em algum momento.

Elisabeth, não parecia er o tipo de mulher que gostava de ficar muito tempo em restaurantes, ou algo do tipo, ela era diferente, ele sentia isso, e ele, bom, gostaria de conhece-la melhor.

Talvez, possamos cavalgar, mas caso minha ideia falhe miseravelmente, ela possa dar-me alguma ideia melhor. — pensou, Noah.


• 09 de Maio, 1819


Noah, levantou-se naquela manhã completamente animado. Ele iria encontrar-se com Elisabeth.

Ele não sabia se aquilo que ele iria fazer era uma boa ideia, mas às vezes, era necessário arriscar-se – era o que os pais sempre diziam.

Noah escreveu uma carta avisando Elisabeth para encontrarem-se no final da tarde daquele dia:

  "Querida, Elisabeth Hastings, por meio desta carta pergunto-lhe se aceita sair para cavalgar junto à mim ao entardecer deste dia?

   Carinhosamente, Noah Bennett."

— Posso saber por que estas tão animado, filho? Até parece que irá viajar... não diga-me que irá fazer mais uma viagem novamente, você mal chegou. — lamentou Mrs. Bennett, antes de beber um gole de seu chá.

— Não, mãe, apenas acordei assim hoje, será hoje o meu dia de sorte? — perguntou Noah, sorrindo, antes de comer um pedaço de pão.

— Acredito que sim. — disse, sorrindo contente pela animação do filho.

Noah terminou seu desejum antes de ir para o seu escritório. Ainda há muitas coisas para ele fazer, ele detestava, mas o que ele poderia fazer? Eram as suas obrigações e fazia até um certo bem para a mente.

Noah suspirou.

Ele estava cansado de olhar para aqueles números e palavras, ele já estava fazendo aquilo à horas.

Noah arrumou as coisas, deixando-as em seu lugar e saiu do escritório, precisava de ar, e aquela sala quadrada o estava deixando agoniado, estava cansado de passar horas lá, trancado fazendo coisas que ele achava chato, porém necessárias, bom, era o que a sociedade dizia, ele não concordava muito o modo como a sociedade via o mundo, mas ele não poderia mudar a sua forma de pensar e teria de respeita-los. Infelizmente.

Noah desceu para o segundo andar da casa. Gordon era imensa, tinha três andares, o último andar era onde as suítes da família ficavam, o segundo eram os das visitas, e o primeiro era onde ficavam as salas, o escritório, a sala de jantar, a biblioteca, e mais ao fundo da mansão era a cozinha.

Os jardins eram enormes, havia uma fonte mais ao longe, no meio do labirinto de arbustos, havia um estábulo mais ao fundo da propriedade.

Noah, gostava de lá, mas sabia que faltava mais alegria naquele lugar, mais movimentação, sua mãe achava isso também, ela precisava de mais alegria, ela era autenticamente alegre, mas precisava de mais, ele sabia, sua mãe sentia-se sozinha.

Noah conhecia todos os empregados da casa, todos o cantos daquela casa e dos jardins, seu pai o fez estudar as plantas da casa, não só a de Gordon, mas as de algumas outras propriedades também. O que ele achou desnecessário.

Um criado foi chama-lo para almoçar, Noah foi e sentou-se no lugar de sempre, sua mãe já estava lá, a sua espera.

— Com licença. — disse Noah, antes de começar a se servir.

A mãe começara a falar sobre algo que, Noah não conseguia prestar atenção.

— Estou certa, filho? — perguntou Mrs. Bennett, com a sobrancelha erguida, encarando Noah.

— Está, está sim. — disse concordando com algo que ele não sabia.

— Certeza?

— Claro.

— Então, sobre o quê eu estava falando? — perguntou Mrs. Bennett.

Noah suspirou derrotado, antes de dizer:

— Okay, eu não estava prestando atenção.

— Você anda tão disperso, querido. — comentou Mrs. Bennett, servindo-se.

— Desculpe, só estou com umas coisas na cabeça. — explicou.

— Posso saber que coisas são essas? — perguntou Mrs. Bennett.

— Ainda não.

— Sério? Okay... nenhuma dica?

— É sobre uma pessoa.

— Que pessoa? — perguntou Mrs. Bennett, curiosa.

— Segredo. — disse Noah, sorrindo.

— Okay, uma hora você me contará. — disse Mrs. Bennett, voltando a concentrar-sr em sua comida.

Noah riu.

Ele sabia que a mãe era curiosa e estaria quase se corroendo por dentro.

O DUQUE [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora