25. Elisabeth Hastings

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                          • 16 de Maio, 1819

"Noah entregava um buquê de flores a Elisabeth, e ela sorria como agradecimento.

— Você é tão fofo, Duque. — falava Elisabeth, cheirando as rosas do buquê.

— Porque tenho olhos apenas para você, Hastings. — disse Noah, segurando seu queixo, aproximando seus rostos.

— Não acho que isso seja apropriado, Noah.

— Não importa, se eu e você queremos. — disse Noah, antes de atacar seus lábios, iniciando um beijo feroz nela."

Elisabeth acordou relutante, ela estava adorando o sonho que  estava tendo com Noah.

Noah Bennett. Primeira e última pessoa em que ela pensava ao acordar e antes de adormecer.

Que loucura! — pensou, Elisabeth rindo sozinha.

Ela estava apaixonada. É isto. Finalmente admitira que estava apaixonada por Noah Bennett. Finalmente percebia isso.

Elisabeth rolou da cama, obrigando-se a levantar e seguir até seu closet, ela precisava arrumar-se para o café da manhã.

Elisabeth arrumou-se e desceu para tomar o desejum junto à família.

— Bom dia, bela adormecida. — disse Alain, ao ver a irmã.

— Bom dia. — disse Elisabeth, antes de sentar-se.

Todos já estavam lá, seus pais, e seus irmãos.

— Está ansiosa para o Baile de Arabella Bennett, a duquesa amanhã? — perguntou Mrs. Bennett, sua mãe.

— Não. — disse Elisabeth, servindo-se.

Para falar a verdade, ela nem estava sabendo desse baile.

— Deveria estar. — disse Mrs. Bennett balançando a cabeça.

— Eu estou. — disse Violet, brincando com sua comida.

— Você não vai, já conversamos sobre isso, você é muito nova Violet. — disse Mrs. Bennett, seria olhando para a filha mais nova.

Violet Resmungou.

— Não sabia que ela faria um baile. — comentou Elisabeth.

— Como foi o encontro ontem com o duque? — perguntou Alain, erguendo a sobrancelha, enquanto encarava a irmã.

— É mesmo, como foi? — perguntou Henri, erguendo uma de suas sobrancelhas, também.

Pronto. O ataque de ciúmes dos irmãos começou. — pensou Elisabeth, revirando os olhos.

Ela detestava quando os irmãos ficavam com ciúmes dela, principalmente pela manhã. Era extremamente insuportável.

— Não foi um encontro. Eu, ele e a duquesa ficamos juntos o tempo todo. — explicou Elisabeth.

Um criado chegou com uma carta para ela, seu rosto iluminou de alegria, a mesma abriu a carta, e começou a lê-la mentalmente:

   "Querida Beth, gostaria de dizer que amei o nosso encontro na tarde de ontem, sua companhia me inspira.

   Espero vê-la amanhã no baile que minha mãe dará.

   Carinhosamente, Noah Bennett."

— Não disse que havia sido um encontro! — gritou Alain, lendo a carta que Noah havia a enviado.

— Pare de invadir a minha privacidade dessa maneira! Isso é típico de Henri, esse não é você. — disse Elisabeth, dobrando a carta enviada por Noah.

— Desculpe-me. — pediu Alain, levantando as mãos para o alto.

— O que havia mais na carta? — perguntou Henri, a Alain.

— Coisas como "Sua companhia me inspira", e "espero vê-la amanhã". — disse Alain, dando de ombros.

— Estou aqui, e estou ouvindo tudo, vocês sabem, não é? Ou são burros o suficiente para não perceber isso? — perguntou Elisabeth, com raiva.

— Desculpe-me, não está mais aqui quem falou. — disse Alain.

Elisabeth suspirou, com raiva.

— Não vamos discutir, crianças. — disse Mr. Bennett, seu pai, antes de trocar olhares com a esposa.

Eles assentiram, eles sempre obedeciam o pai.

Elisabeth ignorou os irmãos, enquanto terminava de tomar o seu café da amanhã.

— Com licença. — disse Elisabeth, ao terminar o seu café da manhã, levantou-se e foi até os jardins de sua casa. Fazia um tempo em que ela não ia até lá.

Ela estava pensando tanto em Noah, e passando um tempo com ele, que acabara esquecendo de aproveitar o belo jardim de sua casa.

Realmente, Noah estava consumindo a metade de seus pensamentos.

Como deixei isso acontecer? — perguntava-se Elisabeth, suspirando.

Elisabeth sentou-se na grama verde do Jardim, ela precisava pensar.

Mas a questão era: Pensar em quê? Ou quem?

— Gostaria de pagar por seus pensamentos, mas acredito que você não iria querer me dizer que eles são dominados por um certo Duque. — disse Alain, à alguns metros atrás da irmã.

— Talvez você esteja certo, meu caro irmão. — confessou Elisabeth, sem olhar para o irmão que se aproximava em passos curtos até ela.

— Posso sentar-me aqui com você? — perguntou Alain.

— Pode, o Jardim é seu também. — disse Elisabeth, dando de ombros.

— Quero dizer, posso fazer companhia a você? — Alain, reformulou a pergunta.

— Mesmo se eu dissesse que não, sei que você ficaria aqui, tagarelando em meus ouvidos. — disse Elisabeth, sorrindo.

— É, você não está tão errada, mas se você dissesse que não, eu ficaria aqui, mas não tagarelando em seus ouvidos.

— Certo, sente-se comigo.

Alain sentou-se ao lado da irmã.

— Então, no que estava pensando?

— Nada muito importante.

— Certeza? — perguntou Alain, erguendo a sobrancelha.

Elisabeth deu de ombros, não queria conversar.

O DUQUE [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora