14. Noah Bennett

4.1K 393 27
                                    


—O Yin é a parte feminina, e o Yang a masculina. Os dois se completam, porque um precisa do outro.

— Por isso, significa o equilíbrio. — completou Elisabeth, fascinada pelo que ela acabou de descobrir.

—Isso, o equilíbrio entre o bem e o mal.

—  Isso é... me falta palavras para descrever, o quanto isso é... — Elisabeth tentava falar, mas havia adorado tanto saber sobre o Yin e Yang, que não conseguia se expressar direito.

— Incrível. — disse Noah, tentando acertar a palavra que Elisabeth procurava.

— Exatamente. — disse Elisabeth, sorrindo.

Noah estava fascinado por Elisabeth. Fascinado por sua beleza, fascinado por suas palavras, pelo seu jeito de ser. Ela era encantadora.

E céus! Ele estava desejando-a tanto.

— A senhorita está certa, Elisabeth. — Disse Noah, rindo.

Elisabeth riu, suspirando.

—  A senhorita é bem esperta.

— Isso é um elogio? — perguntou Elisabeth, desconfiada.

— Sim, é um elogio. — disse Noah, sorrindo.

— Então, obrigada. — agradeceu Elisabeth.

— É raro encontrar mulheres como a senhorita. — explicou Noah.

— Ah, o senhor tem razão. — concordou.

Eles estavam cavalgando lentamente, lado a lado.

— O senhor ainda não me disse aonde estamos indo. — lembrou Elisabeth.

— Como eu disse anteriormente, é uma surpresa, e estamos quase chegando.

— Desculpe-me, sou impaciente às vezes.

— Não há problema, e a senhorita não precisa se desculpar por isso.

— Okay, Vossa Graça.

Eles cavalgaram mais alguns metros, antes finalmente aproximarem-se de onde Noah gostaria de levar Elisabeth.

— Estamos quase chegando. — avisou.

— O senhor já disse isso antes, e ainda não chegamos.

— Mas, agora é sério, pode acreditar.

— Acredito no senhor, Vossa Graça.

— Ainda bem. — disse Noah, encarando-a como se quisesse ler seus pensamentos.

O tempo estava aberto, dava para ouvir os passarinhos cantando próximo à eles, e havia poucas nuvens no céu, que estava em um tom azul intenso.

Noah avistou que já estavam chegando exatamente no ponto que ele queria.

— Chegamos. — disse Noah, cavalgando um pouco mais rápido.

Elisabeth o seguiu, cavalgando um pouco mais rápido para acompanha-lo. Noah parou seu cavalo, e desceu em seguida. Elisabeth parou seu cavalo próximo ao de Noah.

Eles estavam em uma montanha aberta, com plantas rasteiras e poucas árvores, o vento fazia os cabelos de Elisabeth chicotearem no ar, se desfazendo um pouco da trança que estava presa na cabeça.

Noah deu a mão para Elisabeth e ele ajudou-a a descer do cavalo em que havia montado.

— Obrigada. — agradeceu Elisabeth ao pôr os pés no chão, e ajeitando o seu vestido que havia amassado um pouco, antes de levantar a cabeça para finalmente encarar Noah.

Noah pegou a mão da jovem, antes de perguntar:

— Qual o seu maior desejo?

Ela encarou suas mãos, e não pareceu pensar antes de lhe responder:

— Conhecer o mundo. — disse Elisabeth, olhando para o vasto horizonte que estava a sua frente.

Ela já sabia a resposta, então tinha certeza do que queria, Noah gostou de sua determinação, o que fez ele sorrir, não sabia exatamente o porquê, talvez orgulho, quem saberia dizer?

— A senhorita não deseja casar-se? — perguntou Noah. Ele não havia pensando nessa possibilidade, todas as jovens queriam casar, mas os tempos estavam mudando, provavelmente esse não seria os seus sonhos para sempre.

— As vezes sim, mas não agora, não posso. — Elisabeth respondeu como a sentisse dor ao pensar nessa possibilidade.

— Por quê? — perguntou Noah, curioso. Ele não esperava por aquela resposta.

Ele nunca havia conhecido uma moça que não queria casar-se, isso era novo, até mesmo inusitado, pelo menos para a época.

— Casar-me agora, significaria desistir de conhecer o mundo. De fazer as coisas que eu gostaria de fazer. Se eu me casar, terei de viver por meu marido. E, eu não posso fazer isso, pelo menos não por agora, e também ainda não encontrei alguém. — Explicou Elisabeth.

Naquele instante, Noah entendeu o porquê dela esconder-se da mãe e dos pretendentes na noite do baile de Lady Eloísa Peterson. Agora tudo passava a fazer sentido para ele.

— Mesmo que você encontre alguém que você ame, e que te ame de volta? — perguntou Noah, quase que em um sussurro.

Elisabeth, parecia pensar, talvez ela nunca tivesse pensado nessa possibilidade, de acabar amando alguém no meio de sua jornada para conhecer o mundo.

— Se eu encontra-se esse alguém, ele entenderia meus motivos, e se, ele me amasse estaria comigo, e me apoiaria em minha decisão, é o que eu acredito, amar é isso, não é? Apoiar a outra pessoa em qualquer coisa, ajuda-la a realizar os seus sonhos.

— É a senhorita está certa, Hastings, amar é isso também, além de querer o seu bem e felicidade acima de tudo. — disse Noah, sorrindo fraco.

— E o senhor, Vossa Graça, pretende casar-se? — perguntou Elisabeth, encarando-o com determinação.

— Não pretendia... mas agora pretendo. — disse Noah, sorrindo.

O DUQUE [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora