—O Yin é a parte feminina, e o Yang a masculina. Os dois se completam, porque um precisa do outro.— Por isso, significa o equilíbrio. — completou Elisabeth, fascinada pelo que ela acabou de descobrir.
—Isso, o equilíbrio entre o bem e o mal.
— Isso é... me falta palavras para descrever, o quanto isso é... — Elisabeth tentava falar, mas havia adorado tanto saber sobre o Yin e Yang, que não conseguia se expressar direito.
— Incrível. — disse Noah, tentando acertar a palavra que Elisabeth procurava.
— Exatamente. — disse Elisabeth, sorrindo.
Noah estava fascinado por Elisabeth. Fascinado por sua beleza, fascinado por suas palavras, pelo seu jeito de ser. Ela era encantadora.
E céus! Ele estava desejando-a tanto.
— A senhorita está certa, Elisabeth. — Disse Noah, rindo.
Elisabeth riu, suspirando.
— A senhorita é bem esperta.
— Isso é um elogio? — perguntou Elisabeth, desconfiada.
— Sim, é um elogio. — disse Noah, sorrindo.
— Então, obrigada. — agradeceu Elisabeth.
— É raro encontrar mulheres como a senhorita. — explicou Noah.
— Ah, o senhor tem razão. — concordou.
Eles estavam cavalgando lentamente, lado a lado.
— O senhor ainda não me disse aonde estamos indo. — lembrou Elisabeth.
— Como eu disse anteriormente, é uma surpresa, e estamos quase chegando.
— Desculpe-me, sou impaciente às vezes.
— Não há problema, e a senhorita não precisa se desculpar por isso.
— Okay, Vossa Graça.
Eles cavalgaram mais alguns metros, antes finalmente aproximarem-se de onde Noah gostaria de levar Elisabeth.
— Estamos quase chegando. — avisou.
— O senhor já disse isso antes, e ainda não chegamos.
— Mas, agora é sério, pode acreditar.
— Acredito no senhor, Vossa Graça.
— Ainda bem. — disse Noah, encarando-a como se quisesse ler seus pensamentos.
O tempo estava aberto, dava para ouvir os passarinhos cantando próximo à eles, e havia poucas nuvens no céu, que estava em um tom azul intenso.
Noah avistou que já estavam chegando exatamente no ponto que ele queria.
— Chegamos. — disse Noah, cavalgando um pouco mais rápido.
Elisabeth o seguiu, cavalgando um pouco mais rápido para acompanha-lo. Noah parou seu cavalo, e desceu em seguida. Elisabeth parou seu cavalo próximo ao de Noah.
Eles estavam em uma montanha aberta, com plantas rasteiras e poucas árvores, o vento fazia os cabelos de Elisabeth chicotearem no ar, se desfazendo um pouco da trança que estava presa na cabeça.
Noah deu a mão para Elisabeth e ele ajudou-a a descer do cavalo em que havia montado.
— Obrigada. — agradeceu Elisabeth ao pôr os pés no chão, e ajeitando o seu vestido que havia amassado um pouco, antes de levantar a cabeça para finalmente encarar Noah.
Noah pegou a mão da jovem, antes de perguntar:
— Qual o seu maior desejo?
Ela encarou suas mãos, e não pareceu pensar antes de lhe responder:
— Conhecer o mundo. — disse Elisabeth, olhando para o vasto horizonte que estava a sua frente.
Ela já sabia a resposta, então tinha certeza do que queria, Noah gostou de sua determinação, o que fez ele sorrir, não sabia exatamente o porquê, talvez orgulho, quem saberia dizer?
— A senhorita não deseja casar-se? — perguntou Noah. Ele não havia pensando nessa possibilidade, todas as jovens queriam casar, mas os tempos estavam mudando, provavelmente esse não seria os seus sonhos para sempre.
— As vezes sim, mas não agora, não posso. — Elisabeth respondeu como a sentisse dor ao pensar nessa possibilidade.
— Por quê? — perguntou Noah, curioso. Ele não esperava por aquela resposta.
Ele nunca havia conhecido uma moça que não queria casar-se, isso era novo, até mesmo inusitado, pelo menos para a época.
— Casar-me agora, significaria desistir de conhecer o mundo. De fazer as coisas que eu gostaria de fazer. Se eu me casar, terei de viver por meu marido. E, eu não posso fazer isso, pelo menos não por agora, e também ainda não encontrei alguém. — Explicou Elisabeth.
Naquele instante, Noah entendeu o porquê dela esconder-se da mãe e dos pretendentes na noite do baile de Lady Eloísa Peterson. Agora tudo passava a fazer sentido para ele.
— Mesmo que você encontre alguém que você ame, e que te ame de volta? — perguntou Noah, quase que em um sussurro.
Elisabeth, parecia pensar, talvez ela nunca tivesse pensado nessa possibilidade, de acabar amando alguém no meio de sua jornada para conhecer o mundo.
— Se eu encontra-se esse alguém, ele entenderia meus motivos, e se, ele me amasse estaria comigo, e me apoiaria em minha decisão, é o que eu acredito, amar é isso, não é? Apoiar a outra pessoa em qualquer coisa, ajuda-la a realizar os seus sonhos.
— É a senhorita está certa, Hastings, amar é isso também, além de querer o seu bem e felicidade acima de tudo. — disse Noah, sorrindo fraco.
— E o senhor, Vossa Graça, pretende casar-se? — perguntou Elisabeth, encarando-o com determinação.
— Não pretendia... mas agora pretendo. — disse Noah, sorrindo.
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O DUQUE [CONCLUÍDA]
RomanceO Duque Elisabeth Hastings, uma bela jovem da sociedade Londrina, quer aventurar-se pelo mundo, enquanto seus pais, pretendem arranjar o melhor casamento para a filha, com o mais afortunado dos homens, já que a sua filha é uma esmeralda, como eles m...