• 18 de Maio, 1819
Elisabeth mesmo um pouco sonolenta, estava animada para ir encontrar com Arabella e Daisy mais tarde.
Elisabeth tomou café da manhã com a família, e depois do almoço foi encontrar-se com Arabella e Daisy.
Elisabeth caminhava até o Jardim, aonde encontraria a senhora Bennett e Daisy. Sua dama de companhia vinha logo atrás, como era de praxe.
Elas passaram algumas horas conversando, Daisy era muito divertida, e tinha alguns traços semelhantes aos da senhora Bennett.
Elisabeth estava estranhando não ter visto Noah ainda. E quando ele apareceu, seu coração parou, e quando voltou, voltou mais acelerado do que jamais houvera batido antes.
Mas ele sequer pareceu ter notado ela ali. Aquilo a entristeceu.
Ele chamou a mãe para um canto, eles conversaram, e ele abraçou-a.
— Tia Arabella contou que ele está lendo os diários do pai. — vomentou Daisy, os observando também.
Elisabeth assentiu, Noah não contara nada a ela.
Certo, ele não era obrigado a contar tudo para ela, para falar a verdade, ele não era obrigado a contar nada à ela.
Alguns minutos depois, Arabella retornou sem Noah.
— Ele gostaria de conversar com você, Elisabeth. — disse Arabella, sentando-se.
Ela assentiu, levantou-se e caminhou até Noah. Enquanto caminhava, mil pensamentos rodavam a mente de Elisabeth.
Elisabeth também havia se apegado a senhora Bennett, o que fora revelado a ela por Noah. Sentia-se querida por aquelas mulheres, e de certa forma, parecia importante ter a aprovação delas para o que quer que fosse.
Ela adoraria passar horas com Lady Arabella.
Eles despediram-se, e Elisabeth voltou a tenda, por mais que ele se juntasse a elas, não tomaria muito mais de seu tempo, afinal das contas, Noah era o duque e tinha responsabilidades a cumprir.
— Noah parece mal, conte-me o que ele leu nos diários de meu falecido tio Darcy, por favor. — pediu Daisy, para Arabella.
Elisabeth sentou-se ao lado de Lady Arabella, antes de pegar um biscoito de gengibre.
— Não devo falar sobre isso agora, mas você descobrirá, é melhor deixar guardado por enquanto. — disse Arabella, antes de beber um pouco de seu chá.
Algumas horas depois, Elisabeth já estava em sua casa, observando sua irmã, Violet, andar de um lado para o outro na sala de estar.
— Dá para ficar parada um mísero segundo? — perguntou Elisabeth, irritada.
Violet, parou e encarou a irmã, antes de voltar a andar de um lado para o outro.
— Você quer fazer perguntas, não é?
Violet assentiu, mordendo o lábio.
Elisabeth suspirou.
— Certo, faça as suas perguntas, só não garanto lhe dar respostas. — disse Elisabeth.
— Obrigada. — agradeceu Violet, sorridente e caminhando até onde a irmã estava sentada como um livro em seu colo.
— Quais são as suas perguntas?
— Você gosta da duquesa?
— Obviamente.
— Por quê? — Perguntou Violet.
— Ela é um mulher muito forte, simpática, inteligente, uma ótima pessoa e me dou bem com ela. — explicou Elisabeth.
— E ela é mãe do Duque. — acrescentou Violet.
— O que isso tem haver?
— Que você também gosta dela, porquê ela é mãe dele. — concluiu Violet.
— Ainda não entendi.
Violet respirou fundo, antes de dizer:
— Porque ela é mãe do rapaz que você gosta, que no caso é o duque.
— Eu n-ão... eu não... — Elisabeth tentava dizer que não gostava de Noah, mas não conseguia, ela não só estaria mentido para Violet, como para si mesma.
Violet riu.
— Não sei de onde você tira essas coisas. — disse Elisabeth, revirando os olhos.
— Do seu rosto de apaixonada. — disse Violet, dando de ombros.
Elisabeth pegou um pequeno travesseiro que tinha no sofá, antes de joga-lo na irmã.
— Isso não vai ficar assim. — disse Violet, contra-atacando.
— Sua pestinha. — disse Elisabeth, rindo.
As duas jogavam os pequenos travesseiros uma na outra, fazendo uma bagunça na sala de visitas.
Um assobio foi ouvido, as duas pararam olhando de onde o som vinha.
Seus pais estavam encarando-as.
— Ops. — disse Violet, encarando os pais e tentou fazer sua melhor faceta de arrependimento.
Sua mãe estava com uma péssima cara.
— Posso saber o que estava acontecendo aqui? Isso é modos para duas jovens comportarem-se? — perguntou Emma, segurando a mão do marido.
— Desculpe, mamãe, acabamos nos empolgando com a brincadeira. — disse Elisabeth, deixando o pequeno travesseiro que estava em sua mão cair no chão.
— Isso não se repetirá. — interviu Violet.
— Acredito que não. — disse Emma, séria.
— Há de haver uma punição à elas, não é Em? — perguntou Callum, seu pai. Eles pareciam se comunicar apenas pela troca de olhar.
Sua mãe assentiu, e os dois entreolharam-se novamente antes de jogar dois pequenos travesseiros nas filhas e recomeçaram a "guerrinha" de travesseiros.
Depois da "guerrinha" de travesseiros, Emma e Callum deixaram com que, como um castigo sério, Elisabeth e Violet arrumassem a sala de estar, que estava uma bagunça depois da "guerrinha" deles.
Emma sempre tentava ser uma mãe rígida, e carinhosa. Lhes dava as lições necessárias para se tornarem uma dama de respeito, mas nas horas de bom humor, deixava com que as garotas descansasem, mas sempre as lembrava quem elas eram: filhas de aristocratas.
— Sabia que ia sobrar para nós. —disse Violet, rindo, enquanto ajudava Elisabeth a colocar os travesseiros em seus devidos lugares.
Depois de terminar tudo, Elisabeth subiu para o seu quarto.
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O DUQUE [CONCLUÍDA]
RomanceO Duque Elisabeth Hastings, uma bela jovem da sociedade Londrina, quer aventurar-se pelo mundo, enquanto seus pais, pretendem arranjar o melhor casamento para a filha, com o mais afortunado dos homens, já que a sua filha é uma esmeralda, como eles m...