Elisabeth nunca prestara atenção em Noah. Nunca observara a beleza dele de fato.Ela não poderia negar sua beleza, não mesmo, de maneira alguma. Seus olhos eram tão azuis quanto o mar. Seus cabelos loiros, pareciam tão macios quanto as nuvens.
Por um breve momento, ela se imaginara os tocando. Ele era alto, parecia musculoso, mas não de maneira exagerada. Ele parecia perfeito, mas ela sabia que ele não era perfeito, ninguém era perfeito, ninguém poderia ser.
— Por que mudou de ideia? — Elisabeth perguntou, curiosa, não deixando de observar a forma em que seus cílios batiam.
Por que ele não queria casar-se antes? E por que quer casar-se agora? O que o fez mudar de ideia? — essas eram as muitas perguntas que se passavam na mente de Elisabeth.
— Minha mãe. — respondeu simples.
Elisabeth sorriu, assentindo, antes de voltar a olhar para o horizonte.
— Não vou aguentar, desculpe-me, mas por que não queria casar-se antes? O que o fez mudar de ideia exatamente? Por que a sua mãe? — perguntou Elisabeth, alguns minutos depois, se arrependendo poucos segundos depois por não conseguir segurar sua língua faladeira.
— Okay, sem problemas, irei responder as suas curiosidades. — disse Noah, sorrindo de canto.
Elisabeth particularmente amou o seu sorriso.
— Bom, antes eu nunca havia pensado na possibilidade de casar, já que, vivia estudando ou viajando, então acabava que não sobrava tempo para pensar sobre isso. Uns dias depois de meu pai falecer, minha mãe começou a falar sobre isso, obviamente, eu não estava nenhum pouco interessado em um casamento, e digamos que fui viver minha vida, e agora que retornei a pedido de minha mãe, terei de procurar uma esposa, e é claro, nomear a nova Duquesa de Gordon. — explicou Noah.
— Quando você diz pretende, você quer dizer que pretende por causa de sua mãe, ou por que você realmente quer encontrar alguém para casar-se? Ou os dois? — Elisabeth perguntou, curiosa.
Ela detestava ser curiosa, porque acabava extrapolando nas perguntas, ela achava que as pessoas a achavam insuportável por causa disso, mas nunca teve provas concretas sobre isso e com o tempo, acabou deixando de se importar, era uma bobagem preocupar-se com essas coisas, era o que ela acreditava.
— Antes era apenas por causa de minha mãe, mas agora, eu realmente pretendo encontrar alguém para casar-me porque quero, então creio que seja os dois.
Elisabeth assentiu, pensativa.
Ela havia esquecido que Noah estava segurando sua mão. Ela estava tão confortável daquela maneira, que estava evitando fazer qualquer movimento brusco que o fizesse soltar sua mão, que formigava com o seu toque.
Era estranho, mas também era bom, vai entender. Ela se viu sorrindo, e fechou os olhos sentindo o vento fresco tocar seu rosto.
— Isso não é lindo? — ouviu Noah perguntar, fazendo-a abrir os olhos novamente e vislumbrar mais uma vez o horizonte a sua frente.
Dava para ver os prédios de Londres ao longe, e as florestas também, os rios. Era algo esplendoroso, Elisabeth pretendia guardar aquela imagem em sua mente para a vida inteira, aquela sensação boa que estava sentindo no peito.
— Sim, é. — respondeu Elisabeth, sorrindo maravilhada.
Elisabeth, se viu visitando os lugares que ela queria, e os vislumbrando e absorvendo sua cultura, aprendendo algo novo, fazendo parte da Cultura, dos costumes. Era isso que ela queria. E iria conseguir. Era isso que ela acreditava, era com isso que sonhava.
E ali estavam os dois jovens. Lado a lado, a observar o lindo horizonte a sua frente.
— Você consegue se ver do mesmo jeito em outros lugares? — perguntou Noah, apertando sua mão.
Ele estava observando-a atentamente. Era como se ele pudesse ler sua mente. Era raro alguém conseguir decifrar os seus pensamentos.
— Sim, consigo. — respondeu Elisabeth, feliz.
— Espero que consiga o que almeja. — desejou com sinceridade.
Elisabeth sorriu, como agradecimento por suas palavras de carinho.E lá estavam eles, em silêncio novamente, apenas ouvindo e sentindo a natureza a sua volta.
— Aqui é um ótimo lugar. — comentou Elisabeth.
— Eu sei, por isso trouxe-a aqui, imaginei que fosse gostar.
— Imaginou certo, eu gostei.
— Pelo menos isso, algo sobre você eu teria que acertar. — disse lembrando da noite no baile, em que eles se conheceram:
"— Do que a senhorita esconde-se?
— A pergunta certa seria: "De quem a senhorita esconde-se?"
— Certo, lady Elisabeth Hastings. De quem a senhorita esconde-se?
— De minha mãe, é claro. — disse Elisabeth, sorrindo, como se fosse óbvio.
— Mas, por quê, posso saber? O que a senhorita fez?
— A pergunta certa seria: "O que a senhorita não fez?"
Noah riu, antes de dizer:
— Só faço perguntas erradas a senhorita.
— Notei isso também. — disse, Elisabeth, antes de rir."
— O senhor só fez perguntas erradas.— disse Elisabeth, rindo.
— É verdade. — disse Noah, se juntando a ela.
Elisabeth retornou a olhar para o horizonte, ouvindo os risos abafados de Noah cessarem aos poucos.
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O DUQUE [CONCLUÍDA]
RomansaO Duque Elisabeth Hastings, uma bela jovem da sociedade Londrina, quer aventurar-se pelo mundo, enquanto seus pais, pretendem arranjar o melhor casamento para a filha, com o mais afortunado dos homens, já que a sua filha é uma esmeralda, como eles m...