12. Noah Bennett

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Noah estava animado, mas também estava um pouco decepcionado ao ler a carta de Elisabeth:

   "Aceitarei o vosso pedido, Noah.

   Calorosamente, sua amiga Elisabeth Hastings."

Era uma pena que ela o visse apenas como um amigo. Mas o que ele queria? Acabaram de se conhecer.

Noah estava contente, no final da tarde os dois encontrariam-se, poderiam conversar mais, se conhecer mais.

Arabella, mãe de Noah, soube o que Noah estava preparando, mas não falou nada, não queria estragar os planos do filho, e no fundo, ela estava com altas expectativas com relação a isso, era, talvez a chance de o filho encontrar alguém.

Noah olhou-se no espelho, para ver se sua roupa estava no lugar.
Ele desceu até sua mãe, para se despedir dela antes de ir falar com criados, e sair para buscar Elisabeth.

— Boa sorte, com o que quer que seja. — desejou Mrs. Bennett, beijando a bochecha do filho.

— Obrigado, mamãe. — agradeceu Noah, beijando a testa da mãe.

Um pouco antes de ir buscar Elisabeth, Noah conversou com seus criados, para eles prepararem tudo.

Noah estava ansioso enquanto esperava Elisabeth descer, ele conhecera os irmãos e pais de Elisabeth. Ele nunca havia feito isso na vida, não sabia exatamente com agir, ou o que falar.

— É um imenso prazer conhece-los. — disse Noah, nervoso, beijando a mão da mãe de Elisabeth. Estava acostumado a falar com diversas pessoas, mas algo era diferente quando conhecia a família de uma jovem.

— É o nosso também, Vossa Graça. Sente-se. — disse Mrs. Hastings, mãe de Elisabeth, gentilmente.

— Com licença. — disse Noah, sentando-se no sofá, ao lado de Violet.

— Você gosta de Elisabeth? — perguntou Violet, pegando-o de surpresa.

Noah sorriu ao responder:

— Sim.

Ele não falaria não, apreciava Elisabeth de certa forma.

Violet era um pouco parecida com Elisabeth, talvez seja como uma versão mais nova dela, Violet era ruiva, tinha umas poucas sardas embaixo de seus olhos e no nariz, seus olhos eram claros também.

Os irmãos Alain e Henri, também possuíam os olhos claros, já os cabelos eram escuros, diferente dos de Mrs. Hastings, Elisabeth e Violet, e o formato do rosto eram parecidos com os de Mr. Hastings, seu pai.

Henri e Alain, o encaravam como se fossem mata-lo a qualquer momento.

Aquilo o deixava desconfortável, Noah realmente nunca havia passado por isso.

Já Mr. Hastings, pai de Elisabeth, estava com uma expressão passiva em seu rosto, que Noah não sabia exatamente o que poderia significar, se ficava ou não preocupado. Violet, a caçula dos irmãos, estava sendo uma fofa com ele. E Mrs. Hastings, mãe de Elisabeth, estava sendo bem hospitaleira e gentil, pelos menos as mulheres da família Hastings gostavam dele, mas ele não tinha certeza com relação a Elisabeth.

Violet, Emma e Alain fizeram diversas perguntas à ele, enquanto Elisabeth não descia.

Quando ela desceu, ele cumprimentou-a e entregou-lhe as flores que comprara para ela no caminho até sua casa. Não seria de bom-tom chegar de mãos vazias.

Ela estava linda.

— São lindas, obrigada, Vossa Graça. — agradeceu Elisabeth formalmente, antes de colocar as flores em um jarro.

— Devolvo-a antes que sintam sua falta. — disse Noah, antes de sair com Elisabeth.

— Pode ficar com ela. — Violet brincou.

Noah queria que, por uma fração de segundo levar aquilo a sério.

— Não ouça essa pirralha. — disse Henri, sério.

Mrs. Hastings, Mr. Hastings, Violet, Alain, Elisabeth e Noah riram.

— Não sou pirralha. — Violet cruzou os braços.

— É sim. — disse Alain, sorrindo.

Violet mostrou a língua a ele.

Noah imaginou que eles fossem uma família bem animada, de alguma maneira, Noah quis fazer daquela família.

— Desculpe-me pela demora. — pediu Elisabeth, enquanto eles saíam de sua casa. Uma criada estava que estava de dama de companhia permaneceu alguma metros atrás deles.

— Sem problemas, senhorita.

Noah comentou com Elisabeth, que seus pais lhe fizeram muitas perguntas enquanto ela não descia.

— Desculpe-me pelos meus pais. — disse Elisabeth, rindo fraco, envergonhada.

— Não há problemas, minha querida. Adorei conhecê-los. — comentou, Noah com sinceridade.

Quando a carruagem parou em frente a Gordon ambos desceram, e Noah guiou Elisabeth até o estábulo da propriedade.

— Este é o meu cavalo predileto. — disse Noah, acariciando um grande e lindo cavalo negro.

— Ele é lindo, e parece rápido. — disse Elisabeth, admirando-o. Entendia um pouco sobre cavalos graças aos irmãos, e adorava cavalgar com eles sempre que podia.

— Pode acaricia-lo, mas vá com calma. — instruiu Noah.

Elisabeth assentiu e acariciou a cabeça do cavalo, e em seguida seu pescoço.

— Bom garoto. — disse Elisabeth, sorrindo para o cavalo, esquecendo que o Duque estava com ela também.

— Acho que ele gostou de você, geralmente ele é bem valente com desconhecidos. — comentou Noah, acariciando seu cavalo também.

— Que sorte a minha então. — sorriu sem tirar os olhos do cavalo.

— Deve ser.

— Qual o nome dele?

— Mileto.

— Mileto, como Tales de Mileto, o filósofo? — perguntou Elisabeth.

— Sim, como o filósofo.

— Gostei.

— Vamos?

— Para onde exatamente?

— Você verá, pedi para um cavalariço preparar um cavalo para você e para a sua dama, ele já deve estar trazendo-o.

Elisabeth assentiu, agradecida.

Alguns minutos um cavalariço apareceu com um cavalo para Elisabeth. Noah ajudou-a a montar no cavalo, apoiando suas mãos em sua cintura.

— Obrigada. — agradeceu Elisabeth.

— Estou aqui para o que precisar. — disse Noah, montando em Mileto, seu cavalo.

— Okay. — Disse Elisabeth, trotando o cavalo que ela estava montando.

O DUQUE [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora