Capítulo XVII

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Um capítulo especial da nossa Ana Helena❤ Espero que gostem!

Um capítulo especial da nossa Ana Helena❤ Espero que gostem!

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Eu corria num campo florido e vasto. O cheiro de alfazema invadia minhas narinas, e a brisa leve da manhã tocava os poros do meu rosto. Meu vestido amarelo e com uma saia rodada cheia de bolinhas pretas, estava sujo com a terra da grama recém mexida por alguém. Não havia casas naquele lugar, apenas árvores e montanhas imensas que tocavam o céu escuro. De repente, ouvi passos curtos e lentos atrás de mim. Meu corpo inteiro se arrepiou e sentia as batidas cardíacas do meu peito saltar de medo. Quem poderia ser?

Fechei os olhos e respirei fundo. Enquanto ouvia os passos se aproximar de mim. Estava paralisada no meio daquele campo deserto. O medo consumia minhas veias e se misturava com o suor que escorria na minha face. Comecei a orar a oração que aprendi com a minha mãe.

-Santo anjo do senhor...

Os passos se aproxima mais e mais.

-...meu zeloso guardador...

Meu coração acelerava.

-...que a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege...

Sentia a respiração acelerada atrás de mim.

-...me guarde, me governe, me ilumine...

A qualquer momento poderia desmaiar alí mesmo. Mas antes que fizesse isso, duas mãos tocaram minha cintura.

-... Amém!

Abri meus olhos lentamente e tentei enxergar quem me agarrava com tanta força. Porém, o medo me cegou e tudo ficou escuro...

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-Ana você está bem?! -Gritava meu pai, enquanto batia na porta impaciente com o meu silêncio.

Meu coração estava acelerado, o corpo transpirava e os meus cabelos emaranhados. A respiração ofegante que fazia meus pulmões doerem a cada respirada. As imagens do sonho ainda passavam na minha cabeça como um filme numa tela. Quem era a pessoa das mãos grossas que apertava com força minha cintura? O toque quente, mesmo que tocado sobre o tecido do vestido, queimava minha pele.

-Ana eu vou arrombar essa porta!!

Puxei todo o ar e respirei devagar. Até eu finalmente me acalmar e poder balbuciar algumas palavras.

-Está tudo bem.

Ele girava a maçaneta enfurecido. Me levantei da cama e toquei meus pés descalços no piso frio. No qual, meu corpo inteiro se arrepiou. Andei cambaleando e arrumando os fios de cabelo rebeldes que caíam sobre o meu rosto suado.

-Ana??

-Já estou indo. -Disse, destrancando a porta e surgindo a imagem do meu pai. Seu rosto demonstrava preocupação.

Coração de Papel ( Revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora