Capítulo LI

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"Percebemos que nossa vida não teve significado algum, quando se encontramos um amor verdadeiro"

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Meu coração ainda ameaçava saltar pelo o peito. O nervosismo estava aos pouco deixando meu espírito, e finalmente iria poder raciocinar sobre o que aconteceu.

Acabei de beijar Samuel.

Sim. Acabei de agarra-lo loucamente e dizer que o amo.

Como posso?

Contei sobre segredos que ninguém sabia. Nem mesmo as pessoas mais próximas de mim, por vergonha. Mas, ele... ah, com ele... Eu não tive medo ou receio de dizer sobre o meu passado, por ter certeza que não me julgaria. Samuel verdadeiramente me ama e faria de tudo para ficar ao meu lado.

Apenas preciso tentar.

- O que você acha disso filha?

Fui acordada dos meus pensamentos com o meu pai segurando um papel. Provavelmente deve ter dito algo relacionado a isso e eu não prestei atenção.

Droga Samuel, saía da minha cabeça.

-Desculpe pai, não prestei atenção.

Carlos me encarou confuso, sem ter a mínima ideia do que se passava na minha cabeça, e concerteza iria rir muito da minha cara se soubesse que o vizinho estava nos meus pensamentos naquele instante.

-O que está acontecendo filha?

Uma confusão de sentimentos.

- Nada de muito importante.

Ele se sentou ao meu lado. E ficou aguardando eu começar a falar o que sentia. Carlos sabia que não iria conseguir mentir ou esconder as coisas dele. Afinal, desde dos meus 10 anos tenho ele como meu amigo.

- Estou apaixonada pelo o Samuel...

Meu pai me olhou boquiaberto.

-...eu acho.

-Como assim você acha? -Perguntou, enquanto colocava café na xícara.

Sim. Eu necessariamente posso ter agido por impulso hoje a tarde, e não sentir os sentimentos que disse. Posso ter me emocionado pela a maneira calma e compreensiva que ele ouviu meu segredo. Mas, posso sim gostar dele. Ou não.

- As vezes acho que estou apenas me iludindo.

Realmente estou.

- As vezes os sentimentos podem nos enganar filha. Mas, apenas você vai saber o que realmente sente.

E o que eu sinto?

- Esse é o problema pai, eu não sei.

Carlos dá um gole no café e olha para a janela que transmitia uma noite calma e belíssima. Em busca de alguma resposta para a filha perturbada dele.

- Você só vai descobrir se tentar.

Ele se levanta e beija minha testa.

-Tentar mesmo com dúvidas?

-Nem o mais sábio dos homens, sabe de todas as respostas.

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Os pássaros cantavam livremente sobre o céu azul que se estendia como uma lona, em cima de nossas cabeças. Ainda permanecia confusa em relação aos meus sentimentos por Samuel, e mesmo com receio de vê-lo todos os dias, sinto a necessidade disso.

-Engraçado como você fica linda distraída.

Alguém interrompe meus pensamentos e ao olhar para trás, dou de cara com Sabrina rindo maliciosamente para mim.

Ela conseguia ser sexy.

Vestida numa calça flare preta e uma blusa social rosa clara. Seus seios ficavam apertados num sutiã de renda cor de pele. Seus cabelos amarrados numa trança embutida e os lábios levemente destacados de vermelhos.

Realmente ela era linda.

- Está bonita Aninha.

Meu nome soava tão estranhamente na sua boca, que chegaria ser um insulto tanta malícia imposta num único ser.

-Obrigada Sabrina. - Disse,enquanto arrumava alguns fios de cabelo que caíam sobre o meu rosto.

- Está indo trabalhar suponho...

Sim, estava. Mas não queria sua companhia para chegar na empresa. Sabrina ainda me incomodava muito e ela sabia o quanto tinha poder sobre mim.

-Estou, mas vou de ônibus.

Ela levantou uma das sobrancelhas desconfiada.

- Mas é tão pertinho que não tem necessidade.

Realmente, da onde eu moro até o buffet eu levaria apenas vinte minutos andando. Porém, seria uma eternidade andar ao seu lado.

- Mas, não quero suar minha roupa.

Essa foi a sua melhor desculpa?

-Seu vestido preto é sem manga. - Disse, sorrindo. - ele não irá manchar.

O que eu faço?
Aceite logo a companhia.
Mas não posso.
Porque?
Porque eu estou confusa.
pensou que esta é a oportunidade de acabar com suas dúvidas?

Fui interrompida da minha conversa com o meu subconsciente, quando Sabrina pega no meu braço. Um toque que queimou cada parte do meu corpo.

-Então, vamos?

Poderia gritar e dizer que não. Porém, preciso ter certeza do que realmente quero.

-Vamos.

E saímos andando juntas. Sem saber o que realmente estava fazendo, mas querendo me agarrar em cada laço de sentimento que ainda restou entre nós duas. Talvez ainda há amasse. Ou simplesmente estou presa no passado...

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Oi meus amores, o capítulo foi bem curtinho mesmo. Apenas para que vocês pudessem entender o que está acontecendo com a nossa Ana Helena. Peço desculpa pela a demora em postar os capítulos, minha vida está realmente muito corrida. Pensei até em desistir de escrever essa historia... mas, vamos ver no que da!

Beijos, e o próximo será mais longo ❤

Coração de Papel ( Revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora