Emily
Oliver sorri e me aproximo dele tomando cuidado para proteger — pegadinha do malandro! — meu coração de uma taquicardia. Sou muito jovem para morrer e ele lindo demais para a minha sanidade.
— Vamos? – ele pergunta e eu assinto.
Saímos da balada e Oliver estica o pescoço, procurando provavelmente o motorista.
— Qual a cor do carro? – pergunto para tentar ajudar
— É vinho, já achei, vem – ele me pega pela mão, me levando ao carro.
— Sem motorista hoje? – questiono quando nos aproximamos e ele nega
— Escolhi dirigir hoje.
Preparo minha cara fofa e me viro para Oliver.
— Deixa eu dirigir? Por favor! – Peço e ele levanta uma sobrancelha para mim.
— Você dirige?
Balanço a cabeça positivamente.
— Deixa, por favorzinho – faço biquinho e ele suspira rendido.
— Certo. Toma — me estende a chave. — Mas ó, cuidado com o meu carro – diz indo para o lado do passageiro.
Reviro os olhos mesmo que ele não possa ver.
— Eu provavelmente dirijo melhor que você, pode ficar tranquilo.
Oliver bufa.
— Me diga uma novidade. Não é muito difícil dirigir melhor que eu – ele admite.
Retiro o carro da vaga e me viro rapidamente para Oliver.
— Para onde nós vamos?
— Comer, por favor. Estou morrendo de fome – ele responde com uma voz dramática, me fazendo rir.
Dirijo tentando não parecer uma criança num parque de diversões. Nunca dirigi em um carro com um banco tão macio e com uma marcha que passa sem emperrar.
Seguro a vontade de abraçar e lascar um beijo no volante. Parece que eu estou andando nas nuvens.
— Com quem você aprendeu a dirigir? – Oliver se ajeita no banco e se vira para mim
— Com meu tio, de moto foi com o meu pai – conto.
— Seu pai?! – a voz de Oliver sai um pouco esganiçada e eu rio.
— Sim, meu pai – digo encerrando o assunto.
Oliver mexe no painel, ligando o som, ele passa pelas estações procurando algo.
— Deixa nessa! Eu amo essa música — peço a ele, que abre um sorriso imenso. — O que foi?
— Então quer dizer que você é romântica? – implica e eu reviro os olhos, sorrindo.
Está tocando Partilhar, do Rubel.
— No fundo, somos todos românticos – digo a ele.
— Às vezes nem tão no fundo assim.
Estaciono o carro em frente a praça. Oliver se estica no banco, olhando para o lado de fora com o cenho franzido.
— Por que a gente parou aqui? Não tem nenhuma lanchonete aqui perto, ou tem? – ele me encara exigindo uma explicação e eu sorrio em resposta.
— Ok. O que você vai querer comer? — pergunto olhando a pracinha pelo vidro da janela. — Churrasco, hambúrguer ou cachorro quente?
— Hambúrguer.
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Do Nosso Jeito - CONCLUÍDA
Teen Fiction"Se eu pudesse tirar essa dor de você eu tirava, mas não posso, infelizmente. Tudo o que posso fazer é te ajudar a criar novas boas lembranças, deixe-me fazer isso, Emily" 🍁 Sinopse inserida no livro ⚠ Este livro contém gatilhos relacionados a estu...