Capítulo 34

680 64 50
                                    

Emily

Oliver sorri e me aproximo dele tomando cuidado para proteger — pegadinha do malandro! — meu coração de uma taquicardia. Sou muito jovem para morrer e ele lindo demais para a minha sanidade.

— Vamos? – ele pergunta e eu assinto.

Saímos da balada e Oliver estica o pescoço, procurando provavelmente o motorista.

— Qual a cor do carro? – pergunto para tentar ajudar

— É vinho, já achei, vem – ele me pega pela mão, me levando ao carro.

— Sem motorista hoje? – questiono quando nos aproximamos e ele nega

— Escolhi dirigir hoje.

Preparo minha cara fofa e me viro para Oliver.

— Deixa eu dirigir? Por favor! – Peço e ele levanta uma sobrancelha para mim.

— Você dirige?

Balanço a cabeça positivamente.

— Deixa, por favorzinho – faço biquinho e ele suspira rendido.

— Certo. Toma — me estende a chave. — Mas ó, cuidado com o meu carro – diz indo para o lado do passageiro.

Reviro os olhos mesmo que ele não possa ver.

— Eu provavelmente dirijo melhor que você, pode ficar tranquilo.

Oliver bufa.

— Me diga uma novidade. Não é muito difícil dirigir melhor que eu – ele admite.

Retiro o carro da vaga e me viro rapidamente para Oliver.

— Para onde nós vamos?

— Comer, por favor. Estou morrendo de fome – ele responde com uma voz dramática, me fazendo rir.

Dirijo tentando não parecer uma criança num parque de diversões. Nunca dirigi em um carro com um banco tão macio e com uma marcha que passa sem emperrar.

Seguro a vontade de abraçar e lascar um beijo no volante. Parece que eu estou andando nas nuvens.

— Com quem você aprendeu a dirigir? – Oliver se ajeita no banco e se vira para mim

— Com meu tio, de moto foi com o meu pai – conto.

— Seu pai?! – a voz de Oliver sai um pouco esganiçada e eu rio.

— Sim, meu pai – digo encerrando o assunto.

Oliver mexe no painel, ligando o som, ele passa pelas estações procurando algo.

— Deixa nessa! Eu amo essa música — peço a ele, que abre um sorriso imenso. — O que foi?

— Então quer dizer que você é romântica? – implica e eu reviro os olhos, sorrindo.

Está tocando Partilhar, do Rubel.

— No fundo, somos todos românticos – digo a ele.

— Às vezes nem tão no fundo assim.

Estaciono o carro em frente a praça. Oliver se estica no banco, olhando para o lado de fora com o cenho franzido.

— Por que a gente parou aqui? Não tem nenhuma lanchonete aqui perto, ou tem? – ele me encara exigindo uma explicação e eu sorrio em resposta.

— Ok. O que você vai querer comer? — pergunto olhando a pracinha pelo vidro da janela. — Churrasco, hambúrguer ou cachorro quente?

— Hambúrguer.

Do Nosso Jeito - CONCLUÍDA Onde histórias criam vida. Descubra agora