Capítulo 37

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 oooi, galerous

comecem o capítulo ouvindo a música que está na mídia! 

beijinhos e boa leitura!

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Emily

Encaro o livro que está em minhas mãos, sem conseguir mais me concentrar. O sono está me matando. Olho a hora no aparelho da TV, são uma da manhã e Brian ainda não me ligou, nem mandou nenhuma mensagem, o que possivelmente significa que eu poderei dormir hoje.

Suspiro, levantando do sofá e deixando o livro na mesa de centro. Me encaminho para o meu quarto e vejo que a luz está acesa no quarto de Hugo. Ando até lá, vendo que ele já está dormindo, apago a luz e volto para o meu quarto.

Deito na cama e apago logo em seguida.

"Sweet and sour motivation

Wish I could keep concentration

I've been getting high"...

Não. Não. Não!

"I'm doing it alone now

I think I gotta slow down

And I know I"...

Rolo na cama, tentando ignorar a ligação para poder voltar a dormir.

"Cherry flavoured conversations with you

Got me hanging on"...

Bufo irritada, pegando o celular e atendendo sem nem mesmo olhar.

The Neighbourhood, nunca detestei tanto vocês!

— Olha, Brian, hoje não, tá me ouvindo?! Hoje não! – falo irritada por ter o sono interrompido

O outro lado da linha fica estranhamente silencioso e eu passo a estranhar.

— Brian? tá me ouvindo? – pergunto

Não é o Brian. Sou eu, Oliver.

— Ah – respondo simplesmente, surpresa

Oliver não costuma me ligar, principalmente a essa hora. Aliás, eu nem sei que horas são. Tiro o celular do ouvido rapidamente e vejo que são quatro horas e cinquenta e dois minutos.

Suspiro. Que ótimo.

— Oliver? – chamo em frente ao silêncio. Escuto somente sua respiração acelerada e passo a me preocupar.

Estou aqui – responde. Grande coisa, viu.

— Aconteceu alguma coisa? – questiono, preocupada, mudando de posição na cama e me virando para a janela.

Não, nada. Eu só... — respira fundo — não sei, na verdade. Só precisava ouvir sua voz. – Meu coração acelera e só não sorrio boba porque a preocupação fala mais alto.

— A essa hora? São quatro da manhã! – exclamo e o escuto rir do outro lado da chamada.

Estou consciente da hora. Infelizmente — imagino-o fazendo careta. Ele fica em silêncio novamente, mas antes que eu consiga abrir minha boca para chamá-lo de novo, mas ele responde antes que eu fale algo.

Eu vou me mudar, quinta-feira, ou seja, amanhã — conta, e eu fico surpresa, mas fico quieta. — E... não sei, sabe. Estou feliz pela mudança, de verdade, vai ser um alívio para mim. Mas... tenho medo de não ser esse o certo. Eu quero, mas não sei se devo. Minha mãe pode ser uma filha da puta, mas ainda é minha mãe. Entende?

Ok. Então ele vai se mudar para morar com o pai? E vai deixar a mãe? Bem, talvez disso eu entenda.

— Eu conheci o Hugo quando tinha onze anos. Nós estudávamos na mesma turma, e viramos amigos quase que de primeira, mas nem eu e nem ele fazíamos ideia de que éramos irmãos — começo a contar, respirando fundo. Faz muito tempo que não conto isso para alguém além da minha psicóloga. — Quer dizer, o Hugo sabia que o progenitor dele tinha outra família, e que ele tinha duas irmãs. Mas eu nunca soube de nada.

Não sabia disso. Achei que vocês soubessem da existência uns dos outros desde sempre.

— Infelizmente, não — faço careta. — Eu só fui descobrir que o Hugo era meu irmão quando nós tivemos que fazer um trabalho em dupla e viemos para a casa dele. Nesse dia Scott não tinha ido para o hospital onde trabalhava e se surpreendeu quando me viu. Imagina a cara dele, tadinho. Scott ficou mais branco que a parede e desmaiou. Tipo, foi só olhar pra minha cara e pum! caiu.

Deve ter sido apavorante.

— Um pouco — admito, rindo. — Mas também foi bom. Se isso não tivesse acontecido, eu nunca ia saber que tinha três irmãos.

Três é demais.

— E quatro deveria ser um absurdo – brinco. – Mas enfim, depois disso, eu descobri uma série de coisas que não gostei, e viver na minha antiga casa se tornou impossível. Eu demorei muito tempo para decidir ir embora, tinha medo de estar tomando a decisão errada, mas esse ano finalmente consegui tomar uma iniciativa e me mudei para cá.

Se arrepende de ter ido embora? – Oliver questiona.

— Não. Às vezes, ainda sinto saudades — confesso. — Mas não consigo me arrepender de ter tomado a decisão que tomei. Foi o melhor para mim.

Respiramos fundo ao mesmo tempo e sorrio. O silêncio se instaura novamente, mas dessa vez já é um silêncio bem-vindo.

Observo o nascer do sol e percebo, pela respiração leve, que Oliver dormiu. Sorrio.

— Bom dia, Oliver.

mais um dia boiolinha por esses dois 😩💛

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mais um dia boiolinha por esses dois 😩💛

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