Capítulo 56

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oi genteee

nessas semanas eu recebi muitas mensagens sobre quando haveria capítulo novo, e não é justo deixar vocês sempre no escuro quanto a isso.

então decidi sempre deixar avisado no mural de mensagens aqui do Wattpad. quem não me segue, siga, para que você receba a notificação do meu aviso.

acho que hoje é só isso. vamos ao capítulo? 

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Brian

Não me mexo.

Passei a noite acordado e minha cabeça parece pesar uma tonelada, dessa vez a culpa não é da bebida. É da minha consciência.

Detesto saber que extrapolei os limites com Emily.

Segundo o relógio do meu celular são onze horas e nove minutos. Escuto meus irmãos andando pela casa e sei que eles estão fazendo faxina. Não tenho como me esconder para sempre, mas posso enrolar ao máximo. Levanto da cama com cuidado, olhando em volta. Meu quarto está uma bagunça, mas eu não tenho forças para arrumá-lo.

Pego meu celular novamente e corro os olhos pela barra de notificação e nada me prende, são sempre as mesmas mensagens e as mesmas conversas. Entro no Instagram e rolo a timeline em busca de alguma notícia ou fofoca interessante que possa me distrair. Coço a garganta, a sentindo seca. Preciso beber algo.

Não quero encarar Emily e meus irmãos agora.

Eles vão lançar aqueles olhares julgadores para cima de mim, como se fossem os donos da verdade, e se eu falar um "a" para me defender, eles vão me acusar de ser um idiota escroto. E eu estou cansado disso, já sou bem grandinho para saber o que é bom para a minha vida e o que não é, mas eles não entendem isso. Sei tomar minhas decisões sozinho, não preciso da ajuda ou da intromissão deles.

Escuto um barulho de vidro quebrando e deixo que a curiosidade me tire do quarto. Do topo da escada consigo ver Hugo em pé enquanto dobra algumas roupas, ele parece imune ao barulho que vem do quintal.

— Sabe o motivo do barulho? – questiono, mas Hugo sequer me olha.

Sinto vontade de revirar os olhos, ele ficou do lado de Emily ontem a noite, depois da nossa briga. Quem vê assim até pensa que Emily é uma pobre coitada, ela veio me provocando e eu simplesmente revidei. Falei algumas merdas que não precisavam ter sido ditas? Sim, mas ela também não é nenhuma inocente.

Como meu irmão mais novo continua me ignorando, uso o par de pernas que Deus me deu para ir até o quintal.

— O que vocês estão fazendo?

Emily e Scott estão no quintal, com várias garrafas de bebida espalhadas pelo chão. Me aproximo deles com cuidado, sem saber o que eles estão aprontando.

Emily está agachada na grama, próxima ao ralo, com uma garrafa na mão de cabeça para baixo, a esvaziando.

— Estamos nos desfazendo das bebidas da casa – é Scott quem responde.

Ele joga uma das garrafas vazias dentro de um galão preto, que parece servir de lixo.

— O quê!? Por quê!? – minha voz sai esganiçada.

— Já está na hora. Ninguém precisa disso para viver – ele retruca.

— Isso é ridículo, você sabe, né? Sempre tivemos bebida em casa, nunca foi um problema – devolvo, cruzando os braços.

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