Capítulo 39

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Oliver

Me jogo no sofá da casa nova, me sentindo cansado, mas feliz. Assim que Emily foi embora ontem, começamos a fazer a mudança. Sorrio ao lembrar do que aconteceu entre nós, mesmo que algo esteja me incomodando, no fim disso. Nós não nos beijamos nem uma vez. Dei dois orgasmos fantásticos a ela e não ganhei um único beijo. Fico pensando se ela não fez isso como forma de se vingar de mim. Depois de ter chupado ela, não consegui fazer mais nada, mesmo sabendo que ela queria.

Realmente, um menino de família, para casar. Obrigada eu, por zombar da gente.

— Tenho que sair, quer carona? – Anitta diz, entrando no meu campo de visão.

— Sim, por favor — digo, já me levantando.

— Nossa mãe ligou?

Faço careta.

— Mas é claro — respondo. — Vitinho que atendeu, tadinho.

— O que ela falou?

— Mandou a gente se foder e disse que é incompreendida, que o problema está na gente, que não enxerga o amor dela – conto, com desgosto e a expressão de Anitta se assemelha a minha.

— Sinceramente... Puta que pariu, nada muda! – reclama e dou de ombros.

— Eu nem fico mais surpreso, o dia que ela mudar neva em Niterói – brinco, fazendo minha irmã rir.

— Realmente. Para onde você vai? – pergunta quando chegamos ao estacionamento.

— Para a escola, vou participar de uma aula experimental de teatro – conto e ela me olha desconfiada.

— Você? Fazendo teatro? Me conta outra! – zomba de mim, dou língua para ela.

— É para ajudar uma amiga, a Nina – explico e ela assente.

— E a sua outra amiga? – questiona, com um sorriso que me lembra o gato de Alice no País das Maravilhas.

Reviro os olhos, já sabendo de quem ela está falando, mas finjo não saber.

— Que outra amiga? – me faço de desentendido

Anitta espreme os olhos para mim, sorrindo.

— Não seja cara de pau. Você sabe que estou falando da Emy – ela diz e arqueio uma sobrancelha para ela.

Emy? Que intimidade toda é essa? Nem eu chamo ela assim – questiono e ela me lança um sorriso de lado.

— Nós estamos conversando — ela conta e eu arregalo os olhos surpreso. — Peguei o número dela com aquele seu amigo, Arthur – explica.

— Você não tá assustando a menina não, né?

Ela põe a mão no peito, fingindo estar ofendida.

— Eu!? Nunca! Eu não faço essas coisas, que absurdo! – diz, com voz fingida me fazendo rir.

— Você mesmo, Anitta. Tu tem mania de tentar espantar toda e qualquer namorada minha, com aquelas suas perguntas, parece até interrogatório!

— Faço mesmo — ela dá de ombros, manobrando para parar em frente ao colégio. — Elas sempre são pessoas horríveis. Mas sem brincadeira, a Emily é uma menina legal.

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