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Lua 🌙

Cheguei em casa morta de cansada, assim que abri a porta, vi o Laranjinha, Victória e Marina.

Lua: Olá.- Sorri jogando minha mochila no chão.

Victória: Tava com saudades, mas sua cama é muito macia.- Falou me abraçando.

Lua: Filha da mãe.- Abracei a Marina.- Oi laranjão.

Laranjinha: E aí, rata.- Fez toque comigo.- patrão quer falar contigo.

Lua: Quem? Oi? - Me fiz.- Vou dormir, boa tarde.

Índio: Boa tarde.- Escutei a voz dele e vi ele saindo da cozinha.

Ignorei ele e fui pro meu quarto, deu nem tempo de fechar a porta, ele já tinha entrado.

A pronto, virou o flash agora.

Lua: Saí daqui, ridículo do caralho.- Falei puta.- Não vou devolver o dinheiro, pau no seu cu. Coe cara, você é dono do morro, pq não me deu cem reais?

Índio: Que dinheiro? Que que eu fiz,maluca?

Lua: Além de transar comigo e sumir no outro dia? Ou de me dá cinquenta reais achando que eu sou uma prostituta? - Ele me encarou.

Índio: Cinqüenta reais pra você comprar o remédio que eu não sabia quando custava? - Perguntou fazendo cara de óbvio.- Meu mundo é diferente do teu, gata. Nem sempre tô disponível, tenho meus corres pra fazer. Eu queria ficar, mas eu tinha trabalho, eu ainda sou o chefe.

Lua: Custava avisar? - Cruzei os braços.

Índio: Tu viajou e não me avisou também pô. Tá fazendo caô demais, relaxa um pouco.- Se jogou na minha cama.

Lua: Vai, Lua. Se apega a alguém e se fode depois.- Murmurei pra mim.

Índio: Tu viaja demais nas idéias pô, eu não sou moleque não.- Comecei a arrumar minhas roupas da viagem.

Ele começou a puxar assunto e mesmo eu não querendo responder, não tinha motivos pra ter raiva dele.

Deus me livre ser a emocionada, surtada que briga por tudo, sendo que a gente não tem nada.

Ele foi embora pela tarde e as meninas já se animaram, marcamos rolê das meninas pra Lapa, minha segunda casa.

No MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora