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Índio 🦖

Acordei mas não me lembrava de nada, namoral.

Quem sou eu?

Só lembro de beber ontem e se eu bebi significa que eu fiz merda.

Me levantei em outro mundo, fui no banheiro e vi que na minha mão tinha mancha de sangue.

O peito deu caô logo, namoral.

Gritei pelo Kauã mesmo minha cabeça estourando só de abrir a boca.

Ele não respondeu, fiquei neurótico.

Fui atrás dele em tudo que é lugar da casa e ele não tava, bagulho começou a me aperriar.

Peguei meu celular e liguei, na segunda vez ele atendeu.

Ligação 📱

Índio: Aonde eu tá, caralho?
Kauã: Tu é bicho falso, papo retão! Tu me prometeu a parada e não foi homem pra cumprir, namoral. Tu machucou a Lua, tu tem noção disso? A pessoa que tá sempre ajudando, tu é babaca véi!

Ligação 📱

Sabia nem o que falar.

Que porra eu fiz?

Ele desligou na minha cara pô, tive nem tempo de saber de tudo.

Fui atrás no meu, tomei banho, nem demorei muito.

Fui bater na casa da Lua.

Victória: Pode ir saindo daqui.- Me barrou na entrada.

Índio: Victória, namoral. Eu prometo que se ela me mandar embora eu vou, nem questiono. Mas deixa eu ver ela.

Victória: Nossa, menino, quanta falsidade. Ontem, quando ela foi embora, você não escutou ela né? E acabou machucando ela.

Índio: Eu tava bêbado, na brisa.- Passei a mão no cabelo.

Victória: Arruma desculpa melhor, pô! quem gosta de alguém, não machuca esse pessoa por nada, pode estar o caralho a quatro, mas não machuca ninguém.

Lua: Quem é? - Ouvi a voz dela.

Marina: Caramba Victória, nem pra você ajudar. Essa menina é pesada, pior que aqueles hipopótamos do Madagascar.

Tirei a Victória da minha frente e conseguir ver a Lua, deitada no sofá.

O Kauã de um lado, Marina do outro.

A perna dela tava com o bagulho por cima, ela parou de sorrir quando me viu e me encarou feião.

Índio: Posso conversar com tu? - Perguntei mó sem graça.

No MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora