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Kauã 🌩

Botei um pra subir enquanto pensava nas paradas.

Poder já subindo na mente, tudo que envolve subindo.

Paulo: Tu sabe que ele não vai dar o morro de bandeira, tá ligado? Tem que agilizar as paradas.

Kauã: Tô nessa meta.- Soltei a fumaça.

Ele ficou trocando papo comigo e eu viajando.

Cheguei em casa e fui recebido com um chute nas pernas, cai no chão serinho e me levantei com os punhos armados.

Índio: Tu tá ficando maluco? - Gritou socando meu rosto.- Tu me roubou moleque, roubou teu próprio pai!

Fiquei calado, sabia nem qual papo dar.

Tentei revidar mas o caralho era forte pra fora, tava nem três de mim pra chegar nele.

Lua: Para com isso.- Gritou entrando em casa e parando na frente do Victor.

Índio: Isso não é nem o mínimo, ele me roubou! Meu filho, escutou? Quem eu sempre dei atenção, criei, dei de tudo! - Falou com desgosto na voz.- Que se me pedisse o dobro da porra do dinheiro, eu dava sem falar nada.

Eu fiquei calado, aos poucos fui percebendo meu erro.

Lua: Eu sei, ele errou...- Falou segurando a mão do índio.- Mas bater não adianta de nada, além de qualquer coisa, ele é seu filho.

Kauã: Não...- Fui falar.

Lua: Cala a boca que eu não tô falando com você.- Gritou.

Índio: Me dá um, só um motivo pra não te bater.- Me encarou.

Lua: Me deixa falar só mais uma coisa? - Pediu.- Depois eu não vou me meter mais.

Índio: Fala.

Lua: Quer bater em alguém, bate no Paulo.- Olhei pra ela.- O dinheiro que ele pegou, foi todinho pra ele.

Ela saiu da minha frente e antes de sair me olhou.

Que olhar bonito de decepção eu recebi dela.

Só por isso, vi que eu tava indo pelo caminho errado.

Falei uma pá de coisas com ela, na brisa.

Chamei de tudo que é porra.

Logo ela que eu considerava como minha mãe "adotada".

Tinha dias que ela me chamava de filho, outro de irmão, namorado, filho da puta.

Índio: Não vou falar mais nada pra tu, tu tá indo pelo caminho certo.- Falou com decepção na voz também.- E tenha certeza que se você continuar assim, o Leozin também vai ficar muito orgulhoso.

Pegou no meu segundo ponto fraco, me fudeu todinho.

Leozinho é meu orgulho, faço de tudo pra ver aquele moleque bem.

A questão era, que porra de caminho eu comecei a seguir?

No MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora