No Morro

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Índio: Baixa a arma.- Pediu e ele continuou apontando.- Que porra, Kauã! Quer atirar em mim, tu atira, mas deixa Lua fora disso.- Gritou puto.

Eu sentia minha barriga dar contrações, não muito forte, mas como cólica.

Uma dor infernal.

Mas não comentei.

Kauã: Eu não quero saber de nada, nem ter explicação nenhuma. Eu já entendi que tu é pior do que me falaram.

Índio: A parte que ela pegou um parceiro meu, ninguém te conta né? Quer dizer, não só um! - Apontou bolado indo pra cima dele e puxando a arma da mão dele.

Enquanto eu tomava água tentando amenizar a dor que tava sentindo.

Índio: Te garanto, que tu no meu lugar teria feito mesmo. Mas eu nunca vacilei com ela, sempre fui fiel, dei tudo que ela pedia.- Gritou peitando ele.- Então tu lava a boca pra falar o que tu não sabe, quem foi a piranha foi ela! Matei mesmo e se ela tivesse agora, na minha frente, atiraria na cabeça, de novo.

Abaixei a cabeça e apertei minha própria mão.

Kauã: Que foi, porra? - Falou alto do meu lado tentando levantar minha cabeça.

Lua: Para de gritar.- Falei de olhos fechados.

Índio: Tu tá sentindo o que? - Falou do outro lado.

Lua: Eu vou desmaiar.- Falei sentindo tudo na minha cabeça girar enquanto minha barriga doia.

Dei um grito sem perceber, sentindo uma dor imensa me consumir.

Kauã: Ou, ou...- Sentir ele puxando meu rosto pra cima.- Colfoi? Acorda pô, fumou o que?

Eu sentia meu corpo todo mole, eu não tinha controle sobre ele.

Índio: Ô maluca, para com isso.- Falou me pegando no colo.

Sentir minhas coxas molhando, não sabia se era água, xixi ou sangue. Vi eles discutindo na minha frente e pouco tempo depois deles me colocarem no carro, tudo ficou preto e eu desmaiei.