No Morro

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+100 comentários e tem maratona, novamente.

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Lua 🌙

Discuti abessa com minha mãe.

Por um lado ela estava certa, mas por outro não.

Dizem que concelho de mãe é concelho de Deus.

Tô numa indecisão, meu coração tá pedindo o Victor.

Meu corpo todo pede ele.

Já era 00h39, peguei um prato e pulei pra laje.

Enquanto eu comia, eu tentava tomar a decisão certa.

Mas o que fazer quando o certo é o errado?

Fora que hoje o que o Índio falou, faz sentido.

Ele é tão cem por cento comigo, faz de tudo pra me ver bem, pra eu sorrir.

Mas eu não sou acostumada com todo esse carinho, vindo de alguém que não seja apenas um amigo.

Acabo não sabendo retribuir e fazendo merda.

Índio: Tava fugindo? - Escutei a voz dele.

Lua: Um pouco.- Respondi ainda sem olhar pra ele.

Eu tava vulnerável no momento, qualquer coisinha poderia me fazer chorar.

Índio: Quer conversar ou vai me tratar malzão? - Sentou do meu lado.

Lua: O corno é repetitivo.- Brinquei finalmente olhando pra ele.

Índio: Que foi? - Fechei os olhos e neguei com a cabeça.

Comecei a contar tudo que saiu da boca da minha mãe enquanto comia e me segurava pra não chorar.

Lua: Ela disse que se eu escolher ficar com você, não preciso mais pisar lá.- Falei por fim.

Índio: Porra.- Murmurou me abraçando de lado.- Eu quero tu aqui comigo e não vou abrir mão disso.

Isso foi o fim pra mim, deixei as lágrimas caírem de vez.

Índio: Para de ser corna emocionada.- Passou o polegar no meu rosto.- Eu comprei um presente pra tu.

Lua: Eu quero.- Falei com a voz rouca.

Ele sorriu e tirou do bolso uma caixinha.

Tinha duas correntes de ouro dentro.

Lua: É sério? - Falei sorrindo vendo os pingentes.