Índio: Eu fui atrás dessa história né, deixei o Kauã com uma aliada minha e fui atrás. Eu já tinha usado droga e bebido, mas eu nunca tive problemas com isso. Enfim, quando eu peguei os dois eu fui logo pra ela, ignorei ele, mas esse foi meu erro pô! Ele citou que eu nem vi.- Falei lembrando.- Lembro como se tivesse acontecendo agora, eu puxei ela pelos cabelos enquanto ela gritava dizendo que ele tava estuprando ela, só que ela tava gemendo e pedindo por mais, antes de eu chegar.- Falei fechando os olhos e depois abri.- Eu desci a porrada nela, depois segurei ela pelo pescoço e apertei até morrer.
Ela me encarava sem reação nenhuma.
Eu sabia que a qualquer momento ela podia ir embora, por isso tranquei a porta.
Índio: Desde então o bagulho ficou sinistro, toda vez quando eu durmo, eu lembro. Quando eu bebo, eu vejo cada rosto como se fosse o dela.- Falei bolado.- No dia que eu vacilei com você, eu tava te culpando por não ser igual a ela, eu tava te culpando por ser foda pra caralho.
Lua: Mano, não sei o que falar.- Sorriu sem graça.
Índio: Eu não sou metade lá fora do que eu sou aqui dentro contigo. Eu preciso de tu, pra qualquer coisa na minha vida. Eu não permito que tu saia da minha vida.
Lua: Eu confio em você, o tanto que você confiou em mim pra contar isso.- Falou passando a mão no meu rosto.- Eu só tô assustada e com medo.
Índio: De mim? - Ela concordou.
Lua: Dá a chave que cê tirou.- Estendeu a mão.
Índio: Mas...- Apontei.
Lua: Confia em mim, brô.- Pegou a chave na minha bermuda.
Ela saiu do quarto quase que correndo, parecendo uma aleijada.
Quando ela voltou, entrou com uma garrafa de vodka e catuaba.
Índio: Nem pense em pensar no que tu tá pensando.- Cortei.
Lua: Reunião dos cornos está aberta.
Lua com esse bagulho de corno é insuportável.
Vive falando que é "meme"
E quando eu fico puto é sempre a mesma coisa.
"Segura que o corno tá puto"
Índio: Corna é tu, igual os viados do papai Noel.
Lua: Você não tem medo de ser corno, não é? - Falou trancando a porta.
Índio: Eu confio na minha máquina de cortar cabelos da Lua.- Brinquei.
Lua: Toma.- Me entregou catuaba misturado com vodka.- Confia em mim, por favor.
Índio: Confio! Só não confio em mim.- Falei purão.
Lua: Qualquer coisa eu chamo o Kauã e a gente vai embora e te deixa sozinho.
Ela virou o copo dela e fez eu virar o meu.
Isso foi só o começo.
7/7
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No Morro
Teen FictionFoi no morro aonde tudo começou, aonde eu descobrir o amor e a dor, que eu descobrir que as pessoas que amamos podem nos dar o mundo, pra depois destruir ele da pior forma possível...