No Morro

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Quando o carro parou, abri os olhos e já vi ele comendo dentro do carro.

Fiquei olhando pra ele por muito tempo, até ele me olhar e mandar dedo.

Índio: Tá vendo que eu sou lindão né? - Sorri assentindo.

Lua: Me dá um pedaço.- Sentei no banco.

Índio: Eu não, iala.- Falou mordendo o hambúrguer.

Lua: Eu comprei o combo cara, vez três hambúrgueres. Me dá só um pedaço.- Falei indignada e ele riu.

Ele tirou um pedacinho bem pequeno e me entregou.

Lua: Ih gente, olha que filho da puta.- Bati no ombro dele.

Ele sorriu e me entregou o hambúrguer.

Lua: Amor, cê enjoou de mim? - Entreguei o hambúrguer pra ele e ele mordeu e ficou calado.- Ei filho da puta.

Índio: Coe, tô comendo.- Falou de boca cheia.

Lua: Tô falando na moral, moço. - Falei sentada no banco.

Índio: Enjoei não pô, tu acha que se eu tivesse enjoado tu ainda ia tá morando lá em casa? Ou eu ainda ia fazer as paradas pra te agradar? Euhein.

Lua: E pq cê anda fumando tanto esses dias? As vezes o nosso quarto parece quarto de macumba.- Falei fazendo ele ri.

Índio: Tô conseguindo ficar mais mec, garota.

Fiquei conversando com ele por muito tempo, até o celular dele tocar.

Pelo que eu entendi, era alguém da boca de lá.

Ele ficou putão de uma hora pra outra, gritando pra caralho.

Lua: Que foi? Calma, preto.- Ajeitei o banco e ele ligou o carro e deu partida, me vi quase voando.

Índio: O Kauã.

Lua: Ele tá bem? Fala logo.- Falei nervosa.

Índio: Tá tendo um overdose.- Falou putão.

Eu decidi nem insistir mais no assunto, ele ia querer descontar em mim e eu ia tacar pedrada nele.

Fiquei nervosa também, mas optei por não mostrar, fiquei roendo unha e batendo o pé no tapete.

Índio: Fica quieta, caralho.- Gritou comigo.

Lua: Vai gritar com suas putas, filho da puta.- Gritei de volta.

Índio: Tô gritando com uma já.- Respondeu de volta.

Decidi que brigar só ia piorar, fiquei calada de cara fechada e ele começou a me olhar como se pedisse desculpa.

Virei o rosto e fiquei tentando controlar meu coração que tava saindo pelo cu.