No Morro

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Eu tentava me separar do Victor que me dava vários selinhos, tentando ter atenção no Leonardo que tava trocando uma idéia com a Isabelly.

Índio: Cobra vai passar a tarde com ele, a gente vai dar um peão aí, tá? - Falou me arrancando o beijo.

Murmurei um uhm e ele beijou a cabeça dos dois menorzinhos e entrou em casa.

Mari: Aí amiga, quem diria que tu ia tá casada com o homem que enfiou vidro na tua coxa.- Olhei pra ela.

Vic: E hoje, ele enfia pau no teu cu.- Falou suspirando como se fosse a coisa mais fofa do mundo.

Gargalhei alto enquanto a Isabelly que tinha seus 4 anos, parou de brincar e se levantou vindo até a mãe e colocando a mão na cintura.

Isa: Mamãe, titias? - Chamou todas e olhamos pra ela.- O que é cu?

Índio: É a tua bunda.- Falou da porta e eu olhei pra ele.- Vem cá, Lua.

Me levantei sorrindo e pedi pras meninas olharem o Léo, entrei com ele que tava sério.

Ele ainda sim, segurou minha mão e foi me puxando até o andar de cima.

Índio: Tu pegou quanto pra dá ao Guilherme e pra tu? - Me sentei na cama.

Lua: Pro Guilherme peguei o que cê pediu, quinze mil reais.- Ele assentiu.- Peguei duzentos e cinquenta pra mim, os cinquenta foi pq você me faz raiva.

Índio: Tem certeza? - Assenti.- Tinha mais alguém na casa? Tu fechou o cofre?

Lua: Apenas eu, Leonardo brincando na cama e Kauã.- Falei pouco.- Eu fechei...- Lembrei que após o Kauã me chamar, eu virei deixando apenas encostado.- Quer dizer, eu deixei encostado pq o Kauã me chamou e eu acabei esquecendo de fechar. Por quê?

Índio: Tá faltando quase 500, tirando o que tu pegou e do cobra.- Passou a mão no cabelo.- Kauã te chamou pra falar o que?

Lua: Pedi desculpas, por ontem.- Menti.

Ele se aproximou de mim e parou na minha frente.

Índio: Não mente pra mim, Lua.- Pediu calmo.

Suspirei baixinho e ele beijou minha cabeça.

Lua: Ele veio pedir desculpa.- Falei mais firme.

Eu não ia criar uma briga entre eles e eu não acredito, que o Kauã, que o MEU Kauã, tenha roubado dinheiro.

Aí já passa do limite.