Índio 🦖
Sentei, respirei fundo e agradeci por aquele verdinho ter me deixado mais calmo.
Olhei pra minha garota que tava indecisa com dois ursinhos de pelúcia na mão e ela me olhou com cara de leiga.
Lua: Qual? - Mostrou.
Um era branco e outro era verde água.
Índio: Os dois, poupa minha paciência.- Sorri falso.
Lua: Não sei pra que veio, só pra ficar de cara fechada.- Olhei pra ela sem acreditar enquanto ela tinha um sorriso olhando pra prateleira.
Índio: Vou fingir que você não me obrigou a vim.- Passei a mão no rosto.
Lua: Tem provas? Caso contrário...- Olhei pra ela rindo.
Rindo de nervoso.
Fiquei calado pra não descontar raiva nela e uma tia se aproximou perguntando se queria algo.
A tia ficou olhando pra mim o tempo todo, enquanto eu tentava soltar o braço do urso.
Tia: O braço é colado...- Assim que ela terminou de falar, o braço do ursinho saiu.
Índio: Tá quebrado, leva isso não, amor.- Falei com o urso em uma mão e o braço em outra e Lua me olhou gargalhando.- essas porra, tudo lixo.
Joguei o urso dentro da cesta e fiquei brincando com o braço dele.
Lua: Você pode trazer água? É melhor que ficar olhando pro meu marido.- Falou gentil, como sempre.
Tia: Ah, claro.- Falou sem graça saindo.
Índio: Soquinho na corna, vrau.- Bati com o braço de pelúcia nela.
Lua: Infantil.- Falou me batendo com uma mamadeira.
Índio: Vem pra treta, colfoi.- A gente começou uma briga com o braço e a mamadeira.
Lua: Para com isso! - Falou gargalhando e eu abracei ela por trás.
A tia trouxe água e a Lua agradeceu, fiquei olhando o resto das coisas com ela.
Ela pegou tudo que precisava, certeza que ela pegou até o que não precisava.
Tia: Ainda tem o urso de pelúcia, que ele rasgou.- Se intrometeu na hora da conta.
Índio: Essa porra vem quebrada e a culpa é minha.- Resmunguei e as rata tudo me olhando.- Tô com cara de bueiro? Lugar de rata é bueiro.
Tia2: Deu 264,25.- Falou.
Tirei 265 do bolso e coloquei no balcão.
Ela pegou o dinheiro e guardou.
Lua: Vamo,mozi.- Segurou minha mão e eu neguei.
Índio: Cadê meu troco? Tá me gastando é? - Lua colocou a mão no rosto.
Tia2: São 75 centavos, moço.- Neguei.
Índio: Se eu te desse 260, tu ia aceitar? - Cruzei os braços.
Lua: Meu deus vamo embora, Victor.- Negou me puxando.
Índio: Essas ratas, nunca mais compro aqui! Ladras do caralho.- Falei altão e quem tava na rua olhou.
Ajeitei meu boné pra baixo e fui pro carro com a Lua rindo do meu lado.
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No Morro
Teen FictionFoi no morro aonde tudo começou, aonde eu descobrir o amor e a dor, que eu descobrir que as pessoas que amamos podem nos dar o mundo, pra depois destruir ele da pior forma possível...