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Senti um cano de ferro gelado encostando na minha barriga enquanto o Victor me abraça por trás.

Índio: Passa o cu aí.- Falou com a arma encostada em mim.

Lua: Saí daqui, maluco! Euhein.- Falei rindo e ele guardou a arma.- Vamo entrar?

Índio: Cê tem duas pernas? Quer mais?

Lua: Interessante essa sua grosseria, conte-me mais! - Semicerrei os olhos.

Índio: Nem sempre quero tá sorrindo.

Lua: Dai você pensa, vou descontar na minha mulher, deve ser legal.- Debochei sorrindo.

Índio: É diferente, amor. Tu faz o mesmo comigo.

Lua: Mas eu posso pq eu sou linda.- Dei lingua.

Índio: É sim, pô! Puta que pariu,olha esse sorriso de gatinha manhosa, ou esse corpo de princesa, olha essa raba, porra! - Voltou a me abraçar por trás.

Lua: Nada mal, gatinho.- Sorri.- vamos entrar.

Ele deixou as coisas na areia e veio andando comigo me abraçando por trás.

Lua: Não quero mais, tá gelada.- Puxei a mão dele.

Índio: Quer água quente vai pra casa e ajusta o chuveiro, princesa.- Deu um puxão me fazendo ir com tudo pra frente e cair na água de cara.

Ele começou a rir enquanto eu me levantava, ele não me ajudou, apenas ficou rindo e me abraçando.

Lua: Idiota, imbecil.- Xinguei e ele me beijou.

Entrando mais um pouco no mar, abracei ele de maneira que ele que me carregasse e deitei a cabeça no peito dele.

Índio: Dia quatro é meu aniversário.

Lua: Eu sei, trinta e dois anos.- Fiz careta.

Índio: Vai ter churrasco.

Lua: Muita carne pra mim.- Sorri.

Fiquei conversando com ele por muito tempo ali no mar.

Lua: Para, vou socar minha mão no teu cu.- Falei alto e rindo enquanto ele tentava me afogar.

Índio: Posso comer o teu? - Parou e me colocou em pé rindo.

Lua: Eu não, prometi a mim mesma que só ia dar pra o pai do meu filho.- Me fiz.

Índio: Fé.- Me soltou e foi saindo de perto de mim.

Lua: Ei, garoto. Para de ser emocionado.- Falei pulando nas costas dele.- Você já foi melhor.

Índio: Dimiscosta, tô namoral.- Levantou as mãos em rendição.

Lua: Vamos avante.- Falei apontando pra onde o pessoal tava e eles olhavam rindo.

Índio: Vamos para lua.- Brincou e eu sorri como sempre.

No MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora