No Morro

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Lua: Eu tomei uma decisão e tipo, mesmo que você não aceite, eu vou seguir com ela, tá? - Falei nervosa.

Índio: Qualquer coisa, mas a criança não! Na moral...- Falou já tirando todas as minhas esperanças.

Lua: Não sei pq você tá assim, cara! Eu sou mais nova que você, ainda tenho um mundo pra viver pela frente, mas eu tô decidida e incluir uma criança nos meus planos. É tão difícil assim, apenas amar? - Falei chateada.

Índio: Eu não quero, Lua. Nada vai mudar minha cabeça.- Se levantou da cama e foi na gaveta aonde fica a maconha.

Fiquei sentada olhando pro chão enquanto tomava minha decisão.

Lua: Eu vou voltar pra minha casa.- Falei olhando pra ele que virou.

Índio: Tu vai terminar tudo por causa de...- Interrompi ele.

Lua: Nosso filho! Meu filho.- Falei sorrindo sem graça.- Eu amo muito você, mas não vou ficar sem esse bebê.

Ele ficou calado e eu me levantei, fui até o guarda roupas, peguei a mala e comecei a colocar minhas roupas dentro.

Sentir ele rodeando minha cintura com seus braços e colocando a cabeça no meu pescoço.

Índio: Não me deixa, na namoralzinha.- Me apertou.

Eu tava sensível pra caramba e ele ainda faz isso.

Lua: Eu que te peço, não deixa a gente.- Falei já chorando.

Abracei ele de frente e ele me apertou.

Índio: Não dá, tendeu? Desculpa.- Me beijou.

Parecia o nosso último beijo ali, aí meu cu.

Fiquei abraçada com ele por mais um tempo, mas aí lembrei que tudo só dependia de um "sim" dele.

Lua: Obrigada por tudo.- Falei tentando me separar dele.

Os olhos dele estavam vermelhos, de fumar e de segurar o choro.

Ele beijou minha testa e eu passei uns minutos olhando pros olhos dele.

Lua: Eu te amo, nunca esquece que sempre vai poder contar comigo, pra tudo!

Índio: Também amo tu. Fica mec que eu vou te dar tudo o que tu precisa.

Lua: Eu preciso de você, e aí? - Sorri sem graça.

Índio: Tu que escolheu.

Lua: Eu escolhi o nosso filho, eu te amo, mas escolheria ele outras mil vezes! - Falei minha decisão final.

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