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1 semana depois

Lua 🌙

Denise: Afinal, o que vocês têm? - Repetiu a pergunta.

Victória: Você não cansa de ser ignorada, garota? Cala a boca! - Falou impaciente.

Kauã: Eles são casados, a Lua até dorme todas as noites lá em casa. Tá satisfeita? - Tomou a frente.

Denise: Como assim?

Lua: Te mando o convite pra você não ficar babando depois, pode ir embora já.- Apontei para as escadas do camarote.

Índio: Laranja, desce ela.- Apontou.

Laranjinha teve que se separar da Mari e levar a madame até lá embaixo.

Laranja voltou e eu continuei bebendo com as meninas.

Victória: Gente, mas eu marquei encontro com dois boys.- Falou olhando pro celular.

Mari: Vai com os dois.- Deu os ombros.

Victória: Aí, claro que não né, Mari! - Falou olhando a multidão do baile.- Um é playboy e outro é vapor.

Lua: Quem é o vapor? - Perguntei curiosa.

Victória: Goiaba.- Sorriu de lado.

Mari: Aquele homem é uma perdição.- Falou nos nossos ouvidos.

Lua: Cê quer que eu fiquei distraindo ele enquanto tu pega o playboy? - Ela semicerrou os olhos.- Não vou pegar ele, eu hein.

Victória: Tá, eu vou.- Soltou o cabelo.- Te mando mensagem quando terminar.

Mari: Boa sorte.- Beijou o rosto dela.

Desci junto com ela, acho que os meninos nem viram.

Fui atrás do goiaba e vi ele sentando sozinha perto do bar, com um balde de bebidas.

Lua: Oi..- Falei e ele me olhou.

Goiaba: E aí, danada. Qual tua idéia? Senta aí pô.

Sentei do lado dele e comecei a falar sobre coisas aleatórias com eles, ainda aproveitei um pouco da bebida.

Fazia quase 40 minutos e eu já tava cansada de conversar com alguém, queria mesmo era tá beijando, especificamente, o Índio.

Victória: Finalmente te achei.- Parou na nossa frente.- Não dava pra ficar num lugar mais visível não? Rodei isso tudo atrás de tu, cara.

Goiaba: Era só ligar.- Respondeu tomando o copão dele.

Vic: Descarregou, bebê.- Sorriu cínica. - Ah, oi, Lua?

Lua: Tava conversando com ele.- Me fiz levantando as mãos em rendição.- Tchau, valeu pelo papo, Goiaba.

Goiaba: É nós.- Fez toque comigo.

Fiquei um tempinho no bar, virando vários copos.

Já tava meio alteradinha quando resolvi voltar pro camarote.

De cara procurei o Índio e não tive nem sinal dele, só várias pessoas me olhando como se eu fosse uma et.

Lua: O que eu fiz? - Encarei eles.

Kauã: Meu pai fez merda e precisa de você.- Respondeu antes de todos.

Cobra: Não vou deixar a Lua chegar perto dele assim, tu sabe que ele é pior que demônio.

Lua: O que aconteceu? Cadê o Índio? - Perguntei ainda não entendendo nada.

Kauã me puxou pra uma parte mais afastada do camarote e me olhou preocupado.

Kauã: Meu pai só bebe ou fuma, quando tá muito puto com alguma coisa. Ele fica mais puto ainda e acaba fazendo merda, desde que ele te conheceu que ele não bebe nem fuma, provavelmente por que tu faz bem a ele.- Explicou.- Quando tu passou esse tempo fora, ele bebeu e fumou pra caralho, depois saiu daqui boladão.

Lua: Aonde ele tá? - Perguntei preocupada.

Cobra: Tu não vai, cara.- Segurou meu braço.

Lua: Me solta, Guilherme.- Pedi.- Calma, euhein.

Kauã: Ele deve tá em casa.- Respondeu nervosão.

Lua: Eu vou tentar, mas não vou me matar pra ajudar ele.- Olhei pros dois.

Cobra: Tu vai arriscar tua vida por ele?

Lua: Para de fazer drama, Guilherme.- Revirei os olhos.- Se eu ver que não dá pra mim, eu deixo ele lá. Não vou me matar também, já disse.

No MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora