53

115K 7.1K 1.2K
                                    

4/5

1 semana depois...

Marina 💧

Finalmente saí na rua, véspera de ano novo.

Tava sem ânimo nenhum pra comemorar.

Mas eu ainda precisava conversar com o Caio e explicar tudo a ele.

Cheguei na casa dele e bati, escutei gemidos que fizeram eu quase me afundar.

Poucos minutos depois, ele apareceu xingando.

Laranjinha: Tu quer tirar minha paciência, na moral? - Falou puto.

Marina: Eu só quero te explicar.- Falei baixinho.

Laranjinha: Vai tomar no cu, Marina! - Apontou.

Tirei os exames da bolsa e olhei antes de entregar a ele.

Marina: Quando terminar de ver, devolva por favor.- Falei ainda sem entregar a ultrassom pra ele.- Eu tô grávida, dia 6 faz três meses fechado. Tudo indica que é uma menina.

Ele arrancou o papel da minha mão e abriu numa presa.

Laranjinha: Explica.- Mandou.

Marina: Pede a ela.- Apontei pra menina que apareceu atrás dele só com a blusa dele.- Tenho que ir ajudar as meninas.

Ele me encarou por poucos segundos, eu já tava deixando as lágrimas caírem.

Sai dali rápido, fui caminhando pra fora do morro e me trombei com o Cobra.

Ele me levou pra casa, peguei chocolate e fiquei comendo enquanto chorava.

Lua: Você tem que explicar a ele quem era o Paulo, amiga.- Falou passando a mão no meu rosto e limpando minhas lágrimas.

Marina: Não adianta, esquece! Ele já tá com outra, eu só quero paz pra mim e pro meu filho.- Funguei.

Índio tava do meu lado, eu tava com a cabeça no peito dele comendo chocolate enquanto ele assistia o jogo.

Eu não conseguia parar de falar, eu sei que eu vacilei mas não era pra ser assim.

Ou eu corria atrás dos meus erros, ou eu ficava chorando.

Eu só precisava conversar com o Caio, mas ele com toda certeza, não tá querendo papo.

Droga, Marina.

No MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora