Capítulo 25 (Dia 5)

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Setor 7 | 13 ºC
Contagem regressiva: 14 dias

So tell me how to be in this world
Tell me how to breathe in and feel no hurt
Tell me how 'cause I believe in something
I BELIEVE IN US

Então me diga como viver neste mundo
Diga-me como respirar e não sentir dor
Diga-me, porque eu acredito em algo
EU ACREDITO EM NÓS

Então me diga como viver neste mundoDiga-me como respirar e não sentir dorDiga-me, porque eu acredito em algoEU ACREDITO EM NÓS

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Enquanto me afasto do abraço do Lucas, observo todos saírem da sala e nos deixarem sozinhos.

Lucas endireita as costas no sofá, e, por mais que ele esteja tentando não demonstrar, sinto nos gestos dele todo o desconforto que a abordagem do Nathan causou. Consigo ver a raiva nos olhos dele, algo que não tinha encontrado antes.

Saber daquela fotorealmente o irritou.

Corrijo a minha postura e passo as mãos nos olhos mais uma vez para limpar as lágrimas, o que não me impede de ver o Nathan puxar uma cadeira e se sentar na nossa frente. Olho para ele com um misto de curiosidade e receio, tentando descobrir o que tem para nos falar, mas a expressão serena no rosto dele me faz acreditar que estou me preocupando a toa. Eu espero.

Incomodada pelo silêncio, meus olhos se desviam para o mapa nas mãos do Nathan e só então percebo que ele não está usando a tipoia. Penso em brigar com ele por causa disso, mas então ele dá sinais de que vai falar.

— Foi muito digno da sua parte, Lucas. Provavelmente eu teria feito o mesmo, mas, na situação em que estamos, ainda tenho dúvidas se foi a decisão mais certa — Nathan fala e eu percebo que, mesmo contra os princípios dele, ele preferia que o Lucas tivesse aceitado o antídoto.

Eu não posso julgá-lo.

Também pensei que não deveríamos ter descartado essa oportunidade tão rapidamente, apesar de só o fato de ponderar isso continue fazendo com que eu me sinta egoísta e desumana.

Em meio a minha dúvida e a do Nathan, vejo apenas certezas no rosto do Lucas. Ele não duvidou nem por um momento sobre a atitude que deveria ter. Ele não considerou essa opção nem por um segundo. Nem mesmo agora quando o Nathan falou isso em voz alta, algo que eu própria não tive coragem de fazer.

— Quando entrei para a Resistência, sabia que seria um caminho sem volta. Assumi os riscos, assim como você e a Emily — Lucas diz, e sinto um aperto na minha mão, ele ainda não a soltou. — Além disso, não sou melhor do que ninguém.

— Eles não acham isso. — Lucas dá um sorriso sem humor ao ouvir as palavras sinceras demais do Nathan. — Você é a esperança que as pessoas aguardam há muito tempo, e isso é algo poderoso — Nathan conclui, e suspiro ao sentir o peso dessas palavras. — Mas não vamos perder tempo com o que já foi decidido. Não é minha intenção questionar suas decisões, principalmente quando acredito que, de um ponto de vista moral, elas estão certas. — Nathan faz uma pequena pausa, mas continua logo a seguir sem dar tempo para o Lucas dizem alguma coisa. — Acredito que a Emily já tenha falado para você sobre a Cura.

A Resistência | Contra o Tempo (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora