Fronteira | 12 ºC
Contagem regressiva: 2 diasSeguro o braço do Nathan quando ele passa na minha frente.
Fico observando todos os outros entrarem no elevador enquanto ficamosparados em frente à porta semiaberta. Sei que temos que ir, e Matt faz questãode deixar isso claro quando me envia um olhar reprovador, mas precisofalar com o Nathan agora.
Quando a porta fecha e o elevador começa a subir, Nathan vira seus olhos curiosos e impacientes para mim.
— Para que você quer um carro? — pergunto sem rodeio soltando o braço dele lentamente. O casaco dele está um pouco molhado o que deixa a minha mão fria.
— É só uma precaução, Em. Nós estamos isolados aqui. — As palavras delenão me convencem, e eu apenas continuo encarando sua expressão confusa, esperando queele fale mais.Sinto meus olhos se estreitarem enquanto os segundos passam em silêncio. — Tambémestou pensando em falar com a Maddy, e não temos telefone aqui.
— Falar o que com a Maddy? — Seguro os olhos dele nos meus e mudo o peso de uma perna para a outra. Fico feliz quando a dor que sinto não é suficiente para me fazer mudar de posição como em todas as outras vezes que fiz isso inconscientemente.
— Se não der certo — Nate faz uma pausa, talvez esperando que eu o contradiga, mas continuo apenas ouvindo —, se não encontrarmos os antídotos eu vou recorrer a ela. — Mostro intenção de falar, mas agora ele é mais rápido que eu. — Além disso, eu preciso de algumas informações para saber o que vamos fazer a seguir. — Passa a mão no cabelo que está um pouco úmido e isso me diz apenas uma coisa: ele ficou nervoso com a conversa. Não gosto da sensação de insegurança que isso me causa. — Vamos, Em. Daqui a trinta minutos eles devem chegar e nós temos que decidir algumas coisas antes.
A expressão agora preocupada e urgente no rosto dele me deixa nervosa. Não participei de uma parte da reunião, e, se eu conheço bem o Nathan, há algum problema com a busca de hoje.
— Está bem — concordo e fecho a porta. Quase no escuro, não fosse pela luz vermelha dos números acima do elevador, Nate segura a minha mão e nos conduz até lá. — Mas depois continuamos essa conversa — concluo imperativa.
— Claro, Em. — Ouço a porta do elevador se fechar e, poucos segundos depois, chegamos ao andar de cima e nos dirigimos rápido para o corredor.
Matt já reuniu todos e, ao que parece, só estavam nos esperando. Consigo sentir a tensão no rosto de cada um.
A contagem regressiva está acabando. Como passou assim tão rápido?
— Este é o lugar mais perigoso e o mais difícil de encontrar. — Matt mostra o mapa com uma grande área marcada em vermelho.
Claro que seria mais fácil pedir para a Resistência procurar os antídotos. Mas o Nate e o Matt sempre acharam que isso era algo que deveria ser feito por nós. Nunca saberíamos se eles realmente estavam procurando ou se nos entregariam o que encontrassem. Isso é importante demais para passar a responsabilidade para outras pessoas. Por isso, assumimos sempre todos os riscos.
— Devido à dificuldade, vamos todos juntos desta vez, com exceção da Mere e da Emily.
Olho para o Matt com os olhos queimando de raiva quando ele termina de falar.
— Eu vou com vocês — digo na mesma hora, sem me importar com a agressividade no tom da minha voz, e viro os olhos para o Nathan e o Lucas que estão à minha frente.
O acordo era um dos dois ficar na base, o que sempre me acalmava. Mas, hoje isso é só um detalhe,nós precisamos encontrar os antídotos e eu posso ajudar, eu quero ajudar.
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A Resistência | Contra o Tempo (Livro 2)
Science FictionTrilogia COMPLETA ⚠ ATENÇÃO! Este é o segundo livro da trilogia A RESISTÊNCIA, a sinopse pode conter spoilers. Após descobrir que Emily faz parte da Resistência, o Príncipe Nathan se verá em um perigoso jogo de mentiras e conspirações que promete de...