Capítulo Quatro

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Eu não estava suportando a ideia de ter alguém na minha escola que ousava não ir com a minha cara. Quem dirá a ideia de vê-lo se divertindo quanto a isso.

Por isso combinei com a Phoebe, já que Noah não poderia ir, e fomos para o Prettys. Era noite de quarta, oque significava que Ebe não iria trabalhar.

Coloquei um vestido vermelho caído nos ombros e com um decote em U nas costas, justo o suficiente para transpassar todas as minhas curvas e confortável o suficiente para que eu pudesse dançar a noite toda. Prendi os cabelos com grampos e deixei alguns cachos caírem em volta do meu rosto.

Eu estava sentindo uma coisa muito ruim no peito. Algo como o ódio ou a vontade de socar a cara de alguém. Ao invés disso, preferi arrebatar todo esse sentimento na pista de dança do Prettys. Eu estava esgotada quando a vigésima música tocou. Phoebe havia sumido a alguns minutos, dizendo que iria ao banheiro. Empurrei algumas pessoas para abrir caminho até o bar e me sentei em um dos bancos distribuídos a frente.

—Vodca com energético. —Eu pedi ao barman.

Apesar de passar de meia noite e eu precisar estar na escola cedo, eu não queria que a noite terminasse logo. Nem pretendia dormir.

—Por minha conta. —Um homem puxou uma cadeira e se sentou ao meu lado, sorrindo gentilmente para o garçom.

—Você não precisava ter me perguntado antes se eu aceito que pague uma bebida? —Perguntei, com um sorriso sacana nos lábios.

—Na verdade sim, mas eu corria o risco de que você não aceitasse. —O homem me olhou fervorosamente e estendeu sua mão na minha frente —Dickson Carter.

—Amber Bennet. —Cunprimentei de volta, apertando levemente a sua mão.

—Esta aqui sozinha?

—Não. Minha amiga foi até o banheiro.

Peguei a vodca que foi posta a minha frente e virei de uma só vez, senti do o líquido quente queimar a minha garganta.

—Você parece disposta a se divertir hoje.

—Não é por isso que todos vem aqui? —Perguntei, confusa.

Dickson sorriu e apoiou uma mão em meu joelho, acariciando de leve.

—Se divertir de uma forma mais complexa. —Sua voz era rouca e sedutora.

Mordi os lábios e segurei sua mão, me levantando.

—Então vamos.

Eu o levei até um dos cômodos vips do Prettys, já que eu conhecia as pessoas que trabalhavam ali, o que me dava vantagem para entrar sem precisar pagar.

Dickson era um homem e tanto. Ele usava roupas casuais, como se não precisasse se arrumar para poder ficar bonito. Tinha, talvez, um e oitenta e cabelos lisos e longos. Olhos de um cinza azulado e uma boca que me deu vontade de provar desde que ele se sentou ao meu lado. Eu não era do tipo que deixava homens assim me escaparem, então o empurrei contra a parede escura da sala vip e o beijei ferozmente. Senti suas mãos varreram todo o meu corpo, apreciando aquilo que Deus havia me presenteado. Ele sugou os meus lábios sem delicadeza e enfiou os dedos por debaixo do vestido. Segurei sua mão, parando seu ato e sorri em seus lábios.

—Em outra ocasião, eu não hesitaria. —Falei, beijando-o lentamente e depois me afastei —Mas eu tenho outros planos para a minha virgindade.

—Oque? —Dickson ficou confuso e passou a mão pelos cabelos perfeitos.

—Não precisa ficar frustrado, meu bem. Posso te satisfazer e me satisfazer mesmo assim.

Antes que ele pudesse protestar, eu fiquei de joelhos em sua frente. Abaixei suas calças e envolvi seu membro com as mãos. Dickson se apoiou na parede e fechou os olhos enquanto eu o masturbava. Lambi a ponta de seu pau e depois cobri todo o comprimento com a boca, até o fundo.

Bastou apenas sessenta segundos para tê-lo gozando e eu me levantando, feliz por ele estar satisfeito.

—Eu preciso ir agora, antes que a minha amiga decida ir embora sem mim. —Lhe dei um selinho rápido e pisquei —A gente se vê, Dickson Carter.

***

Aquela noite havia sido uma loucura. Encontrei Ebe sentada no bar e depois fomos embora. Ela me perguntou porque eu estava com um cheiro estranho e eu não contive a gargalhada. Apenas disse que as pessoas se esfregaram em mim, completamente suadas na pista de dança e por isso eu devia estar com um cheiro estranho. Não quis realmente dizer que aquilo era porra.

Cheguei em casa por volta das duas. Minha mãe estava no plantão do hospital, então eu apenas tomei um banho e liguei a televisão. Apesar de não pretender dormir, eu acabei caindo no sono e acordei com a voz doce da minha mãe tentando me acordar.

—Você tem aula em trinta minutos, Amber. Porque dormiu no sofá?

Abri os olhos, sentindo meu estômago embrulhado. Eu não deveria ter misturado chopp e vodca. Certamente não deu bom.

—Pega um remédio pra dor, por favor, mamãe? Minha cabeça tá explodindo.

Minha mãe sumiu no corredor e apareceu segundos depois, pegando um copo e enchendo com água.

—Não me diga que saiu pra beber, filha! Quanta irresponsabilidade.

—Foi só uma distração. Eu estou bem.

—Você está um caco. Vai pro banho agora que você não tem muito tempo. Eu te levo para não ficar tão atrasada.

—Eu nem pretendia dormir, mamãe. Desculpe.

Ela revirou os olhos e me ajudou a chegar no banheiro.

Depois de vomitar tudo o que consegui e de tomar outro banho, eu vesti uma calça jeans e uma camiseta preta. Meus cabelos ainda estavam úmidos quando entrei no carro da minha mãe, tentando digerir o café da manhã corrido que tive.

—Eu aceitaria ficar em casa hoje. —Resmunguei —Tô me sentindo um lixo.

—Nem ferrando. Você quase reprovou por falta no ano passado, Amber. Achei que teria mais responsabilidade agora.

Sorri e mandei uma mensagem para Phoebe.

—Se falta não reprovasse, eu iria apenas no último dia para pegar o certificado.

Minha mãe revirou os olhos pela milésima vez na manhã e estacionou o carro na calçada da escola.

—Se esforça, filha. É o mínimo que você faz por mim. Ano que vem você já vai estar indo pra faculdade, ou repetindo esse ano tudo de novo. Só depende de você.

—E é por isso que se torna tão difícil.  —Falei, desanimada.

Minha mãe, apesar de preocupada, sorriu e se virou para mim.

—Eu confio em você. —Ela apontou para a escola —Agora vai antes que você não possa mais entrar.

Lhe dei um beijo no rosto e respirei fundo antes de sair do carro.

Encontrei Phoebe na entrada. Ela estava ótima, nem parecia ter estado comigo no Prettys na noite passada.

—Me conta o segredo de não estar de ressaca.

—Não encher a cara, comer de três em três horas e dormir pra caralho.

—Mas você não faz isso.

—É por isso que eu não estou falando de mim e sim de alguma pessoa normal que com certeza não é você ou eu.

Sorri e caminhei ao lado dela no corredor.

—Pronta para as duas últimas aulas do indomável Jason Smith?

Umedeci os lábios e balancei a cabeça.

—Prontinha. —Respondi, sem transparecer para a minha melhor amiga que na verdade eu nunca estive tão pronta para conquistar alguém em toda a minha vida.

***

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Enlouquecendo Jason SmithOnde histórias criam vida. Descubra agora